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Os
infartos em jovens vêm crescendo 2% a cada ano nos últimos 10 anos, segundo um
estudo publicado em 2019 pela American
College of Cardiology e cabe ressaltar que nesses pacientes há maior chance
de serem fulminantes. O risco entre os jovens abaixo dos 50 anos é maior
entre os homens, contudo, após passarem pela menopausa, as mulheres apresentam
aumento relativo da possibilidade de sofrer um infarto, aproximando-se
estatisticamente aos homens da mesma faixa etária.
“Por ser um órgão com metabolismo bastante intenso,
o coração sofre rapidamente quando seu fluxo de sangue e nutrientes é
interrompido e, nessa idade, o tempo entre o início da doença e a ocorrência do
infarto é curto, não demandando tempo hábil para desenvolver a "circulação
colateral" - um mecanismo de defesa que garantiria um caminho alternativo
para que o sangue alcançasse a região enfartada - tornando maior a chance de o
indivíduo jovem apresentar uma falência cardíaca fatal”, explica o Dr. Thiago
Librelon Pimenta, Cardiologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS).
O infarto agudo do miocárdio, ou simplesmente
infarto, é uma manifestação grave e pode ser consequente à várias disfunções
orgânicas distintas. Pode decorrer do uso de drogas ilícitas, de doenças
reumatológicas, genéticas, infecciosas, arritmias, dentre outras. Doenças que
afetam o sistema cardiovascular, como diabetes, hipertensão e doença renal
crônica com o passar dos anos também são grandes causadoras do infarto.
Em jovens, a despeito de peculiaridades, o
principal mecanismo de infarto é a formação de placas ateroscleróticas formadas
nas paredes dos vasos que levam sangue ao coração, impedindo a circulação de
oxigênio e nutrientes vitais para o bom funcionamento cardíaco. “Sedentarismo,
dieta com abundância de gorduras animais, tabagismo, estresse, doenças como
colesterol alto, hipertensão arterial e diabetes são os principais fatores que
contribuem para ocorrência de infarto em pacientes jovens”, diz o Dr. Pimenta.
O médico alerta sobre a importância de se destacar que tais fatores de risco
também valem para as demais faixas de idade.
A recuperação após o infarto nessa idade é bastante
variável, assim como as sequelas que poderão persistir. O retorno às atividades
cotidianas deverá ser gradativo e acompanhado por um médico cardiologista. É
possível, em muitos casos, atingir e até ultrapassar os níveis de atividade
física praticados antes do desenvolvimento da doença. “A adoção de hábitos de
vida saudáveis, com alimentação regrada, 50 minutos de atividade física por,
pelo menos, três vezes na semana, evitar o tabagismo, o uso de drogas ilícitas
e o excesso de álcool são importantes sugestões para a redução dos riscos.
Visitas frequentes ao cardiologista, com o intuito de prevenção e/ou eventual
diagnóstico precoce de alguma anomalia também são ferramentas de grande valia
para evitar o infarto agudo do miocárdio”, conclui o médico do HAS.
Fonte estudo: https://www.acc.org/about-acc/press-releases/2019/03/07/08/45/heart-attacks-increasingly-common-in-young-adults
HAS
https://www.youtube.com/watch?v=M7W28Af8tKI
Link
vídeo 50 anos: https://youtu.be/uNoHjdPVMVI
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