Recentemente, mais de 100 pescadores
de Linhares, no Espírito Santo, foram finalmente reconhecidos como atingidos e
poderão assim ser indenizados
O
rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), completou 4 anos e até o
momento, não houve punição para os responsáveis pelo desastre. A tragédia
deixou um saldo de 19 mortos e prejuízos incalculáveis para mais de 300
famílias.
A
destruição ambiental atingiu, além de Bento Rodrigues, as comunidades de
Paracatu e Gesteira e uma bacia hidrográfica que chega a 230 municípios de
Minas Gerais e do Espírito Santo. Quem sobreviveu, conta o que viu.
“Estava
conversando com os colegas na praça, quando ouvimos o barulho, vimos a poeira
enorme em cima, junto com a lama, máquina, caminhão, tudo descendo. A gente se
preocupou em subir, gritando para o pessoal para que eles saíssem, que a
barragem estava estourando. Eu estava tomando banho. O banheiro começou a
balançar junto comigo, tremendo. Eu falei: o que é isso, meu Deus? Quando eu vi
a água já veio alta, aí eu saí correndo. Nunca esperava que isso ia acontecer”,
contam.
De
acordo com o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), os rejeitos de mineração da
Empresa Samarco contaminaram o Rio Doce e se espalharam por 600 quilômetros de
extensão e, até agora, os responsáveis seguem impunes.
“Os
danos sociais, ambientais e econômicos são incalculáveis e os responsáveis
seguem impunes. Os únicos condenados são as famílias das vítimas, que sofrem
com a dor da perda e a certeza da impunidade”, relata o parlamentar.
Recentemente,
mais de 100 pescadores de Linhares, no Espírito Santo, foram finalmente
reconhecidos como atingidos e poderão ser indenizados. A Fundação Renova, que é
a entidade responsável pela reparação dos danos causados pelo rompimento da
barragem, vai apresentar uma proposta para cada um desses pescadores. Se eles
aceitarem, o pagamento deve ser feito em 90 dias.
Fonte: https://www.agenciadoradio.com.br/
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