O levantamento, feito pelo Instituto Locomotiva, aponta que ler livros e ir a bares ainda são os passatempos preferidos de grande parte da população
A crise econômica e o alto índice de desempregos mudaram a
rotina e os passatempos de grande parte da população brasileira, é o que mostra
pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva.
De acordo com o estudo, realizado com pouco
mais de 1.600 pessoas em todo o
Brasil, quase metade da população brasileira, garante ter lido pelo menos um
livro no último ano, enquanto menos de 10% afirma ter feito uma viagem de
avião. Em termos de comparativo, a o baixo percentual empata com a quantidade
de pessoas que fizeram um empréstimo, participaram de alguma manifestação
política ou compraram um carro, por exemplo.
Para o Presidente do Instituto, Renato Meirelles, o resultado mostra claramente que apenas uma pequena parcela
da população pode ‘se dar ao luxo’ de fazer passeios mais caros. “Os números são a prova do baixo poder
aquisitivo atual do brasileiro, que tem como atividade de lazer algo de baixo
custo, como ler um livro, ir ao cinema ou ver um jogo de futebol no estádio,
por exemplo. Quando perguntamos aos entrevistados quais eram suas pretensões de
gasto para este ano de 2019, 76% afirmaram que não têm intenção de viajar para
fora do Brasil. Dois em cada 10 brasileiros afirmam que pretendem reformar a
casa com suas economias”, explica.
Ainda de acordo com o estudo, as viagens nacionais de avião
estão nos planos de apenas 15% dos entrevistados e as internacionais derrubam
ainda mais esse índice, que chega a 5%. A pesquisa destaca também que 38% dos brasileiros
nunca fez uma viagem de avião, mesmo que nacional, e que viagens internacionais
são realidade para apenas 9% da população. “Os brasileiros têm o sonho de viajar, só não
conseguem fazer isso. Mais da metade dos entrevistados (57%) afirma que gostaria
de viajar em 2019, porém, 7% diz que tem certeza que não irá conseguir e 12%
que provavelmente não irá conseguir.
E se a gente perguntar se essa vontade é
de viajar para fora do País, os que assumem isso somam 24% dos entrevistados,
sendo que metade afirma ter consciência de que este é um sonho impossível ou,
pelo menos, muito distante”, conclui Renato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário