Dr. Guilherme
Sangirardi de Melo Reis, cardiologista credenciado Omint, destaca os aspectos
mais importantes que envolvem o diagnóstico e o tratamento da doença e orienta
sobre algumas práticas essenciais de controle e prevenção
Na próxima segunda-feira, 26 de abril, é comemorado
o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data importante
para conscientizar a sociedade sobre os principais cuidados que devem ser
tomados em relação à doença, que é popularmente conhecida como pressão alta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a
hipertensão arterial atinge cerca de um bilhão de pessoas no mundo, sendo
atualmente considerada como um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio
e o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 35% da população
brasileira tem a enfermidade, mas metade não tem conhecimento do diagnóstico.
Em relação à parcela de pessoas que sabem da existência da doença, 50% fazem
uso de medicação, sendo que apenas 45% têm a pressão controlada.
O cardiologista credenciado Omint, Dr. Guilherme
Sangirardi de Melo Reis, explica que a hipertensão arterial é uma doença
crônica silenciosa e pode acometer indivíduos de diferentes idades. “Os níveis
elevados da pressão sanguínea nas artérias fazem com que o coração precise se
esforçar muito mais do que o normal para que o sangue seja distribuído de
maneira correta por todo o corpo. Tanto crianças e adolescentes quanto adultos
e idosos podem ser diagnosticados com a doença, que acontece quando os valores
das pressões máxima e mínima forem iguais ou ultrapassarem140/90 mmHg (ou 14
por 9)”, explica.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio da aferição da pressão arterial, que pode
ser realizada com aparelhos manuais ou automáticos, e em condições de repouso.
Alguns fatores de risco comportamentais além de questões genéticas favorecem o
desenvolvimento da doença. A obesidade, o estresse, o tabagismo, o
sedentarismo, o envelhecimento e a ausência de hábitos alimentares adequados
são alguns dos principais aspectos que levam ao aumento da pressão arterial.
O tratamento da hipertensão deve ser feito,
principalmente, por meio da adoção de hábitos alimentares e de vida mais
saudáveis, como por exemplo o combate ao sedentarismo, cessação de tabagismo,
medidas de redução de stress, entre outros. Entretanto, em muitos casos, também
é preciso que o paciente use regularmente medicamentos de diferentes mecanismos
de ação, de acordo com as particularidades individuais de cada caso, avaliados
e definidos sempre com orientação do médico.
Orientações de prevenção e controle
Na grande maioria dos casos, a hipertensão não tem cura, mas deve ser
controlada por meio da adoção de hábitos saudáveis. “Pacientes hipertensos
podem ter qualidade de vida, mas é preciso levar em consideração alguns
cuidados essenciais, principalmente em tempos de pandemia, pois essas pessoas
fazem parte do grupo de risco da Covid-19. Por isso, recomenda-se que elas
reforcem as medidas de prevenção, como o distanciamento social, o uso de
máscaras e a higienização das mãos com água e sabão”, alerta o
cardiologista.
As principais orientações para quem tem o
diagnóstico de hipertensão abrangem a prática de atividade física (30 minutos,
no mínimo, e três vezes por semana), bons hábitos alimentares, privação de
consumo de cigarro, redução na ingestão de álcool e restrição do sódio na alimentação,
que pode ser substituído por outros temperos que destaquem mais o sabor dos
alimentos.
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