Incompetência istmico cervical, doença hipertensiva, diabetes, gestação múltipla, malformações uterinas, tabagismo, infecções maternas, rotura prematura de membranas, malformações fetais, parto prematuro anterior. Infelizmente, temos uma série de doenças que podem afetar o parto antes do tempo adequado, ou seja, antes da 37 semana de gestação.
“O pequeno que nascer antes do tempo pode ficar
semanas ou meses internado, inclusive, sofrer de alguns problemas ao longo da
vida, tal como perda da audição, dificuldades visuais, paralisia cerebral,
deficiência intelectual, distúrbio digestivo, por exemplo. Mas em geral, se a
gestante está saudável e a gravidez está avançando bem, não há o que se
preocupar. Entretanto, existem alguns fatores de risco que podem influenciar no
fato”, enfatiza a obstetra Dra. Carla Iaconelli, especialista em reprodução
humana.
Veja alguns deles:
▪ Gravidez de gêmeos ou mais;
▪ Problemas com o útero ou colo;
▪Uso de álcool, tabagismo ou outras drogas;
▪Infecções durante a gravidez;
▪Parto prematuro anterior;
▪Problemas na saúde da mãe, como diabetes,
distúrbios de coagulação e pressão arterial elevada, etc.
Calma! Existe prevenção Segundo Dra Carla. Por
exemplo, adotar alimentação equilibrada, incluindo vitaminas pré-natais e ácido
fólico, evitar o consumo de substâncias desnecessárias, entre as quais, o
tabagismo e o álcool. É de suma importância, observar o controle e cuidados
sobre a própria saúde – aqui estamos falando de tratar os corrimentos, fazer
ultrassom obstétrico transvaginal para medida do comprimento do colo uterino,
seguir as orientações do obstetra se for necessário repouso, ainda
pode-se lançar mão de procedimentos como cerclagem e uso de pessário se
indicado. As futuras mamães devem ficar atentas se tiverem dores em baixo do
ventre, perda de liquido ou sangue, encurtamento do colo uterino no
ultrassom.
EXISTEM 3 TIPOS DE PREMATURIDADE:
- Extrema: menos de 28 semanas ou menos de 1 kg.
- Moderada: 29 e 33 semanas.
- Limítrofe: 34 a36 semanas.
Prematuridade Extrema:
“Esse problema tem como causa a incompetência
istimo-cervical, que é caracterizada pela incapacidade do colo uterino se
segurar a gestação. Geralmente, esse problema é difícil de ser identificado
antes da primeira gravidez, uma vez que poucos métodos de diagnósticos podem a
doença. O tratamento, geralmente, é feito na gravidez seguinte com a realização
de cerclagem - ponto dado no colo do útero – com cerca de 12 ou 13 semanas,
depois do ultrassom morfológico. Outro fator que pode ajudar no reparo da
prematuridade extrema é o repouso, além do uso de progesterona micronizada”,
explica a especialista em reprodução humana.
Dra. Carla também ressalta que o diferencial da
incompetência istimo-cervical é que, se não diagnosticado na primeira perda, a
mulher vai perdendo os bebês cada vez antes, ou seja, com menos tempo de
gestação. Nesse caso, ela pode ter, por exemplo, uma perda com 24 semanas,
depois com 22 semanas, depois perde com 20 semanas e assim sucessivamente, uma
vez que o colo não aguenta. Essa incompetência pode estar presente em mulheres
com malformações uterinas, tais como as malformações mullerianas, as quais são
úteros bicornos, unicornos, de delfos. E isso ocorre, sobretudo, porque o útero
é um músculo que possui muito colágeno e fibras e a distribuição dessas fibras,
caso estejam alteradas, pode incapacitar e diminuir a função do colo de segurar
a gravidez.
“Um método de diagnóstico é a ultrassonografia obstétrica transvaginal,
a qual é utilizada para medir o comprimento do colo. Geralmente, essa medida é
acompanhada desde o primeiro ultrassom, para identificar se há ou não um
encurtamento. Caso o colo esteja com menos de 2,5 centímetros, a paciente
precisa ficar em repouso e fazer medidas interventivas, como o uso de
progesterona e, se necessário, cerclagem ou pessário, este último funcionando
como um anel de silicone que segura o colo do útero fechado até o final da
gravidez”, finaliza a médica.
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