Estudo
norte-americano mostra novas estratégias para reduzir o risco da Morte Súbita
no Lactante
Cuidar de um recém-nascido não é fácil. A
fragilidade do bebê e a necessidade de protegê-lo trazem, quase sempre, muita
insegurança para os pais – principalmente os de primeira viagem. O receio de
não saber cuidar ou o medo de fazer algo errado faz com que se criem hábitos
entre os pais e, um dos mais conhecidos é o de checar a cada 5 minutos se o
bebê está respirando enquanto dorme.
Segundo a Dra. Thalita Feitosa, pediatra e
puericulturista, esse costume está diretamente ligado à preocupação que muitos
cuidadores têm em relação à Síndrome da Morte Súbita do Lactante (SMSL), um
perigo real que amedronta os pais do mundo todo. “Tomados pelo medo, é normal
querer ter o bebê por perto, mas deve-se saber a forma segura de agir. Por
isso, recentemente a Academia Americana de Pediatria divulgou as novas
recomendações para o sono seguro do bebê”, explica Thalita.
As recomendações
1.
1. De barriga para cima é a posição correta para o bebê dormir
Para reduzir o risco de SMSL os bebês devem ser
colocados para dormir de barriga para cima, ou seja, com as costas
completamente encostada, mesmo nas sonecas durante o dia.
O perigo do sufocamento não está apenas no dormir
de barriga para baixo, mas também na posição lateral, uma vez que ele pode se
virar de bruços, principalmente os que têm mais de cinco meses de vida. Caso
ele se vire durante o sono, o ideal é reposicioná-lo de barriga para cima
certificando-se sempre que não há cobertores, travesseiros, bichos de pelúcia
ou almofadas em torno dele, isso evita que ele corra o risco de virar e
sufocar.
“Outro ponto importante é que os recém nascidos
sejam colocados pele a pele com a sua mãe ainda na primeira hora de vida.
Depois desse momento ele já pode ser colocado no berço, mas sempre de barriga
para cima”, aponta a pediatra.
2.
2. A superfície para o sono tem que firme
O lugar ideal para que o bebê durma tem que ter a
superfície firme, ou seja, não deve afundar. Portanto, aconselha-se que esse
lugar seja um berço, um berço anexo à cama ou um berço portátil que obedeça aos
padrões de segurança.
“É fundamental que o colchão do berço seja firme e
o lençol do tamanho adequado para o berço, não pode faltar e nem sobrar tecido.
E, claro, não pode conter nada além do bebê dentro do berço”, alerta Thalita.
3.
3. O quarto tem que ser compartilhado, não a cama
Compartilhar o quarto com o bebê até os 6 primeiros
meses de vida –idealmente até o primeiro ano - traz diversos benefícios para a
relação entre pais e filho, entre eles a facilidade no processo de amamentação
e o conforto em poder estarem sempre de olho no bebê. Para isso, coloque o
berço ou um berço anexo perto da cama.
“Além disso, a Academia Americana de Pediatria
recomenda o quarto compartilhado, pois pode diminuir o risco de Morte Súbita em
até 50%, sem contar que é muito mais seguro do que a cama compartilhada”,
explica.
4.
4. O bebê tem que ter seu próprio espaço para dormir
A cama dos pais não lugar para o bebê dormir, traga
ele para cama apenas para se alimentar ou confortar quando ele estiver
chorando.
“Uma das dificuldades de amamentar de madrugada é o
risco de pegar no sono. Então, antes de alimentar seu bebê na cama certifique
que não há travesseiros, lençóis, cobertores ou qualquer outro item que vá
cobrir o rostinho, cabeça e pescoço do bebê ou superaquecer o pequeno”, diz a
pediatra.
5.
5. Sofás ou poltronas não servem como berço
Esses lugares são perigosos, por isso não são
adaptados para o sono do bebê. Além da superfície não ser firme, há os vãos
aonde o pequeno pode se sufocar.
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