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terça-feira, 1 de junho de 2021

Prematuridade Limitrófe, Moderada e Extrema – entenda as causas e a prevenção!

Incompetência istmico cervical, doença hipertensiva, diabetes, gestação múltipla, malformações uterinas, tabagismo, infecções maternas, rotura prematura de membranas, malformações fetais,  parto prematuro anterior. Infelizmente, temos uma série de doenças que podem afetar o parto antes do tempo adequado, ou seja, antes da 37 semana de gestação.   

“O pequeno que nascer antes do tempo pode ficar semanas ou meses internado, inclusive, sofrer de alguns problemas ao longo da vida, tal como perda da audição, dificuldades visuais, paralisia cerebral, deficiência intelectual, distúrbio digestivo, por exemplo. Mas em geral, se a gestante está saudável e a gravidez está avançando bem, não há o que se preocupar. Entretanto, existem alguns fatores de risco que podem influenciar no fato”, enfatiza a obstetra Dra. Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana. 


Veja alguns deles: 

▪ Gravidez de gêmeos ou mais;

▪ Problemas com o útero ou colo;

▪Uso de álcool, tabagismo ou outras drogas;

▪Infecções durante a gravidez;

▪Parto prematuro anterior;

▪Problemas na saúde da mãe, como diabetes, distúrbios de coagulação e pressão arterial elevada, etc.

 

Calma! Existe prevenção Segundo Dra Carla. Por exemplo, adotar alimentação equilibrada, incluindo vitaminas pré-natais e ácido fólico, evitar o consumo de substâncias desnecessárias, entre as quais, o tabagismo e o álcool. É de suma importância, observar o controle e cuidados sobre a própria saúde – aqui estamos falando de tratar os corrimentos, fazer ultrassom obstétrico transvaginal para medida do comprimento do colo uterino, seguir as orientações do obstetra se for necessário repouso, ainda pode-se  lançar mão de procedimentos como cerclagem e uso de pessário se indicado. As futuras mamães devem ficar atentas se tiverem dores em baixo do ventre, perda de liquido ou sangue, encurtamento do colo uterino no ultrassom. 

 

EXISTEM 3 TIPOS DE PREMATURIDADE:

- Extrema: menos de 28 semanas ou menos de 1 kg.

- Moderada: 29 e 33 semanas. 

- Limítrofe: 34 a36 semanas.

Prematuridade Extrema:

 

“Esse problema tem como causa a incompetência istimo-cervical, que é caracterizada pela incapacidade do colo uterino se segurar a gestação. Geralmente, esse problema é difícil de ser identificado antes da primeira gravidez, uma vez que poucos métodos de diagnósticos podem a doença. O tratamento, geralmente, é feito na gravidez seguinte com a realização de cerclagem - ponto dado no colo do útero – com cerca de 12 ou 13 semanas, depois do ultrassom morfológico. Outro fator que pode ajudar no reparo da prematuridade extrema é o repouso, além do uso de progesterona micronizada”, explica a especialista em reprodução humana.  

Dra. Carla também ressalta que o diferencial da incompetência istimo-cervical é que, se não diagnosticado na primeira perda, a mulher vai perdendo os bebês cada vez antes, ou seja, com menos tempo de gestação. Nesse caso, ela pode ter, por exemplo, uma perda com 24 semanas, depois com 22 semanas, depois perde com 20 semanas e assim sucessivamente, uma vez que o colo não aguenta. Essa incompetência pode estar presente em mulheres com malformações uterinas, tais como as malformações mullerianas, as quais são úteros bicornos, unicornos, de delfos. E isso ocorre, sobretudo, porque o útero é um músculo que possui muito colágeno e fibras e a distribuição dessas fibras, caso estejam alteradas, pode incapacitar e diminuir a função do colo de segurar a gravidez. 

“Um método de diagnóstico é a ultrassonografia obstétrica transvaginal, a qual é utilizada para medir o comprimento do colo. Geralmente, essa medida é acompanhada desde o primeiro ultrassom, para identificar se há ou não um encurtamento. Caso o colo esteja com menos de 2,5 centímetros, a paciente precisa ficar em repouso e fazer medidas interventivas, como o uso de progesterona e, se necessário, cerclagem ou pessário, este último funcionando como um anel de silicone que segura o colo do útero fechado até o final da gravidez”, finaliza a médica.


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