Devido ao período de férias, é comum que nos
primeiros meses do ano haja uma queda na procura pelos centros de coleta
Com
o início do ano, o aumento no número de viagens e a crescente de acidentes nas
estradas, reforçam a preocupação de médicos e responsáveis pelo abastecimento
dos bancos de sangue do país. A doação, além de contribuir com milhares de
vidas, é a única esperança para os pacientes com talassemia, doença genética
que exige transfusões sanguíneas regulares para a sobrevivência do paciente.
A talassemia é
um tipo de anemia que não tem cura¹. A diferença é que ela
é hereditária e, apesar de pouco conhecida, atinge mais de 3
milhões de brasileiros na sua forma chamada talassemia menor². Causada por uma alteração genética, essa enfermidade altera
a produção de hemoglobina, a proteína do sangue responsável pelo transporte de
oxigênio para os tecidos do organismo.
Nem sempre as
pessoas que carregam traços genéticos da doença a manifestam, elas
podem ser portadoras assintomáticas do gene mutado e, ao se relacionar com outros
portadores, podem ter filhos com diferentes tipos de talassemia, entre eles, a chamada maior¹ - forma
mais grave da doença.
“A criança
com talassemia maior, logo nos primeiros meses de
vida, já apresenta sinais da doença, como anemia, palidez e
sonolência e, conforme cresce tem também fadiga e fraqueza”,
conta a hematologista Sandra Regina Loggetto. A cura da talassemia maior ocorre
com o transplante de medula óssea, mas a maioria dos pacientes não tem doador
ou condições clínicas de fazer o transplante. “A talassemia maior
pode ser controlada por meio de transfusões de sangue que devem ser
feitas por toda a vida, a cada 2-4 semanas, e por isso a doação é tão
importante”, reforça a médica.
Além da
transfusão, os pacientes também fazem tratamento com medicamentos quelantes de
ferro que ajudam a eliminar o acúmulo de ferro decorrente
das transfusões. Caso não se submeta ao tratamento, é comum
notar a cor amarelada nos olhos, aumento no tamanho do baço e fígado
e alterações nos ossos. Além disso, o paciente pode não sobreviver.
Quem
pode doar?
Estão aptos à doação pessoas de 16 a 69 anos,
em boas condições de saúde e com peso acima de 50kg³. Para os menores de idade,
é obrigatório o acompanhamento dos pais ou responsáveis.
O processo é simples e leva de 30 a 40
minutos. Os interessados devem apresentar um documento original com foto,
emitido por um órgão oficial. Após esse processo, se inicia a coleta.
Referências
²ABRASTA – Associação Brasileira de Talassemia.
Disponível em http://abrasta.org.br/manual-de-talassemia/
³ ABRASTA
– Associação Brasileira de Talassemia. Disponível em http://abrasta.org.br/doacao-de-sangue/
Grupo Chiesi
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