A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica benigna que apresenta grande impacto na qualidade de vida das pessoas que convivem com ela. A principal alteração presente nos pacientes com dermatite atópica é a pele seca, que resulta em lesões eruptivas pruriginosas que podem evoluir com presença de crostas, áreas mais grossas na pele e escoriações secundárias ao ato de coçar, além de possíveis alterações na coloração da pele.
Os pacientes com dermatite atópica podem apresentar
períodos de remissão e exacerbação das lesões, sendo hoje detectados os fatores
de piora como a não hidratação da pele, banhos quentes e prolongados, exposição
a fragrâncias como alguns perfumes e sabonetes, roupas de tecido sintético ou
lã que dificultam a ventilação da pele, alérgenos ambientais como ácaros de
colchões e cortinas, pelos de animais, entre outros.
“A dermatite atópica pode piorar nas épocas de
outono e inverno, pois são estações mais secas e que, devido às baixas
temperaturas, tendemos a tomar banhos mais quentes, hidratar menos a pele e
usar roupas de lã e outros tecidos que podem “abafar” a pele e resultar em
piora da coceira em quem já tem uma pele mais sensível”, comenta a dermatologista
Bruna Senna.
A base do tratamento para a dermatite atópica não é
apenas medicamentosa, mas inclui os hidratantes e a atenção aos hábitos de
vida. Hidratar a pele muitas vezes ao dia com hidratantes neutros é a
recomendação básica para qualquer pessoa com esse diagnóstico. Outros hábitos
importantes para essa época do ano é o uso de roupas de algodão que permitam a
ventilação da pele, tomar banhos com água mais fresca, de no máximo 5 a
10 minutos de duração, sem uso de buchas e pouco sabonete. Esses cuidados
se praticados de forma contínua melhoram muito a qualidade de vida dos
pacientes com dermatite atópica. Além disso, nos períodos de crise e
exacerbação da doença, pode ser recomendado o uso de pomadas de corticóides,
antialérgicos e/ou antibióticos sistêmicos, visando a melhora e controle dos
sintomas, de acordo com a avaliação do dermatologista.
Entre as opções para o tratamento medicamentoso da
dermatite atópica está o uso tópico do fármaco tacrolimo monoidratado, capaz
de alterar a resposta imune anormal, característica da doença, e aliviar os
sintomas de irritação e coceira.
O Atobach®da U.SK Dermatology é um dos medicamentos
utilizados para tratamento dessa doença, que tem o tacrolimo como princípio
ativo. Sua eficácia foi comprovada em estudos clínicos de curta e longa duração
que, com a aplicação do fármaco, demonstraram a melhora de eritema
(vermelhidão), edema (inchaço) e prurido em 83,3% dos pacientes, após 3 semanas
de uso. Em longo prazo, estudo prospectivo com seguimento de até 4 anos, evidenciou
eficácia no tratamento, principalmente no primeiro ano, mas também melhora
progressiva nos anos seguintes.
“Sempre explico para os meus pacientes que a
dermatite atópica não tem cura, mas tem tratamento e controle que permitem uma
melhora importante da qualidade de vida, desde que o paciente entenda que
precisa estar atento sempre à hidratação e aos cuidados adequados com a pele”,
finaliza Bruna Senna.
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