30
de agosto é o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla e
estudo da HSR Health revela que 42% dos doentes não
estão satisfeitos com tratamento.
Além disso, 53% deles sofreram impactos com o isolamento social provocado pela
pandemia
Com o objetivo do
estudo de mapear o perfil de pacientes brasileiros, além de aspectos
relacionados aos tratamentos, gerando importante conjunto de dados para o Dia
Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla, 30 de agosto, a HSR
Health, empresa da holding HSR Specialist Researchers, realizou a
pesquisa Esclerose Múltipla - Perfil do Paciente. De acordo o
levantamento, em 65% dos casos o diagnóstico da EM levou mais de seis meses
para ser confirmado, após a aparecimento dos primeiros sintomas. Além disso,
42% das pessoas que sofrem com a doença, não estão satisfeitas com o
tratamento.
A Esclerose Múltipla
(EM) é uma doença autoimune, crônica e não contagiosa, que atinge o sistema
nervoso central. Afeta 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e, no Brasil,
estimam-se, 15 casos para cada 100 mil habitantes. Apesar dessa prevalência e
da gravidade da doença, há uma busca constando na evolução dos cuidados aos
pacientes.
No Brasil, em média, o
estudo mostra que os pacientes têm 41 anos, sendo 74% mulheres e 26% homens.
Ainda segundo o levantamento, entre pessoas que receberam o diagnóstico, 71%
têm Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR); 14%, Esclerose Múltipla
Primária Progressiva (EMPP); 10%, Esclerose Múltipla Secundária Progressiva
(EMSP); e ainda 5% não sabe o tipo da própria doença. A maioria recebeu o
diagnóstico há oito anos.
A pesquisa mostrou o
sentimento dos pacientes em relação à convivência e à perspectiva com a EM. No
total, para 57% das pessoas, a doença causa um sentimento de preocupação
constante. Já 54% sentem-se triste; 34%, tensos; e 28% se dizem bravos por
estarem nas condições atuais, principalmente por se tratar de uma doença
autoimune, degenerativa e ainda sem cura.
No que tange o
tratamento, as injeções são utilizadas em 59% dos casos e 41% tomam
comprimidos. O acesso ao tratamento se dá sobretudo pelas redes públicas. O
Sistema Único de Saúde (SUS) responde por 60%. Já 21% dos entrevistados
recorrem aos convênios e 19% pagam o tratamento do próprio bolso. Entretanto,
apenas 42% dos pacientes estão satisfeitos com o tratamento atual, enquanto 37%
estão insatisfeitos e 21% se dizem indiferentes.
Outro dado aponta que
41% das pessoas tiveram surtos da doença no último ano, com média de duas
ocorrências. Em sua forma mais comum, a remitente-recorrente, se manifesta por
meio de surtos esporádicos cujos sinais dependem da área acometida: cria
dificuldades para caminhar, problemas na visão e desequilíbrio. Os efeitos
colaterais do tratamento mais relatados são dor de cabeça, perda de cabelo,
sintomas gripais, problemas no local da injeção e ganho de peso.
Covid-19 - Como em todos os
segmentos, especialmente no da Medicina, a pandemia causada pelo novo
coronavírus está afetando o dia a dia dos portadores de EM. Segundo o recente
estudo, 29% acreditam que a evolução da doença aumentou nesse período. Além
disso, 53% sofreram impacto no tratamento, com a ausência de fisioterapia
(47%), falta de medicamento (35%) e ausência de consultas (35%). No período de
isolamento social, 12% dos pacientes tiveram surto.
"Ao ouvir todos
pacientes, entendemos que ter um rápido diagnóstico da doença e acesso ao
tratamento são fatores que podem retardar a evolução da doença de forma
significativa. A rede pública é onde a maior parte das pessoas busca acesso ao
tratamento, mesmo com a demora na aprovação e que nesse intervalo tenha de
pagar do próprio bolso. Os sentimentos relacionados à doença precisam ser
lapidados e vigiados para a melhor convivência dos reflexos causados pela EM.
Para quem acabou de ser diagnosticado, ouça e respeite seu médico neurologista,
bem como faça todos os exames pedidos. Também é especialmente importante
procurar um hospital com grupos para EM, para se cercar de pessoas que conhecem
a doença a fundo ou convivem com ela, demonstrando superação", conclui
Bruno Mattos, diretor da HSR Health e responsável pela pesquisa.
Metodologia - Para realizar a
pesquisa Esclerose Múltipla - Perfil do Paciente, a HSR Health
entrevistou, em junho, por meio de painel online, 80 pacientes de
Esclerose Múltipla. A amostra inclui homens e mulheres de todo o Brasil.
"Considerando a amostra composta apenas por pessoas com diagnóstico de EM,
conseguimos uma amostra robusta para gerar dados relevantes e confiáveis, de
acordo com os critérios para pesquisa na área da saúde", conclui Bruno
Mattos.
HSR Specialist
Researchers
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