Nutricionista responde a dez dúvidas sobre a
alimentação infantil.
Dia 12 é comemorado o Dia das Crianças e dentro dos
temas importantes para uma infância saudável está a alimentação. Nessa fase ela é essencial para o desenvolvimento, pois começa a partir da amamentação do recém-nascido (que dura em média até os 2 anos ou mais) e continua na
introdução de novos alimentos em sua nutrição, a partir dos 6 meses.
Neste período, as dúvidas surgem, principalmente, quando se trata de pais e mães de primeira viagem. Para tirar as preocupações
inerentes a este
assunto e desmistificar algumas histórias, a nutricionista comportamental, Patrícia Cruz, especialista em obesidade
infantil e adulta, respondeu
as principais questões do tema.
Confira:
Hora da refeição
Comer muito tarde
não atrapalha o sono da criança. No entanto, a especialista alerta para a importância de ter
horários bem definidos. “É essencial para a
criança ter uma rotina saudável de sono.
Portanto, dormir cedo e ter
horários bem definidos de refeição.” - afirma Patrícia Cruz.
Frutas com
casca ou sem casca?
As frutas com cascas
aumentam a concentração de fibras, elas desempenham um
papel muito importante para o bom funcionamento do organismo e,
consequentemente, para a saúde. Por isso, a
nutricionista recomenda optar pelas frutas com cascas.
Doces e refrigerantes
Para Patrícia o consumo de refrigerante não deve ser estimulado
nunca. Já em relação
aos doces, a nutricionista afirma que eles fazem parte de um hábito alimentar saudável. “Os doces podem ser consumidos quando as crianças começam a
fase escolar.” – comenta.
Leite de
soja x Leite de
vaca
O leite de soja é
indicado somente para crianças com alergia ao leite
de vaca, pois ele é isento de cálcio. Este é o principal mineral que
compõe a estrutura óssea e dentes em nosso organismo. Ele é responsável por processos como: contra muscular, coagulação do sangue e
transmissão de impulsos nervosos. Portanto, a especialista reforça que o
leite de vaca é o mais indicado.
Frutos do mar
Como esses alimentos
têm elevado potencial alergênico, eles só podem ser introduzidos na
alimentação infantil a partir dos 2 anos de idade.
Sem carne vermelha, pode?
A especialista
reforça que não se deve tirar
nenhum alimento da dieta. O certo é que isso seja feito somente diante de um quadro de alergia alimentar. A carne vermelha é a principal
fonte de proteínas, zinco, gorduras e ferro para o organismo da criança. Os
outros tipos de carnes não possuem a mesma concentração dos nutrientes.
Dieta
vegetariana
Segundo Patrícia, se a dieta vegetariana for bem balanceada, com trocas
saudáveis para evitar deficiências nutricionais como ferro, cálcio, vitamina B12 ela
pode ser feita por crianças também.
Alimentação no período escolar
Segundo a
nutricionista, a melhor forma de conciliar a alimentação com o período escolar
é mantendo a famosa lancheira. Assim, os pais diminuem o consumo de compras na
cantina da escola. Outra dica importante na hora de procurar escolas para os
filhos é conhecer
a proposta da cantina.
Perda do hábito saudável
É muito comum que as
crianças percam o hábito de uma alimentação saudável depois de um tempo e não
necessariamente depois de muito tempo. Às vezes gostam de determinados
alimentos na fase pré-escolar
e após chegarem à adolescência não gostam mais ou não possuem o hábito de consumir o alimento. Para a nutricionista, isso ocorre devido às
mudanças hormonais, forma de preparo e o novo estilo de vida.
Negociações
com a criança para comer, funciona?
Não se deve negociar alimentos, isso é errado. “Criança tem a percepção de forma e
saciedade bem claras. Trocar verdura, legumes ou fazer com que
aquela termine o que está no prato por brinquedos ou mais tempo de TV não é
certo. Se não comeu tudo no prato, geralmente
é porque já está saciada. Forçá-la só vai fazer a criança
associar o ato de comer com uma imensa sensação de desconforto.” – explica a especialista.
Para ensinar uma
criança a comer algo que ela diz não gostar é preciso ter paciência, ir
oferecendo sempre, mudar a forma de preparo, cortes e combinações. Deixá-la comer por conta ou colocar a
comida no prato são
outras ações, bem como explicar
o motivo do porquê é importante comer aquilo. Levá-la para
cozinha para fazer preparações rápidas e fáceis e
mostrar o prazer da refeição
é fazer com que a criança entenda como a comida é gostosa e faz bem a saúde e
não é uma obrigação.
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