Especialista da
Nethics alerta para os riscos desses desafios. Adolescente morreu enforcado na
última semana.
As “brincadeiras” ou “desafios” entre
os adolescentes, atividade desconhecida por pais, educadores e profissionais de
saúde, tornam-se cada vez mais frequentes entre crianças e jovens. No último
domingo um adolescente de São Vicente morreu enforcado através de brincadeira
com amigos pela internet. Na prática, isso significa que crianças e jovens já
experimentaram e podem ser praticantes desta atividade, uma “brincadeira” que
começa com a pressão de pares e a necessidade de pertencer a um grupo, que tem
como reduto os esconderijos de escolas e ignoram os sérios riscos e as
consequências, por vezes irreversíveis.
Trata-se de atividades que geram sintomas
físicos e que comprometem o bem-estar do jovem, mas não são reconhecidos por
pais e profissionais. Além do enforcamento, outra brincadeira comum é a de não
oxigenação. “São ações que podem gerar sintomas como irritabilidade, olhos
vermelhos, manchas no rosto, etc. Isso porque as atividades são compreendidas
com um a três minutos sem oxigênio, o que interrompe a circulação para a
irrigação do cérebro e pode causar a perda da consciência e, por consequência,
quando não leva a óbito, deixa sequelas como cegueira, surdez, paralisia,
dentre outras.
De acordo com a especialista
Alessandra Borelli, diretora da Nethics – Educação Digital, são muitos os depoimentos de mães que perderam seus
filhos para essas brincadeiras, mais conhecidas como os desafios de não
oxigenação (Chocking game/ Jeudufoulard). “Por mais habilidosos com a
tecnologia que sejam, nossas crianças e adolescentes são seres em desenvolvimento,
desprovidos de maturidade, discernimento e, como todos os jovens, sedentos por
desafios. E então, você conhece os youtubers favoritos de seu filho? Acredite!
Seu filho sabe do que estamos falando”, alerta.
A especialista conta que a grande incidência
de morte acontece quando, instigado pela curiosidade, o jovem entre 9 e 17 anos
decide tentar a atividade sozinho e sofre uma parada cardíaca e, para piorar,
essas brincadeiras têm se tornado comuns.
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