Maioria acredita
que as dietas acabam falhando (53%) e prefere comer bem do que ser magro (57%)
Depois da fartura das festas de fim de ano, pensa
em começar o ano com uma dieta? Dietas, orgânicos, transgênicos e hábitos
alimentares em geral foram tema de uma pesquisa global da Ipsos em 29 países,
incluindo o Brasil. O resultado mostra que a maioria (57%) dos entrevistados no
Brasil já realizou alguma dieta para perder peso. O dado nacional supera a
média global, que é de 51%.
O percentual de brasileiros que já fizeram dieta
para perder peso (57%) é exatamente o mesmo dos que preferem comer bem do que
ser magro e muito próximo aos que acreditam que a maioria das dietas acabam
falhando (53%). “Os resultados nos remetem a diversos estudos realizados pela
Ipsos nos quais fica claro que o comportamento do consumidor acaba por ser
diferente do discurso. Eles valorizam ações que remetem a uma alimentação
saudável, esperam isso das inovações de produtos e compactuam com ações governamentais
nesse sentido, porém não necessariamente isso acaba sendo refletido em seus
hábitos alimentares”, comenta Ronaldo Picciarelli, líder de clientes na
Ipsos.
A pesquisa da Ipsos apontou também que 47% dos
entrevistados no Brasil estariam dispostos a substituir carne por alimentos
vegetais e 22% preferem não comer carne, frango ou peixe. “O número de
vegetarianos vem em tendência de crescimento ao longo dos últimos anos no
Brasil. Isto impacta não apenas na busca por alimentos que substituam diretamente
essas proteínas, mas também na busca por produtos industrializados que forneçam
em suas composições maior quantidade de proteína. Também aumenta a expectativa
por ofertas vegetarianas nos cardápios dos restaurantes, algo que ainda
apresenta um grande espaço a ser explorado”, comenta Picciarelli.
Quatro em cada dez brasileiros (41%) afirmam que
nunca consumiriam alimentos geneticamente modificados. O índice é um pouco
menor do que a média mundial, que foi de 54%. A Índia (65%) e a China (64%)
lideram nesse tema.
“Não há um consenso na comunidade científica sobre
benefícios e malefícios dos alimentos geneticamente modificados e também não é
algo facilmente identificado pelos consumidores nos alimentos em que compram ou
consomem. De qualquer forma, fica um ponto de atenção sobre como esse tema se
desenvolverá nos próximos anos. Considerando a rapidez e abrangência que os
temas críticos à alimentação são disseminados, como por exemplo a crise dos
canudos plásticos, qualquer nova definição sobre o consumo dos alimentos
geneticamente modificados pode gerar um grande desafio para os consumidores
adequarem seus hábitos, bem como para a indústria adequar a sua oferta de
produtos”, afirma o expert da Ipsos.”, afirma o expert da Ipsos.
Os dados são de uma pesquisa global da Ipsos em 29
países, incluindo o Brasil, sobre o atual hábito de alimentação dos
consumidores e sobre suas percepções futuras. Foram entrevistadas 20.788, sendo
1.000 brasileiros entre os dias 24 de agosto e 7 de setembro. A margem de erro
para o Brasil é de 3,1 pontos percentuais.
Perspectivas futuras
Quando questionados sobre o futuro, os brasileiros
acreditam que o custo dos alimentos que consomem irá piorar (41%), que a
qualidade irá melhorar (38%) e que terão mais acesso a produtos saudáveis (42%).
Os dados nacionais são mais otimistas dos que a média global. Em todo o mundo,
48% acreditam na piora do custo, 33% na melhora da qualidade dos alimentos e
36% na ampliação do acesso a alimentos saudáveis. “O maior pessimismo vem de
países desenvolvidos. De qualquer forma, os brasileiros ainda são muito menos
otimistas do que outros países em desenvolvimento, como, por exemplo, China e
Índia”, analisa Picciarelli.
Cerca de um em cada três brasileiros
(36%) afirma que irá preparar mais refeições em casa, enquanto apenas 8%
dizem que irão preparar menos. A maioria (53%) pretende manter a frequência
atual. O hábito de fazer refeições fora de casa será mais frequente para 17%
dos entrevistados no Brasil e menos comum para 31%. Quando questionados sobre utilizar
delivery de comida, 29% dizem que irão utilizar menos Delivery de comida em
casa, enquanto apenas 16% dizem que irão aumentar essa prática.
“Talvez esses sejam os dados mais curiosos da
pesquisa, pois vão na contramão do que vem acontecendo recentemente. Observamos
no mercado o crescimento da prática de delivery, sendo também muito
impulsionado pelos aplicativos de entrega como iFood, Glovo, Rappi e Uber Eats.
Uma hipótese para essa discrepância entre o comportamento das pessoas e o que
elas declaram sobre expectativas para o futuro, é o fato de serem mudanças
relativamente recentes e disruptivas, que não necessariamente o consumidor
consegue antever. Ao observamos atentamente necessidades ainda não atendidas,
temos novos significados de conveniência. Com certeza, podemos identificar
muitas oportunidades à espera de um novo serviço ou produto”, diz Picciarelli.
Sobre o futuro da alimentação, o especialista
acredita que provavelmente continuaremos observando mudanças de comportamentos
de consumo e ofertas de produtos e serviços em velocidade exponencial. “Nem
tudo será passível de se prever a tão longo prazo ou com tanta exatidão. Há um
cenário de incertezas, mas também de muitas oportunidades para quem estiver
disposto a analisar os comportamentos e tendências, e conseguir mostrar
empreendedorismo e adaptação para ofertar soluções que possam atender aos
anseios dos consumidores”.
Ipsos Brasil - New, Fresh & Digital https://youtu.be/AWD_nwkXrpM
Ipsos Brasil – Diferenciais https://youtu.be/gSWOO5KunKI
Ipsos Brasil – Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s
Ipsos Brasil – Diferenciais https://youtu.be/gSWOO5KunKI
Ipsos Brasil – Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s
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