A
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número de casos de demência
triplique até 2050, atingindo mais de 152 milhões pessoas ao redor do globo.
Tal aumento deve-se ao envelhecimento populacional e continuará a atingir
principalmente países de baixa e média renda. Para abordar o tema com mais profundidade,
especialistas em diagnóstico por imagem vão se reunir em São Paulo/SP, a fim de
apresentar e debater o que há de mais recente e avançado sobre tratamento e
detecção da doença, durante a 48ª Jornada Paulista de Radiologia, de 3 a 6 de
maio.
A Jornada Paulista de Radiologia reunirá especialistas internacionais para discutir a imaginologia da demência. O Dr. Marcelo Gálvez, presidente da Sociedade Chilena de Radiologia, e a Dra. Noriko Salamon, professora do Departamento de Radiologia da UCLA David Geffen School of Medicine, participarão do módulo de Neurorradiologia.
Demência é um “termo guarda-chuva” para denominar diversas doenças que afetam progressivamente, em sua maioria, a memória, o comportamento e as habilidades cognitivas. A mais comum é o Alzheimer, aparente em quase 70% dos diagnósticos. A Dra. Claudia da Costa Leite, professora associada do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é uma das palestrantes e destaca os problemas para a detecção precoce dessas doenças neurodegenerativas:
“Na doença de Alzheimer, por exemplo, os achados de ressonância magnética (RM) só aparecem em fases tardias. Contudo, procedimentos diagnósticos da medicina nuclear são bastante promissores, a partir do uso de novo marcador: o Pittsburgh compound B (PIB)”, afirma.
O PIB foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh que visavam fornecer ferramentas para um diagnóstico precoce e definitivo. O Alzheimer é patologicamente caracterizado pela presença de placas amilóides contendo amilóide-beta (Aβ) e emaranhados neurofibrilares. Desta forma, o PIB, que é derivado da tioflavina-T (ThT), molécula capaz de ligar-se a proteínas amiloides, é utilizado junto à tomografia por emissão de pósitrons (PET), permitindo detectar a doença pré-clinicamente em pessoas com sintomas leves ou atípicos.
No Brasil, porém, os pacientes ainda não podem contar com acesso a essa tecnologia, como adianta Leite. “Apesar de termos condições iguais às dos países desenvolvidos quando falamos da ressonância magnética, na medicina nuclear, o PIB ainda não é comercializado no País”.
Acesso a mecanismos de diagnóstico é inclusive outra preocupação da OMS, já que apenas 14% dos países que fornecem dados sobre demência indicam o número de pessoas que sofrem com o problema. Além disso, estima-se que aproximadamente 90% das pessoas que tenham algum tipo de demência em países de baixa e média renda não saibam desta condição.
Maior evento de Radiologia da América Latina
A Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018) é o maior evento da especialidade na América Latina. Organizada pela Sociedade Paulista de Radiologia (SPR), acontece em São Paulo, de 3 a 6 de maio. Sua 48ª edição é promovida em parceria com a Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), sob o mote “Transformando a Educação na Radiologia”.
A Jornada Paulista de Radiologia reunirá especialistas internacionais para discutir a imaginologia da demência. O Dr. Marcelo Gálvez, presidente da Sociedade Chilena de Radiologia, e a Dra. Noriko Salamon, professora do Departamento de Radiologia da UCLA David Geffen School of Medicine, participarão do módulo de Neurorradiologia.
Demência é um “termo guarda-chuva” para denominar diversas doenças que afetam progressivamente, em sua maioria, a memória, o comportamento e as habilidades cognitivas. A mais comum é o Alzheimer, aparente em quase 70% dos diagnósticos. A Dra. Claudia da Costa Leite, professora associada do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é uma das palestrantes e destaca os problemas para a detecção precoce dessas doenças neurodegenerativas:
“Na doença de Alzheimer, por exemplo, os achados de ressonância magnética (RM) só aparecem em fases tardias. Contudo, procedimentos diagnósticos da medicina nuclear são bastante promissores, a partir do uso de novo marcador: o Pittsburgh compound B (PIB)”, afirma.
O PIB foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh que visavam fornecer ferramentas para um diagnóstico precoce e definitivo. O Alzheimer é patologicamente caracterizado pela presença de placas amilóides contendo amilóide-beta (Aβ) e emaranhados neurofibrilares. Desta forma, o PIB, que é derivado da tioflavina-T (ThT), molécula capaz de ligar-se a proteínas amiloides, é utilizado junto à tomografia por emissão de pósitrons (PET), permitindo detectar a doença pré-clinicamente em pessoas com sintomas leves ou atípicos.
No Brasil, porém, os pacientes ainda não podem contar com acesso a essa tecnologia, como adianta Leite. “Apesar de termos condições iguais às dos países desenvolvidos quando falamos da ressonância magnética, na medicina nuclear, o PIB ainda não é comercializado no País”.
Acesso a mecanismos de diagnóstico é inclusive outra preocupação da OMS, já que apenas 14% dos países que fornecem dados sobre demência indicam o número de pessoas que sofrem com o problema. Além disso, estima-se que aproximadamente 90% das pessoas que tenham algum tipo de demência em países de baixa e média renda não saibam desta condição.
Maior evento de Radiologia da América Latina
A Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018) é o maior evento da especialidade na América Latina. Organizada pela Sociedade Paulista de Radiologia (SPR), acontece em São Paulo, de 3 a 6 de maio. Sua 48ª edição é promovida em parceria com a Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), sob o mote “Transformando a Educação na Radiologia”.
48ª Jornada Paulista de Radiologia
Data: 3 a 6 de maio de 2018
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro, São Paulo/SP
Mais informações: www.jpr2018.org.br
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