No dia das
Micro, Pequenas e Médias Empresas, gestores falam dos desafios no enfrentamento
à pandemia, mas relatam esperança no crescimento
O segmento de micro e pequenas empresas, que
ganhou uma data comemorativa no dia 27 de junho devido a importância do setor,
é responsável por 30% do PIB do país e mais da metade da geração de empregos
formais, se firmando como um pilar social e econômico fundamental.
Apesar do alto nível de desemprego registrado em
Goiás, com índice de 12,4%, um dado positivo chama a atenção do mundo dos
negócios. Entre os meses de janeiro e março de 2021, o Estado registrou um
recorde na abertura de novas empresas. De acordo com o Sebrae-GO, foram 8,7 mil
novas empresas durante o período, o maior número já registrado nesses meses nos
últimos cinco anos. Também se destaca a informação de que Goiás apresenta taxa
de empreendedorismo de 10%, acima da média brasileira, que é de 9,88%. Dos 17
milhões de pequenos negócios do Brasil, mais de 600 mil estão em Goiás.
O empreendedorismo se tornou opção viável de
renda e crescimento para muitos brasileiros, com destaque para os jovens.
Segundo estudos do Sebrae-GO, predominantemente, os microempreendedores
individuais (MEI) em Goiás, têm como atividade mais frequente o comércio
varejista de artigos do vestuário e acessórios, em pontos fixos. O perfil
divulgado pelo órgão retrata que 30% destes empresários têm de 30 a 41 anos, seguidos
pelos jovens entre 21 a 30 anos, com 23%.
Um exemplo é a microempresária Luanna Lúcia
Silva, de 24 anos. Ela usou da coragem e decidiu empreender em um momento de
adversidade. A abertura de seu primeiro negócio, se deu em meio a pandemia de
Covid-19, após firmar sociedade com a irmã, na loja Lelilu, no Shopping Estação
Goiânia.
“Nós abrimos a loja sem muita estrutura e depois
de 13 dias fomos obrigadas a fechar tudo. A situação ficou instável por muito
tempo e é aí que entra o espírito empreendedor. Começamos vendendo para os
familiares e conhecidos, partimos para as vendas online, investimos em peças
diferentes e adaptáveis para todos os corpos, para não perdermos peças e
conseguirmos atender todo o público, superamos os desafios”, diz a lojista.
De acordo com a empresária, a experiência de
abrir a primeira loja foi complicada em decorrência do momento, mas está sendo
gratificante e ela aposta na própria escolha. “Quando abrimos a loja foi
difícil, mas eu tenho amor pelo que eu faço. As coisas estão se alinhando e os
resultados estão chegando, estamos conquistando o nosso público dia a dia”,
ressalta Luanna como um motivo para celebrar neste dia das Micro,
Pequenas e Médias Empresas.
Luanna reforça ainda que, apesar do sonho da
formação acadêmica, nunca quis prestar serviço, mas sim, ter o próprio negócio.
“Eu tinha o sonho de ter uma formação no ensino superior, fiz faculdade de
Arquitetura e Urbanismo e, durante o tempo de estudante, já desenvolvi a veia
empreendedora, fui juntando os meus recursos, porque já sabia que não queria
trabalhar para alguém e sim ter o meu próprio negócio. Estou realizando um
sonho e as coisas tendem a melhorar”, afirma a empresária.
Números positivos
Conforme levantamento, o aumento no números de
MEIs, em Goiás, em todo o 2020, foi de 19,4% em relação ao ano anterior.
Contudo, só nos primeiros três meses de 2021, o crescimento foi estimado em
5,6%, o que representa 3,5% em âmbito nacional.
O MEI foi um mecanismo criado para auxiliar os
profissionais autônomos com facilidades de crédito, emissão de notas fiscais,
além de proporcionar obrigações e direitos de uma pessoa jurídica. Dessa forma,
tem se apresentado como um caminho para quem quer investir no mundo dos
negócios, e já representa 91% das empresas registradas no estado.
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