Pesquisar no Blog

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Febrasgo alerta sobre epidemia de sarampo


Casos notificados no mundo cresceram 300%, nos primeiros três meses deste ano


A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) alerta que o sarampo permanece como uma doença endêmica. A queda nas taxas de cobertura vacinal é o principal fator implicado no aumento do número de casos. Dados preliminares mostram que os casos notificados de sarampo no mundo cresceram 300%, nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018. Na Europa, diversos países enfrentam surtos da doença, acometendo principalmente adolescentes e adultos jovens.

O Brasil, desde fevereiro de 2018, enfrenta um surto de sarampo que teve início na região norte do país, contabilizando desde então 11.000 mil casos confirmados. A transmissão mantida do vírus, por mais de um ano, fez o país perder a certificação de zona livre do sarampo, em fevereiro de 2019. No momento, os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará mantém circulação sustentada do vírus, com número crescente de casos confirmados, sendo 484 só no município de São Paulo.

Embora o maior número de casos esteja ocorrendo na população de adolescentes e adultos jovens, os maiores coeficientes de incidência da doença ainda se encontram entre os menores de 12 meses, especialmente no segundo semestre de vida. Frente a esta situação, a FEBRASGO recomenda e reforça as seguintes orientações para vacinação:

• Comprovação de vacinação, de rotina, com o objetivo de alcançar e manter coberturas vacinais homogêneas, acima de 95%, nos diversos municípios, segundo o esquema: 1 a 29 anos 2 doses da vacina tríplice viral Sarampo, caxumba e rubéola (SCR) Intervalo mínimo de um mês entre doses 30 a 49 anos 1 dose da vacina SCR

• Identificar os suscetíveis e efetuar a vacinação;

• Na ausência de comprovação vacinal considerar como não vacinado e imunizar conforme esquema preconizado;

• Profissionais de saúde devem estar vacinados com duas doses, 
independentemente da idade;

• Gestantes não devem ser vacinadas;

• Puérperas e lactantes podem ser vacinadas sem restrições;

• Após a vacinação de mulheres em idade fértil deve-se orientar para aguardar um mês para engravidar. As estratégias de vacinação têm sido dinâmicas e podem ser ajustadas à realidade de cada município, como, por exemplo, ações de bloqueio, varreduras e campanhas indiscriminadas para algum público alvo específico, bem como a antecipação da dose na infância para os seis meses de vida.

As orientações das autoridades sanitárias devem ser seguidas por todos, com o objetivo de controlarmos o mais brevemente possível o surto, evitando sua disseminação, e também para podermos receber novamente a re-certificação de zona livre do sarampo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados