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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Deixar o dinheiro no FGTS é um bom investimento a longo prazo?


O FGTS é muito importante para o trabalhador dentro das possibilidades que a lei autoriza para sua movimentação. Talvez a mais conhecida seja o uso para aquisição da casa própria, alternativa que ainda pode gerar dúvidas quando o assunto é: devo deixar o dinheiro na conta para render juros a longo prazo e sacá-lo na aposentadoria? Antes de tomar essa decisão, é preciso colocar as contas na ponta do lápis. O resultado é uma amarga surpresa.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, o FGTS rende anualmente 3% para o trabalhador se ficar na conta. Para se ter uma ideia do quão baixo é isso, no ano de 2018 rendeu menos que a inflação, que alcançou o patamar de 3,75% no ano. “Partindo do pressuposto de que esse montante é um valor imobilizado, porque somente em casos específicos é possível sacar o dinheiro do fundo, vale a pena mensurar se investir todo esse dinheiro na aquisição de um imóvel - que representa imobilização de capital - é um negócio interessante.”

A reposta vem do próprio presidente da ABMH. Segundo ele, financeiramente falando, é interessante utilizar o saldo da conta, pois deixá-lo no banco resulta em muito pouco rendimento. “A poupança, que também é um investimento de retorno muito baixo, rende anualmente o dobro, ou seja, 6% ao ano. Quando o FGTS passa a ser investido em um imóvel, o comprador deve analisar se esse recurso tem potencial de lhe render um investimento melhor, seja para moradia, seja para locação”, explica Vinícius Costa.

Adquirir um imóvel para uso próprio apresenta a possibilidade de venda futura da unidade, o que acaba se tornando um meio mais fácil de movimentação do capital que as autorizadas por lei para saque do FGTS. Isso sem contar que a valorização da unidade pode também, em curto, médio ou até mesmo a longo prazo, ser muito mais interessante que o rendimento do FGTS. “Então, em um primeiro momento, o mutuário realiza o sonho da casa própria, e, em um segundo momento, na eventualidade de ter de vender a unidade, poderá considerar esse investimento mais rentável que a manutenção do dinheiro do FGTS na conta própria”, analisa o presidente da ABMH.

Há, ainda, a possibilidade dessa unidade adquirida com o FGTS ser alugada para terceiros. Essa locação pode representar mensalmente uma remuneração superior à paga para o saldo da conta, o que torna o negócio também muito mais interessante.

Mesmo com essas possibilidades, Vinícius Costa lembra que, ao utilizar o fundo para aquisição da casa própria, é gasto o dinheiro que poderia ser sacado quando da aposentadoria, momento em que os recursos poderiam ser de crucial importância. “Portanto, antes de pensar em utilizar o fundo, programe uma nova reserva pessoal ou contrate previdência própria com essa finalidade para não ficar sem qualquer recurso quando da aposentadoria.”






Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH
São Paulo
Americana (atende Grande São Paulo e região de Campinas): (11) 966-643-785 (Oi) /(19) 3013-4643
Sorocaba: (15) 3224-1191


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