De acordo
com a iHUB Investimentos, com as taxas SELIC e CDI baixas é hora de
reequilibrar carteiras
Entre os meses de abril e julho, as mulheres com
renda por volta de 15 mil, com patrimônio investido entre 200 a 500k, que são
geralmente executivas ou profissionais autônomas, em sua maioria se destacaram
na bolsa de valores. Entre as principais ações escolhidas para investir foram:
MGLU3,VVAR3, PETR4, BBAS3 e ITUB4.
O levantamento realizado pela iHUB Investimentos,
escritório afiliado a XP Investimentos, mostra que as mulheres estão entre o
público que mais tem crescido em termos percentuais, no que diz a respeito a
investir na bolsa de valores. Além disso, observa-se também que, no
geral, é notado uma migração forte de ativos de Renda Fixa indo para a bolsa e
fundos multimercado.
Segundo os dados do levantamento, cerca de 77% dos
investimentos se concentram na região sudeste, sendo 65% em São Paulo, 7% no
Rio de Janeiro, 5% entre Minas Gerais e Espírito Santo. Outros 8% refletem no
Nordeste, 7% na região Centro-oeste, 5% no território norte e 3% restantes no
sul do país
“Muito provavelmente isso se deu porque
absolutamente todos os fundos DI que continham algum tipo de crédito privado
também sofreram nessa crise, quando deveriam ser considerados portos seguros.
Tivemos fundos DI que perderam mais de 7% em um único mês. Nessa classe de
aplicação, o investidor não aceita. Se é para correr um risco assim, que seja
logo na bolsa onde a perspectiva de retorno é muito maior os atuais 2% a.a da
taxa SELIC”, explica o profissional em investimentos e sócio fundador da iHUB,
Paulo Cunha.
Ainda segundo o levantamento, como as taxas SELIC e
CDI seguem muito baixas, houve mais disposição em readequar investimentos mais
rentáveis. Além das mulheres, aqueles que estavam de fora do mercado de ações
nos últimos três anos e não aproveitaram a alta que o mercado ofereceu, também
passaram a investir na bolsa. “É como se agora fosse a oportunidade que todos
estavam aguardando”, comenta Cunha
Para este momento, o levantamento mostra ainda que
as apostas estão acontecendo mais em médio prazo e os novos investidores
acreditam que a bolsa pode se recuperar gradativamente. No entanto, caso isso
demore a acontecer, muitos podem ficar frustrados e sair. “Até agora, o
que podemos concluir é que houve um certo amadurecimento do brasileiro com
relação aos investimentos e que a informação não está mais restrita apenas aos
profissionais da área”, afirma Cunha.
O levantamento foi realizado com base em 1,6 mil
clientes ativos da iHUB e a chegada de mais de 120 novos investidores entre
abril e julho na carteira da empresa.
Mulheres na bolsa de valores
Para Paulo Cunha, o avanço das mulheres na bolsa
também retrata o interesse pelo assunto, a busca pelo conhecimento e o desejo
de autonomia financeira.
“Historicamente mulheres apresentam menor
disposição para entrar no mercado de ações. Seja por receio quanto a
volatilidade ou mesmo por terem um perfil mais conservador. Dito isso, elas
eram as que possuíam um maior espaço na carteira para aproveitar a queda que
aconteceu e foram para cima”, explica Cunha que, recentemente assumiu a gestão
da carteira da influenciadora Mayra Cardi que hoje concentra mais de 6 milhões
de seguidores nas redes sociais.
Com acesso digital cada vez mais abrangente, os
portais de notícias especializados, as redes sociais e um grande
desenvolvimento das plataformas de investimento de arquitetura aberta também
contribuíram para essa mudança de postura e atração de novos investidores para
o mercado.
Paulo Cunha - sócio fundador da iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui mais de 1,5 mil clientes no Brasil e em 2014, firmou parceria com a maior plataforma de investimentos da América Latina, fundando a Ihub e sendo um escritório afiliado a XP Investimentos. Desde então, é diretor executivo da empresa, que possui matriz na Vila Olímpia e Alphaville, em São Paulo e Barueri. Também é palestrante e professor sobre investimentos de cursos em plataformas EAD.
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