Em jovens com idade até 15 anos,
tumor no cérebro é a segunda principal causa de câncer
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do
biênio 2018/2019 sejam diagnosticados 11.320 novos casos de tumores cerebrais
ou no sistema nervoso central no Brasil. Esses números correspondem a um risco
estimado de 5,62 casos novos a cada 100 mil homens e 5,17 para cada 100 mil
mulheres. Ainda segundo o instituto, 4% das mortes por câncer estão associadas
ao câncer cerebral. Em jovens com idade inferior a 15 anos, os tumores do
cérebro são a segunda principal causa de câncer.
Para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer
cerebral, o mês de maio é considerado o “Maio Cinza – mês de conscientização e
combate ao câncer cerebral”. A neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua em
Blumenau (SC), alerta para a importância de se procurar um especialista ao
perceber sintomas como náuseas, vômitos, visão turva, convulsões e problemas de
equilíbrio.
A médica também explica que o câncer cerebral pode demorar para
ser descoberto, já que seus sintomas podem ser pouco específicos. “Os sintomas
iniciais serão relacionados ao local do cérebro onde o câncer está e também
podem ser sintomas mais específicos, como falta de força ou fraqueza em um
braço ou perna, dificuldade para falar e alterações da visão”, relata.
Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhores são as chances de
cura e de evitar sequelas. Segundo a especialista, as cirurgias neurológicas e
cerebrais evoluíram de forma expressiva, especialmente nas últimas décadas.
Atualmente, é possível uma pessoa passar por uma cirurgia neurológica e em
poucos dias voltar ao trabalho.
Especialista em cirurgia cerebral minimamente invasiva pela
Universidade do Estado de Ohio (EUA), Danielle explica que há métodos como uso
de robôs, vídeo, cirurgia aberta, pela pálpebra ou pelo nariz, diminuindo o
risco de criar novas sequelas durante o procedimento e eliminando cicatrizes
visíveis. No entanto, é a localização do tumor que definirá o tipo de cirurgia
adequada. Já o tratamento dependerá do tipo de câncer, benigno ou maligno,
podendo variar apenas de cirurgia, até radioterapia e quimioterapia.
Danielle
de Lara - Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua
principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de
hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de "Minimally
Invasive Skull Base Surgery" em "The Ohio State University Medical
Center", Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de
Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica
do Hospital Santa Isabel.
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