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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Pesquisa mostra que homens estão cada vez mais atentos à aparência e resgate da autoestima para trabalho e relacionamentos

Um levantamento feito pela Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar apontou um crescimento de 85% em cirurgias contra a calvície e que o resgate da autoestima pode ser o motivador desse movimento às clínicas de cirurgia plástica.


A busca por oportunidades melhores de emprego e impressionar em relacionamentos com uma aparência mais atrativa tem levado muitos homens a recorrer ao implante capilar, como solução para a calvície. É o que mostra uma pesquisa feita em 2020 pela ISHRS (Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar). O comportamento masculino representou um aumento de 85% de cirurgias para deixar de ser calvo, nos últimos três anos.  Para o Dr. Mauro Speranzini, cirurgião plástico especialista em implante capilar, o constante melhoramento nessas técnicas cirúrgicas encoraja aos homens a se entregarem aos procedimentos em busca da autoestima e, consequente melhora consigo e com suas relações exteriores.

De acordo com o levantamento, realizado em clínicas do mundo inteiro, a carreira profissional é o principal incentivo dos homens na busca por se livrar das falhas deixadas pela queda de cabelo – quase 38% das 735.312 cirurgias capilares realizadas em 2019 foram incentivadas pela intenção de conquistar ou garantir melhores empregos ou posição nos negócios.  Dados da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) mostram que, em dois anos, o número de cirurgias de transplante capilar, no Brasil, cresceu 14,3%.   De acordo com o Dr. Speranzini, a maioria dos homens que busca pelo procedimento das clínicas do Grupo Speranzini relatam se sentirem mais autoconfiantes com os resultados da cirurgia plástica. “O relato mais interessante que tive de um paciente foi de que quase ninguém notou que ele havia acabado com as áreas calvas do couro cabeludo, mas que ele sim, estava feliz e mais confiante ao se olhar no espelho e que isso se refletia positivamente em seus negócios”, conta o médico.

Essa autoconfiança também encontra respaldo na vida social e em relacionamentos afetivos. A pesquisa mostra ainda que 37% dos homens que buscam por esse tipo de cirurgia queriam impressionar as pessoas de seu convívio. “Essa questão e impressionar está ligado a algo que é tão interno, que se reflete no externo e, assim, passamos a conviver melhor conosco e com as pessoas a nossa volta”, conta Maurício Siqueira, empresário de 45 anos, que foi submetido a uma cirurgia capilar há aproximadamente dois anos.

O levantamento também mostrou que homens entre 30 e 39 são maioria nos consultórios de cirurgiões especialistas em implante capilar – 31,6% - e em seguida, a faixa etária de 40 a 49 anos, com quase 26%.  A idade média dos pacientes submetidos à cirurgia de cabelo pela primeira vez é baixa, 45,2% realizam o primeiro procedimento entre 26 e 35 anos e 42,3% entre 36 e 45 anos – a segunda opção é a mais indicada, de acordo o Dr. Speranzini. Ele orienta que a idade abaixo de 30 anos não é recomendável a realização do implante capilar.


Evolução da cirurgia

Nos últimos anos, a cirurgia de implante capilar tornou-se um procedimento ainda mais seguro e capaz de trazer resultados naturais, o que incentiva cada vez mais pessoas a passarem pelo procedimento. Essa evolução passa principalmente pela Técnica conhecida como FUE (Follicular Unit Extration), onde são retirados fios de cabelo um a um, da área doadora e, colocados imediatamente na área calva. Esse método é utilizado em 66% das cirurgias de cabelo no mundo, como apresentado no levantamento 2020 da ISHRS.  No Brasil, de acordo com dados da ABCBC (Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar), de cada 10 cirurgias de implante capilar, nove são realizadas com uso da técnica FUE.

A técnica, pode ser combinada com outras para elevar a agilidade do procedimento e, consequentemente, os efeitos, já que, quanto menos tempo os fios a serem implantados ficam fora do corpo do paciente, maior o sucesso da cirurgia.  Criador de uma dessas técnicas que são combinadas com a FUE, que é reconhecida e utilizada mundialmente, a DNI (implantador com agulha sem corte), o Dr. Mauro Speranzini explica o que interfere no resultado da cirurgia: “Existe uma série de fatores que interferem na qualidade da cirurgia, uma delas é o manuseio excessivo dos fios retirados da área doadora e o cuidado ao coloca-los na área receptora, mas os cuidados vão, além como a destreza da equipe de cirurgia e a especialização do médico”, orienta o cirurgião.

 



Dr. Mauro Speranzini -  Formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1987, é membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Sua tese de mestrado foi defendida pelo Departamento de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da USP. Cirurgião especializado em transplante capilar, Dr. Mauro Speranzini foi presidente da Associação Brasileira de Cirurgia Capilar para o biênio 2016-2018, criador da técnica DNI (Dull Needle Implanter) associada à FUE, participa de congressos e associações de implante capilar nacionais e internacionais, além de diversas publicações sobre o tema, nas principais revistas cientificas do mundo inteiro.


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