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Cirurgião plástico explica o fenômeno, traz principais dicas para os jovens que querem recorrer a procedimentos, além de recomendar a idade mínima, escolha de um bom profissional e técnicas cirúrgicas mais atuais
Diálogo da atualidade na quarentena: o
filho chama os pais para uma conversa e diz: “Quero fazer uma cirurgia
plástica” E agora? Os números impressionam! Nos últimos 10 anos houve aumento de
cerca de 140% no número de procedimentos em jovens com idade entre 13 e 18
anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). O país
é líder nesse tipo de intervenção em todo o mundo. De acordo com o último censo
divulgado pela SBCP, foram 83.655 operações deste tipo apenas em 2018.
Isso representa 4,8% do total de plásticas feitas no país, em todas as faixas
etárias.
Estão entre as opções mais procuradas pelos jovens a
Rinoplastia (mudanças em detalhes no nariz), otoplastia (na orelha),
lipoaspiração (retirada de excesso de gordura localizada em certas partes do
corpo, como barriga e braços) e cirurgia nas mamas.
As incertezas sobre o corpo e a comparação com outras
pessoas são naturais em meio à adolescência, mas o aumento significativo da
procura por procedimentos cirúrgicos revelados acima parecem estar relacionados
a outros fatores.
Para o Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica, Dr. Alan Landecker, o crescimento se dá especialmente por causa das
redes sociais. “A expansão das redes sociais na quarentena acabou por aumentar
a preocupação dos jovens com sua imagem, uma vez que fotos e vídeos são comuns,
filtros de apps acabaram criando um padrão de beleza na sociedade e a busca por
likes é intensa”, avalia o especialista que registrou um aumento de 75% nos
atendimentos de jovens e adolescentes em seu consultório nos últimos
meses.
Tendo em vista que os adolescentes brasileiros lideram a busca mundial por cirurgias plásticas na
faixa etária, Landecker esclarece as principais dúvidas sobre o assunto:
Com quantos anos é recomendado fazer uma cirurgia
plástica?
Existe uma idade mínima para fazer um
procedimento. A partir dos 16 anos as estruturas ósseas e cartilaginosas do
nariz e da face já estão totalmente desenvolvidas. Além disso, existe outro
fator que é de extrema importância: a estrutura emocional. Nesta faixa etária,
a pessoa já tem condições de compreender melhor a mudança da aparência
proporcionada pela cirurgia plástica. Vale ressaltar que os atendimentos
e procedimentos só podem ser feitos nos menores se estiverem acompanhados dos
pais ou responsáveis. Feito isso, basta agendar uma consulta com um cirurgião
de credibilidade para fazer uma avaliação médica e criar um planejamento
cirúrgico baseado no resultado esperado do paciente e no senso estético.
Como escolher um bom profissional?
Escolher um profissional altamente competente e qualificado é
essencial para garantir que a cirurgia seja realizada com segurança e
profissionalismo. Todo cirurgião plástico no Brasil precisa fazer parte,
obrigatoriamente, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além disso, é
essencial verificar a especialização do médico, averiguar a sua presença em
congressos e a apresentação de trabalhos relacionados ao tema para enfim
confirmar a sua especialidade. Vale também conhecer os resultados alcançados
pelo cirurgião e conversar com antigos pacientes; estas são ótimas opções para
saber ainda mais sobre o médico em questão.
Buscar por técnicas mais
atuais:
Pesquisar quais são as técnicas cirúrgicas mais
atuais existentes no mercado e qual a prática do especialista em determinado
procedimento faz toda a diferença. Na rinoplastia, por exemplo, existem as
tradicionais técnicas estruturada e a redutora, mas há ainda uma técnica mais atual no
mercado intitulada Rinoplastia Balanceada; que tem por base
utilizar a técnica inovadora (ultrasônica) aliada à
estruturada e preservadora com o objetivo de realizar
uma cirurgia que oferece o máximo de previsibilidade, com o menor trauma
cirúrgico possível, minimizando assim as chances de complicações,
além de facilitar eventuais reoperações.
Quando a cirurgia não é indicada?
A cirurgia plástica é contraindicada para jovens
com expectativas não realistas, ideais que fogem do padrão estético normal,
diagnosticados com transtornos psicológicos, depressão ou transtorno dismórfico
corporal (TDC) moderado/grave, bem como pacientes que operaram o nariz várias
vezes e que por isso, possuem alterações irreversíveis na qualidade da pele, fazendo
com que eventuais reoperações sejam arriscadas tecnicamente. Além destes,
jovens diagnosticados com anemia ou qualquer outra condição que coloque a
anestesia e a vida do paciente em risco.
E os cuidados do
pós-operatório?
Por fim, um dos pontos mais importantes é o
pós-operatório. O jovem deve entender que a análise dos resultados da cirurgia
não pode ser feita imediatamente. Fatores como o inchaço logo após a cirurgia
como a rinoplastia podem interferir e muito na percepção do nariz. Por isto, o adolescente
deve ter maturidade para encarar as etapas do tratamento com tranquilidade, manter
repouso absoluto por 5 a 7 dias, ter paciência e aguardar todo o processo de
cicatrização, antes de fazer comparações. No geral após 30 dias da cirurgia já
é possível ver 95% do resultado final e de seis meses a um ano o resultado será
completo.
Dr. Alan Landecker - Cirurgião
Plástico – Membro Titular da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da
(Sociedade Internacional de Rinoplastia) com cerca de 20
anos de experiência. É formado em medicina e cirurgia geral pela
Universidade de São Paulo (FMUSP) CRM-SP 87043 e em
Cirurgia Plástica pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro e Clínica Ivo Pintanguy. Especialista
em rinoplastia estruturada primária e secundária (Rhinoplasty Fellow)
pela University of Texas Southwestern em Dallas, Texas, EUA, sob o Dr. Jack P.
Gunter. É precursor da Rinoplastia Balanceada que tem por base utilizar a
técnica inovadora de piezoelétrica (ultrasônica) aliada às técnicas
cirúrgicas de rinoplastia estruturada e preservadora com
o objetivo de realizar uma cirurgia capaz de oferecer
o máximo de previsibilidade, com o menor trauma cirúrgico possível e
minimizar as chances de complicações, além de facilitar
eventuais reoperações. www.landecker.com.br
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