Não reaplicar, usar produto vencido, ignorar algumas partes
do corpo. Conheça os tropeços mais comuns ao usar o filtro, a forma certa de
passar o cosmético e prevenir o câncer de pele
A chegada do verão é a temporada mais
"perigosa" para a pele. A médica dermatologista Dra. Maria Paula Del
Nero Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que muita gente
comete erros no uso do protetor solar por não saber como utilizá-lo
corretamente no dia a dia. Ela lista os sete equívocos mais comuns e como evita-los.
Confira:
• Quantidade insuficiente do produto: "para
que a proteção seja efetiva, é preciso aplicar a quantidade correta de protetor
solar no corpo e no rosto. Para o corpo, costumamos indicar o equivalente a
três colheres de sopa. No rosto, uma colher de café é suficiente",
orienta.
• Aplicar o protetor solar apenas na parte da
manhã: pode-se começar o dia com essa rotina de aplicação, mas o produto deve
ser reaplicado a cada três horas ou quando houver sudorese intensa, banhos de
mar ou piscina. "Mesmo quem está em ambiente fechado e climatizado deve
reaplicar o protetor solar a cada 12 horas", diz a médica.
• Não passar no corpo porque está coberto com
roupa: Dra. Maria Paula conta que os trajes são uma barreira física de proteção
contra o sol, mas não são 100% eficazes. "Se houver exposição solar, as
pessoas precisam passar o protetor solar no corpo mesmo assim. Sempre indicamos
que o produto seja utilizado embaixo de biquínis e maiôs, por exemplo, pois os
raios UV são capazes de penetrar na fibra dos tecidos e prejudicar a
pele."
• Não passar o produto por ficar em ambiente
fechado: a médica orienta o uso de protetores solares que agem contra a luz
visível, pois o corpo sofre fotoenvelhecimento também em locais fechados.
"A iluminação de aparelhos eletrônicos, como computadores, tablets e
celulares também pode acelerar o envelhecimento da pele", conta.
• Descuidar na atividade física: quem se exercita
ao ar livre precisa de um produto mais aderente à pele, que não saia com a
transpiração. "O ideal são os protetores infantis ou específicos para
esportes. Eles são resistentes à água e não escorrem nos olhos", ensina
Dra. Maria Paula.
• Não levar em conta o tipo de pele: isso tem a
ver com a durabilidade do produto sobre a cútis e também sobre a saúde do
órgão. Peles oleosas, por exemplo, devem usar como veículo de proteção o gel ou
sérum; as mistas, o gel creme e, as secas, os protetores em creme.
• Usar só em dia de sol: esse erro é bastante
comum e costuma render queimaduras feias nos banhistas. É que os raios nocivos
atuam mesmo em dias nublados. O indicado, segundo a Sociedade Brasileira de
Dermatologia, é o uso de Fator de Proteção Solar (FSP) 30, no mínimo,
diariamente.
"Pelo fato de vivermos em um país tropical,
o câncer de pele é o mais comum no Brasil e pode ser fatal. É preciso
conscientização sobre o uso do protetor solar como forma de prevenção desde a
infância até a terceira idade", conclui a médica.
Dra. Maria Paula Del Nero
• CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535. • Formada em 1991 pela
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-UNESP;
• Estágio em Dermatologia no Hospital Darcy
Vargas; • Título de
especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia;
• International Fellow da Academia Americana de
Dermatologia; • Membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; • Diretora da Clínica Healthy Dermatologia desde 2001.
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