Nova modalidade de pagamento permitirá transações financeiras em seis segundos e estará disponível 24h por dia, sete dias por semana. Especialista explica
Nesta quarta-feira (12/08), o Banco Central
instituiu o Pix (pagamento instantâneo) e aprovou seu regulamento. A inovação
trata-se de uma nova modalidade de pagamento, que funcionará em conjunto com as
demais existentes no mercado, como DOC, TED, boletos e cheques, e suas
transações serão realizadas em seis segundos, em um serviço disponível
24h por dia, sete dias por semana. É o que explica José Luiz Rodrigues,
especialista em regulação e sócio da JL
Rodrigues, Carlos Átila & Consultores Associados.
“O lançamento oficial do Pix será no dia 16 de
novembro, mas quem tem interesse em sua utilização poderá se cadastrar para
obter as chaves de ativação em outubro. Posteriormente, basta acessar o
aplicativo da instituição financeira em que possui conta e fazer o registro
dessa chave, vinculando um número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ
àquela conta específica”, detalha José Luiz.
O Banco Central é o responsável pela regulação e
acompanhamento da implementação tecnológica, mas a disponibilidade do serviço
aos consumidores ficará sob responsabilidade de empresas privadas, envolvendo
desde instituições financeiras tradicionais a startups e fintechs. “Para que o
Pix funcione, as instituições participantes deverão oferecer aos seus clientes,
usuários finais, uma Conta Transacional, que é uma conta cuja finalidade é o pagamento
e o recebimento de pagamentos instantâneos. Esta conta pode ser de depósito à
vista, poupança ou de pagamento pré-paga”, explica o especialista.
Nos próximos dias, o Banco Central anunciará quais
serão as tarifações envolvidas no Pix. “Existe um debate sobre o custo do Pix,
tanto para quem fornecerá o serviço, quanto para quem o utilizará. O Bacen já
anunciou que haverá uma série de gratuidades em alguns serviços, mas enquanto
define os parâmetros tarifários, é possível destacar as outras vantagens já
visíveis desta inovação”, pontua José Luiz. “Ao mesmo tempo em que o consumidor
terá acesso a um serviço mais prático, rápido e seguro, as instituições
financeiras terão um vasto banco de dados, e poderão utilizá-lo da melhor
forma. Além disso, ao informatizar seus processos, que muitas vezes são
analógicos, será possível não só melhorar a prestação de serviços, mas também
entender de forma mais ampla o consumidor. Por exemplo, será possível saber
quais produtos e serviços financeiros uma pessoa utiliza e então ofertar opções
com melhores taxas, prazos e condições”.
JL Rodrigues, Carlos Atila & Consultores
Associados
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