Saque do
FGTS e do PIS/Pasep, auxílio-doença, acompanhante e isenção do Imposto de Renda
estão entre as medidas de apoio às mulheres com a doença
O câncer de
mama causou o afastamento de mais de 21 mil mulheres do trabalho no ano
passado. A doença é o tipo de câncer de maior incidência na população feminina
brasileira, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 29% dos
novos casos a cada ano. Somente em 2018, a estimativa é de que 59,7 mil novos
casos sejam detectados, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva (Inca).
Neste mês
dedicado à prevenção e tratamento da doença, mais uma vez o Ministério do
Trabalho adere à campanha Outubro Rosa e esclarece sobre os direitos das
trabalhadoras diagnosticadas com neoplasia maligna de mama.
Na fase
sintomática da doença, toda trabalhadora celetista poderá fazer o saque do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assim como do benefício
PIS/Pasep, este no valor de um salário mínimo e que poderá ser retirado em
agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil. A trabalhadora também
tem direito ao auxílio-doença e, em casos mais avançados, pode requerer a
aposentadoria por invalidez.
Acompanhante
- Caso a
trabalhadora necessite de cuidados permanentes de outra pessoa, além da
aposentadoria por invalidez, também tem o direito a um acréscimo de 25% no
valor do benefício, conhecido por Auxílio Acompanhante, conforme previsto na Lei nº 8.213/91. O valor
adicional é pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de forma
vitalícia. Além disso, pode-se requerer na Receita Federal a isenção total do
Imposto de Renda de Pessoa Física.
Para ter
acesso a esses tipos de benefícios é necessário estar na qualidade de segurada
da Previdência Social e passar pela perícia médica do INSS para comprovação da
incapacidade de trabalho.
Redução da
Mortalidade - Iniciado na década de 1990, o movimento Outubro
Rosa tem o objetivo de estimular a população feminina brasileira no
controle do câncer de mama. Realizada todos os anos, a campanha é
utilizada para compartilhar informações sobre o câncer, promover esclarecimentos,
proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, a fim de
contribuir para a redução da mortalidade.
Uma das estratégias é incentivar a
realização do autoexame, um importante aliado no tratamento do câncer de mama em
mulheres de todas as idades. Quando a doença é detectada nas fases iniciais,
são maiores as chances de tratamento e cura.
O Inca recomenda que mulheres de 50 a 69 anos
façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada
dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento
dos sintomas.
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