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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Benefícios da compostagem



Produção de fertilizante orgânico, redução na emissão de gases poluentes e destinação adequada de resíduos, são algumas das vantagens da utilização de lixo doméstico como adubo


A quantidade de lixo produzida e descartada em locais inapropriados, é um dos mais graves problemas ambientais brasileiros.

A Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) estima que em 2016, cada brasileiro produziu 377 kg de lixo, resultando em cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólido.

O estado de São Paulo é o campeão nacional em descarte de lixo. São geradas mais de 56 mil toneladas por dia. Desse total, cerca de 42 mil tem destinação adequada. O restante pode ser encontrado nas esquinas, nas calçadas, nos terrenos baldios, nos rios, em espaços públicos.

O descarte em locais impróprios, contamina os lençóis freáticos, causa mau cheiro, atraindo moscas, ratos, baratas e outros insetos e animais, causadores de inúmeras enfermidades.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, em 2015 foram geradas cerca de 32 milhões de toneladas de resíduos orgânicos no Brasil, o que equivale a 88 mil toneladas de lixo diário. Todo este material quando entra em decomposição, seja nos lixões ou aterros sanitários, gera o gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa.

Parte desse lixo produzido poderia ter destino mais produtivo: a compostagem, que é a reciclagem de resíduos orgânicos para produção natural de fertilizante ecológico, econômico e sustentável.

“O processo da compostagem, realizado através de micro-organismos, como fungos e bactérias, degrada a matéria orgânica, resultando em um fertilizante de origem animal ou vegetal, com dois componentes principais: os minerais, contendo os nutrientes essenciais para as plantas; e o húmus, como condicionador e melhorador das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo", explica o engenheiro agrônomo Valter Casarin, coordenador científico da Nutrientes para a Vida (NPV).

Do total de resíduos domésticos produzidos, 30% poderiam ser usados na compostagem. Ou seja, menos lixo nos aterros, menos poluição ambiental e menos emissão de gases poluentes.

“A compostagem recicla nutrientes, como: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Todos  eles são assimilidados em maior quantidade (macronutrientes) pelas raízes, além de ferro, zinco, cobre, manganês, boro e outros, absorvidos em quantidades menores (micronutrientes). A composição do composto depende do material de origem. Assim, nem sempre os compostos conseguem fornecer todos os nutrientes que as plantas requerem e, muitas vezes precisam ser combinados com adubos minerais."

Atuando com informações embasadas cientificamente, a NPV informa claramente os diversos tipos de fertilizantes, seja mineral ou orgânico, com o objetivo de nutrir de forma adequada e balanceada as plantas, de forma a proporcionar segurança alimentar e nutricional para os seres humanos.


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