As mulheres têm mais chance de ter AVC do que
os homens e a taxa de mortalidade também é maior no sexo feminino
No
Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame cerebral como é
popularmente conhecido, é a segunda principal causa de morte e a principal
causa de incapacidade no mundo, segundo a Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da USP. Os números do Ministério da Saúde são impressionantes: o AVC é a
causa da morte de mais de 100 mil brasileiros por ano; no mundo, esse número
chega a seis milhões.
Atenção,
mulheres!
O
cardiologista Anis Mitri, CEO do CECAM – instituição médica referência com
quase 20 anos de história –, manda um alerta para as mulheres, as mais afetadas
pelo AVC. Ele explica o quanto os hábitos do dia a dia são importantes na
prevenção da doença.
“Grande
parte do aumento na taxa destas doenças em mulheres deve-se aos péssimos
hábitos de vida que adotamos atualmente. O alto índice de consumo de alimentos
industrializados, as poucas horas de sono, que pode levar à obesidade, o uso
prolongado de hormônios sintéticos contidos no anticoncepcional e, por fim, a
vida sedentária com quase nenhuma prática de atividade física é a cereja do
bolo nestas condições catastróficas”, explica o especialista.
Causas
e prevenção
Alguns
dos fatores de risco do AVC não podem ser modificados como idade, genética e
sexo. Já outros como hipertensão arterial – a
conhecida pressão alta –, diabetes, doenças cardíacas, enxaqueca, ingestão
de bebidas alcoólicas, fumo, entre outros, podem ser diagnosticados e tratados.
De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é adotar hábitos saudáveis para a
vida. “Fazer um check up e uma visita anual ao cardiologista também é
importante”, complementa Mitri, que contou uma peculiaridade das mulheres:
“64% das que infartam ou têm AVC nunca apresentaram sequer algum sintoma de
doenças cardiovasculares”.
Sintomas
Os principais sintomas do AVC são: diminuição ou perda da força e
também sensação de formigamento de um lado só do corpo; perda súbita da visão
em um ou nos dois olhos; dificuldade para falar e articular; dor de cabeça
súbita e intensa sem motivo aparente; e vertigem súbita intensa e desequilíbrio
associado a náuseas e vômitos. “Se alguém perto de você apresentar algum dos
sintomas, é importante manter a pessoa imóvel, sem fazer esforço físico e de
preferência esticando suavemente seu pescoço. Em casos de vômito, deve-se virar
com delicadeza o rosto da pessoa. Mas o principal é sempre chamar ajuda
profissional imediatamente”, explica Mitri.
Tipos
de AVC
Existem
dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. “O AVC isquêmico é causado por
alguma obstrução ou entupimento dos vasos e o sangue não consegue chegar a
determinadas regiões do cérebro, causando necrose naquela área específica.
Outro tipo de AVC, menos comum, é o chamado AVC hemorrágico. Neste caso, os
vasos do cérebro possuem alguma má formação congênita, podendo se romper
espontaneamente e causar um sangramento dentro do cérebro”, explica Mitri.
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