Seja
por carência hormonal, envelhecimento da região, ou por qualquer disfunção, o
tratamento de laser vaginal já bate recorde de procuras em consultórios
ginecológicos. A médica ginecologista e obstetra Dra Ana Carolina Lúcio
Pereira, de São José dos Campos-SP, explica que o laser vaginal é tendência na
ginecologia por ser um método indolor e apresentar resultados em 30 dias e
desvenda os mitos e verdades do tratamento.
O rejuvenescimento vaginal a laser serve apenas para mulheres na menopausa.
Mito. Mulheres a partir de 35 anos já
devem se submeter ao tratamento.
Isso porque, com o passar do tempo —
principalmente a partir dos 30 anos —, o organismo diminui consideravelmente a
produção de colágeno na mucosa vaginal, proteína responsável por garantir a
estrutura e a firmeza dos tecidos na região feminina. A redução pode causar,
entre outras coisas, a perda do tônus e da lubrificação vaginal, abalando a
vida sexual das mulheres.
O tratamento só serve para rejuvenescer a região?
Mito. A técnica ainda surte efeitos no
tratamento para perda de elasticidade da região, frouxidão perineal,
ressecamento vaginal, perda urinária ou escurecimento da pele local, uma vez
que a aplicação aumenta a temperatura da mucosa intravaginal, melhorando o tônus
da musculatura. Além disso, melhora a atrofia da mucosa e a lubrificação.
Também é indicado para quem sofre com secura vaginal e dor durante a relação
sexual. Pacientes que sofrem com a ocorrência de flatos vaginais – barulhos
emitidos pela região íntima da mulher durante o ato sexual – também podem ser
beneficiadas com a técnica.
Toda
perda urinária é resolvida com o tratamento?
Mito. Pacientes com bexiga hiperativa
ou distopias importantes da uretra terão resultados discretos com o uso dessa técnica,
mas não solucionará o problema.
O tratamento atua na melhora da vida sexual.
Verdade. O procedimento só deve ser
realizado por ginecologista dentro de um consultório, é feito com um aparelho
que lembra um equipamento de ecografia transvaginal. A peça, introduzida na
vagina da paciente, emite um laser de CO2 que estimula a produção de colágeno e
promove o alisamento de dobras ou rugas, aumentando, assim, o tecido e a
sensação de prazer da mulher durante o ato sexual.
As sessões são doloridas e longas.
Mito. O procedimento é indolor e rápido,
durando aproximadamente 15 minutos.
A recuperação não compromete a rotina sexual.
Mito. Após a aplicação do laser, não há restrições quanto a atividades físicas ou limitações no trabalho, mas há uma única recomendação para que a mulher não tenha relações sexuais durante 10 dias. Do restante dá para seguir a vida normal.
Em pouco tempo é possível sentir uma evolução.
Verdade. Em muitos casos, os resultados do tratamento já podem ser percebidos depois da primeira sessão. A quantidade de sessões que cada paciente será submetida varia de caso a caso, podendo ir de uma a três aplicações, geralmente realizadas em um intervalo de um mês.
A técnica altera a cor da vulva.
Verdade. À medida em que o laser é aplicado
no canal vaginal ele vai trocando o tecido flácido por um tecido novo, mais
renovado e mais clarinho.
Uma
única sessão já é suficiente?
Talvez. Na maioria dos casos há necessidade
de mais de uma sessão.
FONTE: Dra Ana Carolina Lúcio Pereira - Graduada em Medicina e residência em
Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro
em 2005. Título de especialista em: Ginecologia Obstetricia e Medicina do
Tráfego pela Santa Casa de São Paulo pela FEBRASGO e ABRAMET.
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