ESET alerta que os crimes envolvem roubo de contas e identidade, ou até mesmo distribuição de malware por meio do aplicativo
A forma como os cibercriminosos utilizam o WhatsApp para cometer algum tipo de fraude é muito variada e existem diversas modalidades. De acordo com um levantamento da Mobile Time e Opinion Box, 43% dos usuários no Brasil já foram vítimas de tentativas de golpe dentro do aplicativo. A ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças, garante que a maioria das fraudes que circulam no WhatsApp usam engenharia social, ou seja, manipulam o usuário para acreditar no criminoso e realizar ações que beneficiem o golpista.
Muitas
dessas modalidades compartilham características em comum, como mostra a ESET:
- Falso aniversário de uma
marca:
começa com uma mensagem enviada dizendo que uma marca está celebrando seu
aniversário e está oferecendo algum presente ou benefício com um link para
que a vítima possa acessar seu prêmio. Mas antes de obtê-lo, deve
responder um questionário e para continuar, é preciso compartilhar a
mensagem com uma determinada quantidade de contatos. No entanto, o prêmio
nunca se materializa e o usuário é redirecionado para sites que exibem
publicidades invasivas. Em alguns casos, as campanhas maliciosas pedem
para a vítima baixar aplicativos suspeitos, que geralmente terminam na
instalação de algum tipo de adware, um tipo de software maligno que exibe
publicidade invasiva e coleta informações da vítima.
- Falso auxílio econômico: os
golpistas se aproveitam das necessidades econômicas dos cidadãos para
enganá-los e roubar seus dados pessoais como nome, data de nascimento,
número de documento, nacionalidade, entre outros, utilizando imagem e nome
de órgãos governamentais. Além de comercializados em fóruns, esses dados
são utilizados por criminosos para a realização de outras fraudes. Esse
golpe geralmente começa por uma mensagem sobre um programa de ajuda
solidária para determinados setores da população e convidam aqueles que
cumprem os requisitos a se inscrever e receber a ajuda. Os usuários devem
preencher um formulário, mas estas informações são coletadas por quem está
por trás da fraude.
- Golpes aleatórios para obter
dados pessoais: começa com uma mensagem de um número desconhecido, se passando por
uma pessoa que a vítima conhece e que está em outro país com o objetivo de
pedir ajuda para um pequeno acidente. Em seguida, o suposto conhecido diz
que está voltando para o país e está com problemas com o passaporte e não
pôde embarcar no avião, mas que as malas saíram. Então, pergunta se ele
poderia recebê-los e, caso a vítima aceite, o golpista pede fotos de seu
documento de ambos os lados para fazer o procedimento necessário para que
a vítima possa receber as malas inexistentes.
- Ferramentas para espionar o
WhatsApp: nas
tendências de pesquisa do Google,
o termo "spy whatsapp" é muito pesquisado, o que mostra um
interesse de usuários que procuram uma maneira de espionar as conversas de
terceiros. Os golpistas sabem disso e muitos sites de reputação duvidosa
prometem soluções de espionagem com o objetivo de coletar informações
daqueles que decidem experimentar esses aplicativos, extensões ou serviços
online.
- Roubo da conta do WhatsApp: a vítima recebe em seu
telefone uma mensagem de texto ou via WhatsApp perguntando se ela pode
encaminhar o código de seis dígitos que foi enviado por engano para seu
telefone. A mensagem pode ser de um contato que perdeu acesso à sua conta
ou a partir de um número desconhecido. Se a vítima desprevenida acessar e
encaminhar o código que chegou inesperadamente, é provável que perca o
controle de sua conta do WhatsApp, se não tiver autenticação de dois
fatores habilitada. Outra forma muito frequente que os cibercriminosos usam para
roubar contas do WhatsApp é o SIM Swapping, que vai além
do WhatsApp e permite o sequestro de outras contas, incluindo credenciais
bancárias. Isto ocorre quando os criminosos conseguem enganar a empresa
telefônica e obter um chip com o número da vítima, se passando pela
pessoa. Dessa forma, eles assumem o controle da linha telefônica e o SMS
com o código de verificação chega para o criminoso.
- Golpes de phishing do WhatsApp: uma vez que eles ganham
acesso, os criminosos usam contas de diferentes maneiras. Por exemplo, se
passar pelas vítimas. Para isso, eles geralmente baixam a lista de
contatos, a foto do perfil da conta e outras informações relevantes caso
queiram criar um perfil falso com outro número. Mas os golpistas também
conseguem se comunicar diretamente pela conta roubada com familiares e
amigos para solicitar dinheiro para uma suposta emergência ou convencê-los
a realizar alguma outra ação. Em golpes mais sofisticados, os
criminosos conseguem entender como os dados roubados estão conectados
entre os serviços, a partir do acesso de uma conta de e-mail. É dessa
forma que eles conseguem realizar o roubo de identidade por meio do
WhatsApp.
- Atualizações falsas com
novos recursos para o WhatsApp: esses golpes referem-se ao lançamento de uma
versão do aplicativo com novos recursos. A ESET observou exemplos
dessas fraudes convidando a vítima a baixar o WhatsApp rosa e outras cores, como
azul ou nomes como o WhatsApp Plus. O WhatsApp rosa, por exemplo, longe de
ser uma campanha inofensiva, baixa um Trojan no celular da
vítima.
8.
Distribuição de malware via
WhatsApp: a ESET analisou malwares que se espalharam pelo
aplicativo e tentaram enganar as vítimas para baixar uma aplicação de um site
que se passa pelo Google Play. Uma vez instalado o app malicioso, qualquer
mensagem que chegasse ao dispositivo da vítima era automaticamente respondida
com um texto personalizado, que incluía um link para baixar o aplicativo falso.
"A principal recomendação é aprender a desconfiar. Não
clique em nenhum link que receber ou preencha com informações pessoais qualquer
formulário que chegue até você. A segunda coisa é ativar a autenticação de dois
fatores no WhatsApp e, se possível, usando um aplicativo de autenticação e não
SMS. Desta forma, é possível evitar o sequestro de contas. Além disso, é
aconselhável ter uma solução de segurança instalada, configurada e atualizada
no dispositivo, que permite identificar e bloquear os sites ou arquivos
maliciosos geralmente usados neste tipo de fraude",
finaliza Camilo Gutiérrez Amaya, Chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET
América Latina.
ESET: https://www.welivesecurity.com/br/
Conexão Segura https://open.spotify.com/show/61ScjrHNAs7fAYrDfw813J?si=242e542c107341a7&nd=1
ESET
Nenhum comentário:
Postar um comentário