Essencial ao corpo
humano, mas não em excesso, o colesterol alto pode causar doenças
cardiovasculares sérias. Hábitos saudáveis ajudam na prevenção.
O Colesterol é essencial ao organismo
por desempenhar funções vitais, ser matéria-prima na produção de hormônios, do
ácido biliar que regula a digestão e da vitamina D, além de
fazer parte da construção de membranas celulares. Mas, em excesso, pode ser
prejudicial e quase metade da população brasileira passa por esse problema, ou seja,
quatro a cada dez adultos estão com o nível do colesterol alto.
E esse aumento do colesterol pode
causar doenças cardíacas sérias. Por isso, em janeiro, a Sociedade Brasileira
de Cardiologia (SBC) publicou uma nova versão das Diretrizes de Dislipidemias e
Prevenção da Aterosclerose que reúne as recomendações sobre colesterol e triglicérides.
A mudança foi iniciada pelos Estados Unidos e Europa e prevê que pessoas com risco cardíaco muito alto devem manter o LDL abaixo
de 50 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue. Antes a recomendação era de 70 miligramas por decilitro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as Doenças
Cardiovasculares (DCV) representaram mais de 30% dos óbitos e em países em
desenvolvimento, como o Brasil, contabilizam mais de três quartos das causas de
morte. O aumento no índice de colesterol é mais comum nas mulheres (25,9%) do nos homens (18,8%), de acordo com a Pesquisa
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel).
Mesmo com um cenário que requer
atenção, ainda há quem não procure ajuda médica. Um estudo da SBC aponta que
11% das pessoas nunca fizeram exame de colesterol, enquanto 70% realizam apenas
após os 45 anos. “Os exames
laboratoriais são importantes para este acompanhamento bem como exames
cardiológicos específicos para a condição/doença da pessoa. A Tomografia
Computadorizada das artérias coronárias é capaz de identificar alguma obstrução
arterial destes vasos que pode ser decorrente de um controle inadequado dos
níveis de colesterol pelo paciente”, afirma o responsável técnico
do Anchieta Diagnósticos, Dr. Anderson Benine Belezia.
Fazer visitas regulares a
um especialista médico e utilizar a medicação recomendada e de forma correta
ajudam não apenas a prevenir as DCVs, mas proporcionam melhor qualidade de
vida. E isso é fundamental, sendo lembrado neste dia 8 de agosto, Dia Nacional
de Combate ao Colesterol, quando se iniciam as campanhas de conscientização,
como explica o cardiologista da CardioAnchieta, Dr. Bruno Jardim.
Qual é a relação do Colesterol alto
com doenças cardiológicas?
O colesterol é uma
substância lipídica normal que o nosso organismo produz e que é essencial para
várias funções vitais do mesmo. Quando se encontra elevado torna-se
potencialmente perigoso e aumenta o risco de desenvolver doenças
cardiovasculares.
Como prevenir as doenças
cardiológicas?
A prevenção de doenças
cardiovasculares engloba bons hábitos alimentares associado a exercícios
físicos regulares
Qual a diferença entre os tipos de colesterol?
Lipoproteína de baixa
densidade (LDL) é conhecido como "mau" colesterol ou colesterol
ldl (C-LDL). Já o Lipoproteína de alta densidade (HDL) é tido como
colesterol "bom" ou colesterol hdl (C-HDL). O primeiro age retirando
o colesterol ruim da circulação. Com o passar do tempo, este último se fixa nas
paredes das artérias, o que pode resultar em uma obstrução pela formação de uma
placa de ateroma.
A cada dez brasileiros, quatro estão
com o nível de colesterol alto. A que se deve isso? Alimentação?
Os hábitos de vida, como alimentação
não adequada, rica em gorduras e carboidratos, juntamente ao sedentarismo, na
grande maioria das vezes, estão associados a esse aumento. Porém, uma pequena
parcela também possui o fator genético como resultado.
Colesterol alto pode ser genético?
Sim, existem alterações do colesterol
que podem ser de característica familiar, é chamada de Dislipidemia familiar
quando vários membros da mesma família podem ser acometidos.
Como reduzir o colesterol ruim? Algum
alimento ajuda nesse processo?
Para
alcançar níveis adequados de HDL, o colesterol bom, a recomendação é manter
hábitos saudáveis, dieta rica em nutrientes, controlar o peso e praticar
atividade física. Isso deve ser parte da rotina. Como os triglicerídeos
podem diminuir a produção do colesterol bom, é preciso controlar também esses
índices e isso é possível evitando a ingestão excessiva de açúcares,
carboidratos e bebidas alcoólicas. Já para diminuir os níveis do LDL, uma dieta saudável não
é o bastante, nem o baixo consumo de gorduras saturadas e trans, responsáveis
apenas por 15% na redução desse colesterol ruim. No caso de paciente com
fatores de risco associados e colesterol elevado, as mudanças de hábitos não
são suficientes, sendo necessária a prescrição de medicamentos específicos para
controle do colesterol.
Qual a importância do Dia Nacional de
Combate ao Colesterol?
É muito importante para a
conscientização da população, acima de tudo para um alerta, sobre o fator de
risco para doenças cardiovasculares. Além disso, um fator de risco, na maioria
das vezes modificável, é a atuação precoce que previne várias doenças, bem como
ajuda a obter uma melhor qualidade de vida.
Hospital Anchieta
Nenhum comentário:
Postar um comentário