“Respeito para todo o espectro” é o tema central da Campanha
Nacional de 2021 e reforça a importância da disseminação de informações de
respaldo científico para diminuir barreiras
Dia
02 de abril é o dia instituído pela ONU, desde 2008,
como o Dia Mundial de Conscientização do
Autismo. Como evolução das políticas voltadas
a esse público, a lei 12.764 criada em 2012, e conhecida como “Política
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
(TEA)”, veio estabelecer diretrizes para a proteção dos portadores do TEA,
determinando que a pessoa com o transtorno é considerada com deficiência para
todos os efeitos legais, tendo direito a todas as políticas de inclusão do
país, inclusive as de educação.
Em
função da data temática, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia –
SBFa, apoia a campanha nacional “Respeito
para todo o espectro”, disseminando informações de base
cientifica para o melhor entendimento e acolhimento das necessidades das
pessoas com TEA.
A
campanha também convida toda a população a vestir e divulgar a cor azul nas
redes sociais, em uma corrente pelas pessoas com TEA e seus familiares.
Entendendo
o TEA
“O
TEA é um transtorno neurobiológico caracterizado por prejuízos severos e
persistentes na interação e comunicação social e pela presença de repertório
restrito e estereotipado de interesses e atividades”, explica a
fonoaudióloga coordenadora do Comitê de Linguagem Oral e Escrita da Infância e
Adolescência da SBFa, Ana Carina Tamanaha.
Estudos
da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS, de 2017, indicam prevalência
mundial de 1 a cada 160 crianças. Nos EUA, o CDC (Center for Disease Control
and Prevention, 2018) divulgou em seu mais recente estudo de monitoramento
epidemiológico, a prevalência de 1 a cada 59 crianças. Nesse universo, o
diagnóstico precoce é essencial, bem como a oferta de apoio e suporte para as
famílias.
O
diagnóstico é essencialmente clínico e realizado por Psiquiatra
da Infância e Adolescência e/ou Neuropediatra. O fonoaudiólogo integra a equipe
multidisciplinar colaborando nos processos de avaliação, diagnóstico e
tratamento.
“O
processo terapêutico fonoaudiológico tem como ênfase o desenvolvimento de
competências sociais e comunicativas para o fortalecimento das interações
interpessoais. Outro ponto fundamental é a retaguarda
que devemos oferecer às famílias, sempre proporcionado acolhimento e
informações relevantes desde o processo diagnóstico, e mesmo incentivando a sua
participação ativa e colaborativa ao longo do tratamento”, comenta a
especialista Ana Carina Tamanaha.
Nos
últimos anos também vem se observando uma crescente conscientização sobre as
questões de neuro-diversidade e maior visibilidade das pessoas com TEA, o que
tem favorecido o reconhecimento dos seus direitos e assegurado o acesso ao
tratamento e apoio emocional tão imprescindíveis.
A
SBFa e seus profissionais especialistas atuam diretamente no estabelecimento de
prática clínica fonoaudiológica baseada em evidências cientificas, tendo
publicado dois importantes pareceres científicos e atuado
diretamente no desenvolvimento de políticas públicas e informações de suporte
para todos os envolvidos. Como promotora de educação continuada, a SBFa também
já tem programado o lançamento, ainda no mês de abril, de um curso aos
profissionais da área.
Pareceres científicos da SBFa sobre o TEA:
Vem vestir azul com a SBFa
A
SBFa convida a todos, no dia 02 de abril,
a vestirem uma peça de roupa azul, tirarem uma foto e compartilharem
em suas redes sociais, mencionando o perfil @SBFa1
e as hashtags #SBFavesteazul e #EuVistoAzulcomaSBFa,
demonstrando seu apoio à rede e toda a comunidade TEA.
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