Brene Brown é uma pesquisadora
americana que fala sobre tudo o que queremos esconder: imperfeição, vergonha,
vulnerabilidade, sensação de não pertencimento. Justamente por ter essa
abordagem tão honesta sobre o que, afinal de contas, é ser humano, ela é
referência constante em meus grupos e atendimentos, e estou sempre seguindo as
descobertas de seus estudos e as teorias que defende em seus livros.
Em homenagem ao Dia
Internacional da Mulher, quis trazer 4 temas que a autora defende no livro “A
coragem de ser imperfeito” (Ed. Sextante):
1- Não tema o
julgamento alheio
A autenticidade requer
coragem, pois exige de nós aceitar nossa personalidade, nossas falhas e
vulnerabilidade. É ter a força para abraçar quem realmente somos, desapegar das
comparações e dos paradigmas de quem achamos que devemos ser. Nada vale mais a
pena do que trazer ao mundo o que realmente temos para dar. Ser coerente com
nossa verdade nos proporciona liberdade, verdade e plenitude.
2- Reserve um
tempo para o descanso e para si mesma
No modelo de vida atual, a
quantidade de coisas que a mulher exige dela mesma vai além do que se pode
aguentar. E quando ela não dá conta de tudo, se sente frustrada. Acorda no dia
seguinte já se programando para fazer ainda mais e melhor. E a simples ideia de
uma pausa se torna cada vez mais impensável.
Como seria se a mulher se
permitisse fazer menos e incluir momentos de descanso em sua jornada? Períodos
de desconexão são essenciais para o bem-estar. Esquecer um pouco o check-list,
olhar para si mesma e fazer algo que não esteja vinculado a responsabilidades,
mas ao prazer, ao conforto que tanto lhe falta. Sua mente ficará mais
descansada e até mais produtiva.
3- Desenvolva
resiliência
Resiliência passa por
fortalecer nossas qualidades pessoais e agir diante das adversidades com foco
em nosso poder de atuação. É preciso cultivar um modelo mental com espaço para
uma visão positiva da vida, entrar em contato com as emoções e avaliar se suas
escolhas alimentam os problemas ou agem de forma coerente à solução que se
busca.
4- Tenha
autocompaixão
O perfeccionismo e a
autocrítica geram um círculo vicioso. Passamos a viver na ansiedade de uma vida
e atos perfeitos, tentando nos proteger das situações capazes de expor nossos
defeitos ao mundo. Quando entendemos que a perfeição não existe e nos acolhemos
exatamente como somos, com o pacote completo, conseguimos nos perdoar, atuar
com autocompaixão e pedir ajuda quando precisamos.
Neste contexto, além de a
mulher construir uma relação mais saudável com ela mesma, passa a enxergar o
outro dessa mesma forma, atuando com maior empatia e gerando maior conexão ao
seu redor.
Se você sente que talvez
esteja presa no piloto automático da rotina e com sintomas da síndrome da
Mulher Maravilha - aquela que tem que ser poderosa, linda, magra e exemplar
como esposa, mãe, filha, amiga e etc – está na hora de avaliar como está lidando
com cada um dos pontos acima. Quem sabe, com pequenos ajustes, você consiga ser
uma mulher mais ponderada, equilibrada, serena e, consequentemente, mais feliz?
Vivian Wolff -
Coach de Vida e Carreira pelo Integrated Coaching Institute (ICI); formada em
Mindfulness pela Georgetown University Institute for Transformational
Leadership, Washington DC; com MBA em Marketing Estratégico pela University de
Catalunya, Barcelona
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