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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Leiturinha apresenta um guia prático sobre o uso das telas na infância

Especialista dá 10 dicas explicando como os pais podem aproveitar a tecnologia, equilibrando o tempo livre e estimulando o desenvolvimento

 

Em um tempo em que o uso das telas na infância ora é banalizado e feito sem mediação, ora é abominado e vira tabu em conversa de escola, encontrar o equilíbrio é um desafio diário. Mas, afinal, o que dizem especialistas e pesquisadores? O que orientam os órgãos internacionais de proteção da infância?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta desde 2016 que, até o primeiro ano de vida, os bebês não devem ser expostos a telas. De 2 a 4 anos, podem usar até 1 hora de telas por dia, com conteúdos selecionados e educacionais. A partir de 5 anos, o uso das telas pode ser de até 2 horas por dia, sempre tendo em vista conteúdos curados, sem que a criança seja exposta a conteúdos impróprios ou propagandas.

Sarah Helena, psicóloga e curadora de conteúdo na Leiturinha, maior clube de assinatura de livros infantis do Brasil, preparou um guia prático com 10 dicas para que o uso das telas na infância seja saudável, e ainda ensina como os pais e responsáveis podem aproveitar o melhor da tecnologia, sem deixar de equilibrar com o tempo livre de forma ativa e com atividades diversas.


1. Combinados

Faça combinados com os pequenos deixando claro qual é a quantidade de episódios de desenho preferido eles irão poder assistir. Crianças ainda não conseguem entender muito bem sobre a passagem do tempo, então a quantidade de episódios pode deixar o mais compreensível.


2. Seja firme

Uma vez estabelecido o combinado, cumpra-o. Caso queira ceder, faça outro combinado, mas não deixe de cumprir. As crianças precisam (e pedem por) limites claros para entender o que podem e o que não podem fazer.


3. Seja estratégico

Você pode sugerir assistir um episódio (ou um tempo) e depois brincar de algo diferente, que exija algum movimento corporal. Se mora em apartamento, vale um passeio ao ar livre, uma brincadeira de dança ou mímica, por exemplo.


4. Dê o exemplo

Os combinados são ótimos, mas para que funcionem a criança precisa perceber que você também não valoriza tanto as telas quanto ela. Enquanto estiverem juntos, priorize atividades que envolvam a presença afetiva. Por muitas vezes será preciso esperar as crianças dormirem para assistir aquela série que tanto ama, mas isso valerá à pena.


5. Menos passividade

Dê preferência a conteúdos que instiguem a participação da criança e a sua, como as cantigas. Além disso, enquanto a ela assiste algo ou joga um joguinho, converse com ela e pergunte como está o vídeo/jogo, sobre o que é. Após assistir o conteúdo, conversem sobre ele. Assim, você estará contribuindo para que seu filho construa um pensamento crítico a tudo que lhe chega, o que ajuda na construção dos próprios filtros e senso crítico.


6. Mediação é fundamental

Diferenciar o que é experiência digital das interpessoais, e entre o faz de conta e a realidade, exige maturidade do sistema cognitivo. Isso só acontecerá depois da primeira infância. Até lá, é muito importante que tenham outras pessoas por perto para conversar sobre o que a criança está assistindo, mediando seu uso.


7. É preciso observar

Se a criança está muito quieta ou irritada, se mudou bruscamente o comportamento, seu rendimento escolar caiu, o sono está prejudicado ou até mesmo mostra sinais de depressão e ansiedade, especialmente se impedido de usar as telas, este é um sinal de alerta e precisa de atenção e formas mais eficazes de seu controle ou até mesmo a busca por profissionais.


8. Atenção aos conteúdos

Manter-se informado sobre as novidades tecnológicas e, principalmente, estar sempre por dentro do que seu filho assiste e faz nas redes é fundamental para garantir a segurança e ter o controle do que você quer permitir ou negar acesso. Por mais que aquele joguinho ou vídeo lhe pareça chato, é preciso estar realmente ciente do que ele proporciona. Para diminuir os riscos, sempre dê preferência a conteúdos curados.


9. Diálogo, sempre

Explique ao seu filho, desde sempre e com uma linguagem acessível ao seu nível de desenvolvimento, sobre os limites e possibilidades do uso das telas. Esclareça o porquê de permitir ou negar acesso.


10. Atividades variadas

Nada substitui o olho no olho e um momento de contato com a criança. Lembre-se que isso faz parte do "pacote" que possibilita o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças.

 



Leiturinha

leiturinha.com.br.

 

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