Cirurgias ortopédicas dos membros
inferiores estão entre as situações mais favoráveis para o surgimento de
coágulos sanguíneos que provocam a doença
Pouco falada e de sérias consequências,
a embolia ou tromboembolismo pulmonar possui alta incidência em pacientes
recém-operados de cirurgias dos membros inferiores. Segundo o Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), órgão pertencente ao Ministério
da Saúde, 80% dos indivíduos nesta condição estão mais suscetíveis ao
surgimento de coágulos sanguíneos que provocam a trombose ou embolia.
A doença é causada pelo bloqueio
sanguíneo de uma artéria do pulmão gerado por um coágulo que, na maioria das
vezes, surge na região das pernas, se desprende, percorre a corrente sanguínea
e chega até o pulmão. "Os sinais de que o paciente está passando pelo
quadro de embolia pulmonar variam, mas é necessário estar atento para sintomas
como falta de ar, tosse, dor na região do tórax, ritmo cardíaco acelerado,
tonturas ou sangue ao tossir. A doença ainda tem o agravante de contribuir para
a evolução de complicações como insuficiência cardíaca e doença pulmonar
crônica", afirma o Dr. Daniel Ribeiro, especialista em hematologia e
Coordenador do ambulatório de Hemostasia da Unidade Funcional
Hematologia/Oncologia do Hospital das Clínicas UFMG.
Segundo uma pesquisa realizada pela
Bayer em parceria com a International Society of Thrombosis and Hemostasis
(ISTH), o tromboembolismo venoso (TEV), que inclui duas doenças -
trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP) - mata mais pessoas
anualmente na União Europeia do que a AIDS, câncer de mama, câncer de próstata
e acidentes automobilísticos juntos. Quando a artéria fica obstruída, o
pulmão perde grandes áreas de oxigenação do sangue, levando a uma isquemia
(circulação de sangue insuficiente), infarto pulmonar ou até mesmo à morte.
A pesquisa também indica que, a cada 37
segundos, uma pessoa morre por causa de um coágulo sanguíneo. Inúmeros fatores
podem influenciar a ocorrência da embolia, sendo que dentre os indicadores de
risco, estão: fatores genéticos, idade avançada, mulheres grávidas ou no
período de pós-parto, obesidade, , situações que levam o paciente a ficar
imobilizado, indivíduos que sofreram traumas nos membros inferiores, que
possuem insuficiência cardíaca ou doença pulmonar, uso de terapia hormonal ou
quimioterápicos.
O especialista reforça ainda que o
diagnóstico e tratamento imediato são essenciais para evitar uma piora do
quadro. Sem isso, as chances de o paciente ter complicações e vir ao óbito
aumentam significativamente. "Além de pacientes com estes perfis, outro
grupo de risco são os indivíduos no período pós operatório, pois devido ao
repouso necessário, ficam parados por longos períodos, o que pode contribuir
para o surgimento de um coágulo e levar a uma trombose ou uma embolia pulmonar.
Para prevenir possíveis consequências, recomenda-sea utilização de meias
elásticas durante e após a cirurgia, além da movimentação precoce ao longo do
período de recuperação", completa o especialista.
Tratamento
Em casos de pacientes que apresentam
fatores de risco, se necessário,o médico poderá recomendar o uso de heparina.
Em situações de embolia, pode ser realizada a administração de oxigênio,
utilização de heparina e/ou o uso de anticoagulantes orais, como a rivaroxabana
(Xarelto®, Bayer), que interferem na capacidade do organismo em formar
coágulos. Em casos extremos podem ser realizados procedimentos cirúrgicos, como
a arteriografia pulmonar, para retirada do coágulo e restauração da circulação.
Bayer - www.bayer.com
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