Não é novidade para ninguém que 2016 está sendo um
ano difícil para líderes, executivos e gestores de RH. O cenário econômico
desfavorável e a consequente necessidade de cortes na folha de pagamento
fizeram com que os profissionais que ocupam cargos de liderança tivessem que
utilizar com mais frequência habilidades menos palpáveis ligadas à capacidade
de se relacionar, liderar e lidar com situações ambíguas. Para 2017, as
perspectivas da economia são mais positivas, mas uma coisa é certa: cada vez
mais esses profissionais vão precisar saber lidar com maestria com essas
habilidades.
A Inteligência Emocional é uma dessas competências
mais “transversais”, que são esperadas e exigidas dos líderes de qualquer
empresa. Ela pode ser definida como uma série de competências emocionais e
sociais que contribuem para como o indivíduo age, se percebe, se expressa, se
relaciona e define como cada um lida com os desafios, algo amplamente utilizado
por todos nós (uns melhores, outros piores) no dia-a-dia.
Por isso, profissionais que ocupam cargos de
liderança devem encarar o desenvolvimento da Inteligência Emocional como parte
fundamental da carreira. Quando se fala de liderança, não há uma formula única
de sucesso. Os parâmetros que definem um bom ou ótimo líder mudam
constantemente conforme o contexto no qual ele está inserido em cada momento.
Por isso, a Inteligência Emocional bem desenvolvida vira a melhor aliada do
líder que quer manter sua produtividade em alta.
Outras competências ligadas à Inteligência
Emocional como relacionamento interpessoal, solução de problemas, assertividade
e auto percepção são fundamentais para quem quer ser um bom líder. A
Inteligência Emocional também desempenha um papel primordial na capacidade de
um líder passar por momentos difíceis e solitários, quando o contexto é
desfavorável.
Aliás, a melhor notícia de todas é que,
diferentemente de QI ou personalidade, que são majoritariamente fixos ao longo
da vida adulta, a Inteligência Emocional pode – e deve – ser aprimorada,
sempre.
Benefícios da Inteligência Emocional para as
empresas
Um estudo conduzido pelo Centro de Liderança
Criativa, um provedor global de educação executiva, mediu a Inteligência
Emocional de 302 líderes, entrevistando também seus pares. O resultado mostrou
que alguns subgrupos de Inteligência Emocional podiam prever alto desempenho de
liderança em 80% dos casos. Um resultado tão expressivo como este não deve ser
desprezado.
Por isso, para as empresas, a matemática é simples:
líderes com Inteligência Emocional mais desenvolvida desempenham melhor o seu
papel, gerando mais e melhores resultados para a organização que os contratou.
Competências tais como empatia, independência, assertividade, teste de
realidade ou controle de impulsos (para nomear apenas algumas), têm um papel
fundamental na habilidade do líder lidar corretamente com os seus desafios e objetivos.
É importante lembrar também que, num contexto
empresarial, líderes são multiplicadores. Ou seja, o seu comportamento afeta –
positiva ou negativamente, direta ou indiretamente – um número grande de
colaboradores. Líderes com inteligência emocional apurada tendem a ter equipes
que rendem mais.
Mensuração de resultados
Já se foi a época em que Inteligência Emocional era
intangível e imensurável. Existem algumas avaliações no mercado como, por
exemplo, a EQ-i 2.0, que mensuram esse tipo de habilidade com precisão,
inclusive considerando a percepção que o restante da organização tem de cada
líder. Isto permite traçar um plano de desenvolvimento preciso e assertivo.
Tais ferramentas de avaliação são cada vez mais
utilizadas por empresas de diversos portes e segmentos antes e depois do plano
de desenvolvimento ter sido colocado em prática. Com isso, elas tornam mais
claros os pontos de aprimoramento, além de mensurarem com assertividade quais
são os profissionais realmente empenhados em desenvolver suas habilidades não
palpáveis.
Paulo
Aziz Nader - atua como consultor no setor de
desenvolvimento organizacional com a Leverage Coaching criando programas
de desenvolvimento executivo, de liderança e de gestão de
talentos para empresas de diversos portes e segmentos. É
também Coach profissional, certificado pelo Integral Coaching Canada™,
pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e pela International Coach Federation
(ICF) da qual é membro afiliado. Bacharel em Administração de
Empresas e gestão internacional de negócios pela ESPM e mestrando em
desenvolvimento organizacional pelo INSEAD (Fontainebleau), tem em seu
currículo passagens por empresas de grande porte como Microsoft e Facebook.
Possui extensões em Leadership & Management pela Harvard University e em
Change Management pelo MIT Sloan; é membro afiliado do Institute Of
Professional Coaching (IOC), órgão afiliado à Harvard Medical School. www.leveragecoaching.com.br.
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