Durante a pandemia, a necessidade de uma educação financeira para investir o dinheiro da forma correta surgiu entre os jovens; Pensando nisso, os sócios-fundadores da Bullseye, Pedro Marques e Marco Antônio, explicam a importância do estudo de investimento gamificado e listam as principais dicas para iniciar neste mercado
Aprender a ter uma boa relação com o dinheiro é o sonho de muitas pessoas. Mas, para muitos, durante o período de pandemia, esse sonho acabou tornando-se necessidade, até mesmo entre os jovens brasileiros. Para se ter uma ideia, de acordo com a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em agosto de 2020 foi alcançado o número de 379,6 mil investidores na faixa de 16 a 25 anos, conquistando um aumento de 130,5% nos oito primeiros meses do ano. Segundo a B3, os jovens foram os que mais procuraram por renda variável no ano passado.
Este
crescimento mostra a necessidade de programas que ensinem as pessoas a
investirem de forma correta e segura. Foi pensando desta forma que surgiu a Bullseye
- startup que criou uma forma de investimento gamificada, para ajudar pessoas
que não têm familiaridade com o assunto. “A nossa ferramenta é uma ótima
proposta para quem está aprendendo sobre investimentos, mas ainda tem receio
por não conhecer o mercado. Nós usamos um simulador gamificado e intuitivo,
buscando sempre dar a melhor e mais segura orientação para os futuros
investidores brasileiros”, explica Marco Antônio, sócio-fundador da Bullseye.
Quando
se fala de investimentos, vale ressaltar que o melhor retorno vem de aportes
constantes, não apenas de investimentos iniciais significativos. “Ainda que as
pessoas mais jovens sejam investidores com menor capitalização, esse
crescimento evidencia que eles estão começando a investir mais cedo. Além
disso, já observam valor em montar sua carteira com posições em renda variável,
algo que é extremamente positivo, uma vez que irão aprender mais cedo e contar
com os juros compostos a seu favor, fazendo com que no auge de sua
capitalização, estejam capacitados e seguros das operações que realizam”,
entende Pedro Marques, também sócio-fundador da startup.
O
investimento gamificado
Quando
se fala de gamificação, vale entender que a recente geração cresceu juntamente
com a popularização dos videogames, o que faz com que soluções que utilizem
dinâmica similar a utilizada nos jogos sejam bem recebidas pelos jovens, uma
vez que já conhecem e aprovam essa estrutura. “Por estarem acostumados com esse
modelo de utilização, quando procuram alguma solução para seus problemas,
preferem soluções intuitivas e gamificadas do que as soluções tradicionais que
o mercado oferece. Tratando-se de dinheiro, que é algo que os jovens se
esforçam para conseguir, a insegurança de perder esse dinheiro em algo
desconhecido é grande”, acredita Marco Antônio.
Pelo
fato da solução ser embasada na estrutura de games, em que se sentem
confortáveis, a gamificação pode ser um ponto de partida no aprendizado do
jovem ao dar seus primeiros passos nos investimentos. “É importante destacar
que a gamificação também foque no caráter real e riscos que existem ao investir
seu capital. Até porque diferentemente dos jogos de videogame, as decisões
tomadas como investidor podem fazer com que você perca dinheiro no mercado
real, só que contrariamente aos jogos, não é possível começar novamente e
restituir o prejuízo”, complementa Pedro Marques.
Para
quem tem dúvidas sobre a melhor forma de começar a investir, os especialistas
listam as quatro principais dicas. Confira:
1.
Comece estudando: a melhor forma de começar no mundo dos
investimentos é, primeiramente, buscando conhecimento sobre o assunto. “O mais
importante é adquirir conhecimento sobre aquilo que deseja aprender. Acompanhar
pessoas que são referência em investimentos também pode ser interessante, mas
sempre é necessário se atentar às promessas que essas pessoas fazem, sem dúvida
é necessário um filtro para encontrar quem trata sobre investimentos de maneira
séria e verdadeira”, explica Marco Antônio.
2.
Encontre os conteúdos certos: há muito conteúdo disponível na
internet, porém é difícil saber se os mesmos atendem às necessidades e se ainda
por cima trata sobre o assunto de maneira verdadeira. “Por isso, pode ser
interessante exercitar o hábito da leitura e buscar livros que são referências
no assunto. Na hora de se aventurar online, é interessante buscar especialistas
ligados à corretoras com alto nível de satisfação do cliente, pois
provavelmente eles tratam com seriedade o assunto”, complementa Pedro Marques.
3.
Descubra o seu perfil investidor: é preciso descobrir
o seu perfil de investidor, entendendo os riscos e retornos de cada tipo de
investimento e o que se aplica ao seu perfil. “Uma vez que a pessoa conhece o
seu perfil de investidor, vale a pena estudar os investimentos que são
recomendados para esse perfil, para entender se é realmente isso que a atrai. A
partir disso, é só criar uma conta em uma corretora que esteja mais alinhada
com seus interesses, transferir o dinheiro e começar os aportes nos
investimentos”, finaliza Marco Antônio.
4.
Não procure por resultados imediatos: há quem acredite
que, quando se trata de investimentos, os resultados sempre serão imediatos,
mas na verdade as coisas não funcionam desta forma. “Esperar enriquecer no
curto prazo, seguir conselhos e recomendações de influenciadores sem
certificação, investir mais do que possui (alavancagem), investir através de
corretoras com taxas abusivas, seguir recomendações de especialistas
certificados sem ter conhecimento do investimento recomendado, ceder ao pânico
de oscilações do mercado. Todos esses são pontos que necessitam de atenção. Os
melhores resultados vêm sempre com o tempo certo de investimento”, conclui
Pedro Marques.
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