O advogado Sandro Wainstein explica que as SPACs são mais rápidas e menos burocráticas, chamando a atenção para as vantagens dessas empresas no mercado brasileiro
Sucesso no mercado financeiro dos
Estados Unidos, as SPACs (termo em inglês para Companhias com Propósito
Específico de Aquisição) existem com a única finalidade de comprar outras
empresas que sejam rentáveis, através de fundos via IPO. Sandro Wainstein,
advogado e mestre em Direito da Empresa e dos Negócios, explica que essas companhias
começaram a chamar mais a atenção durante a pandemia e que o Brasil precisa
ficar de olho nas possibilidades que elas oferecem.
Chamadas de “cheque em branco” no mercado financeiro, devido à confiança nos
criadores da companhia pelos investidores, Sandro afirma que as SPACs chamam a
atenção para as diversas vantagens que podem trazer ao mercado financeiro do
Brasil. Dentre elas, está a rápida captação de dinheiro e a aquisição de outras
empresas com menos burocracia. “As SPACs são mais rápidas do que um IPO
tradicional. Uma SPAC leva, em média, três a quatro meses para entrar em
funcionamento, enquanto um IPO leva mais de um ano em todo o processo”,
analisa.
O profissional, que é Head da área de Corporate do Baptista Luz Advogados em
Porto Alegre, ainda destaca que, em 2020, só nos Estados Unidos, mais de 70
bilhões de dólares foram movimentados pelos IPOs feitos via SPACs. “Algumas
empresas asiáticas, inclusive, estão abrindo capital via SPAC na Nasdaq, uma
das maiores movimentações do tipo na história”, ressalta, relembrando que não
há regulação específica sobre as SPACs no Brasil.
Sandro destaca ainda que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em audiência
pública, está proposta a receber opiniões sobre as companhias, numa
possibilidade de destinar ações a investidores qualificados em um primeiro
momento. “Se aprovado, essas empresas poderiam alcançar os investidores de
varejo após o período de 18 meses”, pontua.
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