Icesp concluiu etapa inicial da
pesquisa, que avaliou a toxicidade da substância nos pacientes
O Instituto do Câncer do Estado de
São Paulo (ICESP) inicia na próxima segunda-feira, 10 de outubro, a
segunda fase da pesquisa clínica para testar a fosfoetanolamina sintética no
tratamento do câncer.
A etapa inicial, que durou dois
meses, foi concluída e avaliou a segurança da droga em 10 pacientes. A análise
não apresentou toxicidade significativa, viabilizando assim a sequência do
estudo para a próxima fase.
Na etapa seguinte, está prevista a
inclusão de mais 20 pacientes para cada um dos 10 grupos (tipos) de tumor:
cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino,
próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Os candidatos são pacientes do
Icesp, passaram por triagem e preencheram os critérios de elegibilidade para
participar da pesquisa, após indicação da equipe de oncologia da Instituição.
Essa fase terá uma duração estimada de seis meses e os pacientes serão
avaliados a cada duas semanas, nos dois primeiros meses. Após esse período, o
acompanhamento será mensal.
Progressivamente, desde que se
comprove atividade relevante, a inclusão de novos pacientes continuará até
atingir o máximo total de 1.000 pessoas (100 para cada tipo de câncer). A
estratégia adotada permitirá melhor compreensão da droga.
“A avaliação dessa primeira etapa foi
fundamental para assegurarmos que não havia risco de eventos adversos graves
associados ao uso da substancia. A partir de agora a pesquisa determinará se há
eficácia da fosfoetanolamina, abrangendo um número maior de pacientes”, destaca
o oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp
Histórico
O Icesp recebeu da
Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório oficial da Secretaria de
Estado da Saúde de São Paulo, cápsulas suficientes da substância para realizar
a pesquisa. A sintetização da fosfoetanolamina foi feita pelo laboratório
PDT Pharma, localizado no município de Cravinhos, interior paulista. A Furp
encapsulou a substância e entregou ao Icesp.
É a primeira vez na
história que a fosfoetanolamina sintética está sendo testada em humanos, por
iniciativa do governo de São Paulo, visando analisar a eficácia da substância
no combate ao câncer. Todos os pacientes serão monitorados continuamente
por uma equipe multiprofissional com larga experiência em testes clínicos,
no Icesp.
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