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terça-feira, 3 de maio de 2016

O sexo e a maternidade





A vida sexual antes dos filhos é leve e aventureira: o casal pode namorar quando e como quiser, onde tiver vontade. Com esta liberdade, o desejo fica nas alturas e a transa cada vez mais gostosa. De tanto praticar, fazem um bebê.
Depois do nascimento a situação muda bastante: entre mamadas, trocas de fraldas e noites insones, a libido feminina é atacada por uma baixa hormonal, a disposição dá lugar ao cansaço físico e emocional, ao invés de lingeries sexy, entram camisetas cheirando a leite, e a própria figura corporal torna-se completamente diferente, com uma musculatura mais flácida e uma forma muitas vezes indefinida. O corpo é o mesmo, mas a mulher não se reconhece mais nele. Neste contexto desafiador, o sexo pode ser deixado de lado.
No entanto, passadas as primeiras semanas (ou meses) de adaptação, se o casal mantiver a persistência e tiver uma boa dose de criatividade, a prática sexual pode se tornar muito interessante, até mais picante e prazerosa do que antes. Quando a mulher se torna mãe, especialmente se ela teve uma boa experiência de parto, tende a se descobrir mais confiante, mais feminina e mais conectada ao seu corpo.
Agora a hora da transa não é mais uma questão de escolha e sim de oportunidade: se o bebê dormiu ou se está com os avós, a chance precisa ser aproveitada. Neste sentido, o casal abre espaço para as deliciosas rapidinhas, para experimentar o sofá ou a cozinha ou para se estimularem de formas diferentes, buscando ativar e turbinar o adormecido desejo.
A falta de lubrificação típica do período pós-parto (em que há ausência da menstruação) pode ser resolvida com um bom lubrificante, a atenção às preliminares ajuda a relaxar. Os carinhos do parceiro (com a mulher e até com o bebê) tornam-se um afrodisíaco.  
É hora de derrubar o tabu de que mães não perseguem o orgasmo! Mesmo que demore a chegar e ofereça desafios, a consciência corporal, a maturidade e a vontade de explorar mais seu próprio corpo e de seu companheiro são ingredientes promissores para que a mulher se redescubra no sexo depois dos filhos, passando a transar com mais prazer, mais ousadia, mais liberdade e uma dose de confiança que só a maternidade é capaz de trazer.

Camila Goytacaz - mãe, jornalista e escritora escreve a convite da Vagisil.   

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