Psicóloga aponta características dos jovens e
a importância da convivência presencial para a formação
A
geração Z ou os chamados nativos digitais, correspondem as pessoas nascidas
entre 1992 e 2010, após a criação da internet. Boa parte das interações desses
jovens é feita via redes sociais e, por isso, muitos deles sofrem com a falta
de intimidade com a comunicação verbal e linguagem corporal.
Essa geração possui uma tendência a ter
uma personalidade mais introvertida, “estão acostumados a se isolarem do mundo
real. Podemos notar que geralmente usam fones de ouvido em locais públicos e
até em casa, em momentos de interação com a família”, explica a psicóloga
Caroline Yu, que defende a prática do compartilhamento, especialmente em
moradias estudantis, para o crescimento pessoal e profissional dos
adolescentes.
A entrada na faculdade marca a transição
para a fase adulta e, para aqueles que vão estudar em outra cidade, é o marco
da saída da casa dos pais. É um período caracterizado por muitas mudanças, pois
muitos adquirem outras responsabilidades, como o primeiro emprego. Caroline Yu
ressalta: “é um momento de ‘re-descoberta’ de si mesmo, pois uma nova vida
começa e o jovem deve buscar os próprios recursos para lidar com essa fase”.
Pensando nisso, algumas empresas buscam
proporcionar experiências transformadoras, como a Uliving, responsável por
trazer o conceito de residência estudantil compartilhada ao Brasil, formato de
moradia muito popular em países da Europa e Estados Unidos. Juliano Antunes,
CEO da empresa, explica: “Compartilhar, neste caso, vai além do espaço físico
que proporciona aos moradores a necessidade de respeitar o lugar do outro, mas
também permitem aos jovens a possibilidade de se comunicarem. Conviver com o
outro e com opiniões e culturas diferentes faz parte do amadurecimento”.
A
psicóloga completa “morar com pessoas que estejam vivenciando a mesma fase pode
amenizar a sensação solitária de que ‘só eu estou me sentindo assim’. Porém,
esse ambiente de convívio só pode ser favorável, se o jovem puder compartilhar
das suas vivências com outras pessoas, o que implica a criação de novos laços e
relações interpessoais. É um exercício de empatia, tolerância e respeito ao
outro, assim como de um autoconhecimento sobre os seus limites e
desenvolvimento pessoal”.
ULIVING
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