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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Especialista reforça a importância da doação de sangue parapacientes com Talassemia



Devido ao período de férias, é comum que nos primeiros meses do ano haja uma queda na procura pelos centros de coleta


Com o início do ano, o aumento no número de viagens e a crescente de acidentes nas estradas, reforçam a preocupação de médicos e responsáveis pelo abastecimento dos bancos de sangue do país. A doação, além de contribuir com milhares de vidas, é a única esperança para os pacientes com talassemia, doença genética que exige transfusões sanguíneas regulares para a sobrevivência do paciente.

A talassemia é um tipo de anemia que não tem cura¹. A diferença é que ela é hereditária e, apesar de pouco conhecida, atinge mais de 3 milhões de brasileiros na sua forma chamada talassemia menor². Causada por uma alteração genética, essa enfermidade altera a produção de hemoglobina, a proteína do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos do organismo.

Nem sempre as pessoas que carregam traços genéticos da doença a manifestam, elas podem ser portadoras assintomáticas do gene mutado e, ao se relacionar com outros portadores, podem ter filhos com diferentes tipos de talassemia, entre eles, a chamada maior¹ - forma mais grave da doença.

“A criança com talassemia maior, logo nos primeiros meses de vida, já apresenta sinais da doença, como anemia, palidez e sonolência e, conforme cresce tem também fadiga e fraqueza”, conta a hematologista Sandra Regina Loggetto. A cura da talassemia maior ocorre com o transplante de medula óssea, mas a maioria dos pacientes não tem doador ou condições clínicas de fazer o transplante. “A talassemia maior pode ser controlada por meio de transfusões de sangue que devem ser feitas por toda a vida, a cada 2-4 semanas, e por isso a doação é tão importante”, reforça a médica.

Além da transfusão, os pacientes também fazem tratamento com medicamentos quelantes de ferro que ajudam a eliminar o acúmulo de ferro decorrente das transfusões. Caso não se submeta ao tratamento, é comum notar a cor amarelada nos olhos, aumento no tamanho do baço e fígado e alterações nos ossos. Além disso, o paciente pode não sobreviver.


Quem pode doar?

Estão aptos à doação pessoas de 16 a 69 anos, em boas condições de saúde e com peso acima de 50kg³. Para os menores de idade, é obrigatório o acompanhamento dos pais ou responsáveis.

O processo é simples e leva de 30 a 40 minutos. Os interessados devem apresentar um documento original com foto, emitido por um órgão oficial. Após esse processo, se inicia a coleta.





Referências
¹ABRASTA – Associação Brasileira de Talassemia. Disponível em http://abrasta.org.br/tipos/
²ABRASTA – Associação Brasileira de Talassemia. Disponível em http://abrasta.org.br/manual-de-talassemia/
³ ABRASTA – Associação Brasileira de Talassemia. Disponível em http://abrasta.org.br/doacao-de-sangue/

Grupo Chiesi 

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