As quedas têm diversos motivos que vão muito além das questões neuromuscular
As quedas
ocorrem em todas as idades, mas especialmente após os 60 anos ficam mais
frequentes à medida que a idade avança, aumentando também, a gravidade das
ocorrências. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2017, quase 12 mil
pessoas com mais de 60 anos morreram em decorrência de quedas. Estimativas
apontam que, por ano, no Brasil, cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma
vez, dos quais 50% ficam com a mobilidade reduzida, gerando lesões que vão
requerer vigilância contínua para este idoso.
“A queda é
um evento comum, porém, não deve ser considerado um acontecimento normal.
Devemos considerar a queda como uma ocorrência sentinela e avaliar o que está
por trás”, informa a Dra. Juliana Junqueira, médica geriatra e membro da
diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
“A queda em
idosos pode estar ligada às doenças crônicas, não apenas doenças específicas da
parte neuromuscular, mas doenças sistêmicas de forma geral. Doenças orgânicas
como: insuficiência cardíaca e infecções. Por isso, é muito importante ter um
olhar especial, pois muitas vezes a queda é a única manifestação de alguma
descompensação aguda. Neste momento de pandemia, a queda pode sim, inclusive,
ser uma manifestação de infecção por COVID-19 em uma pessoa idosa”, explica a
médica.
A SBGG está à disposição para dar entrevistas e,
assim, orientar os idosos e a população brasileira quanto à prevenção de quedas.
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