Pesquisar no Blog

segunda-feira, 4 de março de 2019

Dia oito de março comemora-se o dia da mulher - e nós esclarecemos algumas dúvidas quanto à saúde delas


Porque as mulheres sofrem mais com vertigens e tonturas? Quais os fatores que levam a esses males?
 
É estimado que cerca de 42% dos adultos já se queixaram de tontura no mínimo uma vez em suas vidas. Tontura é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio corporal. As tonturas estão entre os sintomas mais frequentes em todo o mundo e, em cerca de 85% dos casos da sua ocorrência, a origem é labiríntica.

Cerca de 10% da população mundial sofre com alguma forma de tontura de forma mais frequente e, na mulher, essa incidência é maior do que no homem, (diferença de mais ou menos de 2:1). “Isso acontece porque, depois de investigar todas as causas que podem desencadear em tonturas, existem algumas que incidem apenas ou com maior intensidade nas mulheres”, explica a Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e Otoneurologista de Curitiba, PR.

A alteração labiríntica por disfunção hormonal ovariana, que acontece após a menarca (primeira menstruação), a falta de regularidade nos ciclos menstruais, assim como demais momentos em que acontecem as variações hormonais, como na gestação, ovulação e climatério, podem ser responsáveis por causar uma irritabilidade labiríntica e provocar vertigem e outras tonturas.

A médica explica que essa variação hormonal influencia no funcionamento do ouvido interno (labirinto), o que pode ocasionar ou agravar as tonturas. “A retenção de sódio e água que ocorre no período menstrual pode levar a um quadro clínico semelhante à doença de Ménière - distúrbio complexo e progressivo no ouvido interno, cujos sintomas incluem tontura, vertigem, perda de audição e zumbido,” diz.

No climatério, período que antecede a menopausa, os sintomas de depressão, ansiedade e a osteoporose podem vir associados à vertigem e zumbido. “A diminuição na produção de estrógeno pode ser responsável pelo aumento de danos vasculares, e o labirinto é muito sensível a estas alterações”, explica Rita.

Para fazer o diagnóstico da causa da tontura é preciso uma análise detalhada para que, a partir daí, sejam feitos exames complementares dirigidos à possível causa. É sabido que, sem nenhum tratamento, a melhora ou cura desses problemas ocorre em apenas 17% dos casos. O número aumenta para 40% de melhora quando tratados com placebo e para 85% dos casos com uma terapia combinada adequada. “Por isso é tão importante procurar um médico otoneurologista para tratar das tonturas e demais questões ligadas ao equilíbrio, nesta fase da vida, já que esse é um mal que pode acompanhar a pessoa por muito tempo se não for levado a sério e ter o tratamento correto”, conclui Rita.





Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR
Blog: http://canaldoouvido.blogspot.com
Fan Page: https://www.facebook.com/canaldoouvido?ref=hl
Email: ritaguimaraescwb@gmail.com
Endereço: Rua João Manoel, 304 Térreo, Bairro São Francisco, Curitiba PR.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados