Cerca de 16 milhões de brasileiros são alérgicos a algum tipo de medicamento, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), sendo as reações mais comuns causadas pelos mais utilizados: em 1º lugar estão empatados os analgésicos e os anti-inflamatórios. Os antibióticos aparecem em 2º lugar.
Na maioria das vezes administrados sem orientação
médica, dipirona e dicoflenaco são os mais populares, e esses medicamentos
representam uma ameaça. “Podem aparecer desde placas avermelhadas acompanhadas
de coceira até reações muito graves, com queda da pressão arterial, falta de ar
e anafilaxia, que pode levar à morte”, alerta a Dra. Maria Fernanda Malaman,
especialista da ASBAI.
A médica conta que o especialista é fundamental
para dar direcionamento ao tratamento correto, já que cada reação a remédio é
investigada de forma diferente. “É a partir daí que o médico encontra
alternativas para que o paciente tenha uma boa qualidade de vida e possa usar
outros princípios ativos em caso de dor, febre, inflação ou infecção”, explica.
Em casos de cirurgias ou mesmo de tratamento
dentário é preciso precauções com os pacientes alérgicos a medicamentos.
Recentemente, a ASBAI divulgou um Posicionamento
Técnico Sobre o Uso da Penicilina em Unidades Básicas de Saúde. Esse
antibiótico, administrado com frequência nos casos de pneumonia, por exemplo,
apresenta uma incidência de reação alérgica estimada em 2%. Por outro lado, a
ocorrência de reações anafiláticas, como edema laríngeo, arritmia cardíaca e
choque são raras.
“Como é um medicamento muito utilizado, a ASBAI
orienta que todas as unidades de atenção básica à saúde do SUS (Sistema Único
de Saúde) disponham de pessoal capacitado para o diagnóstico e tratamento de
reações alérgicas, assim como de material necessário à sua abordagem. No caso
de uma reação grave, como uma anafilaxia, o diagnóstico deve ser feito na
unidade de atenção básica e, após as medidas iniciais, o paciente deve ser
encaminhado para um serviço de referência”, comenta Dra. Maria Fernanda.
Sobre a ASBAI
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.
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www.asbai.org.br
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