Manter
os colaboradores engajados e motivados é um dos principais desafios enfrentados
pelos gestores das empresas na atualidade. Essa busca incessante por manter os profissionais
motivados tem explicação. Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia
aponta que um trabalhador feliz é 31% mais produtivo, três vezes mais criativo
e vende 37% mais, quando tem o desempenho comparado ao de outros profissionais.
Além disso, colaboradores com alto nível de satisfação são mais cooperativos e
estão sempre dispostos a ajudar os demais.
O fato é que ter colaboradores pouco produtivos afeta
diretamente os negócios da empresa e, claro, as consequências são negativas
para os resultados da companhia. De acordo com um estudo feito pela entidade
americana The Conference Board, o Brasil ocupa a 75ª colocação no ranking
mundial de desempenho da produtividade. Se forem considerados apenas os países
da América Latina, nosso país fica na 15ª posição. A pesquisa mostra, ainda,
que a produtividade dos brasileiros corresponde a 25% dos
norte-americanos.
Alguns fatores contribuem para que o funcionário se sinta
desmotivado. Uma comunicação falha por parte dos líderes, por exemplo, pode
gerar um sentimento de distanciamento e de não reconhecimento no time. A falta
de incentivos também está diretamente relacionada à desmotivação e em boa parte
das vezes isso pode ser resolvido sem o envolvimento de recompensa em dinheiro.
Organizar uma pequena comemoração em conjunto, quando determinadas metas forem
alcançadas, pode ser uma forma de incentivar. Agradecer pessoalmente a um
colaborador por um trabalho bem-feito é outra prática bastante motivadora.
Oferecer benefícios flexíveis, por exemplo, também aumenta a atração e retenção
de talentos, além de dar maior efetividade ao investimento da empresa, já que
muitos benefícios padrão têm custos altos e não são valorizados pelos
funcionários. Outra maneira interessante de manter o colaborador motivado é
oferecer treinamentos aos profissionais. Ao mesmo tempo em que a empresa
aumenta o nível técnico da equipe, ainda conquista outro importante resultado,
que envolve a retenção de talentos.
Outro caminho interessante é disponibilizar recursos para aliviar
o estresse. Uma maneira de auxiliar o colaborador é oferecer um espaço de
descontração, onde as equipes possam fazer uma pausa, relaxar e colocar os
pensamentos em ordem. Algumas empresas têm ido além e passaram a oferecer
sessões com psicólogos, na própria companhia ou remotamente, para auxiliar na
melhoria da saúde mental dos colaboradores. Se levarmos em conta que, desde
2017, o Brasil tem o maior índice de pessoas com transtornos de ansiedade na
comparação com o restante do mundo, faz muito sentido elevar a preocupação com
esse aspecto especialmente depois de enfrentarmos uma pandemia, que deixou
consequências no bem-estar mental das pessoas. De acordo com uma pesquisa feita
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2020, 80% dos brasileiros
entrevistados reportaram sintomas moderados a graves de ansiedade e 68% de
depressão. Em média, nos outros países, o índice é de 30%.
Independente do porte ou do segmento de atuação da
companhia, valorizar os colaboradores, mantê-los motivados e produtivos são
tarefas que devem envolver todas as lideranças da empresa e não apenas a área
de RH. Não há nada mais importante do que elevar a experiência do
colaborador e estabelecer uma relação ganha entre ele e a empresa. Essa é a
premissa principal do Employee Experience Plus, metodologia que se propõe a
transformar custo com pessoas em valor para a organização. Sua empresa já
pratica essas ações?
José Carlos Figueira - diretor da Energy
People, consultoria estratégica e operacional de RH – www.energygroup.com.br
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