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terça-feira, 3 de maio de 2016

Níveis de monóxido de carbono e dióxido de enxofre na RMSP em 2015 foram os mais baixos da década




Relatório mostra que as chuvas contribuíram para que o inverno de 2015 fosse o mais favorável à dispersão de poluentes dos últimos 10 anos

Os níveis dos poluentes atmosféricos monóxido de carbono (CO) e dióxido de enxofre (SO2) registrados pela Cetesb na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em 2015, apesar da expansão da frota automotiva, estão entre os mais baixos da década. Também, ao longo do ano passado, observou-se que as concentrações médias de partículas inaláveis (MP10), tanto na RMSP como na maioria das estações da Companhia no Estado de São Paulo, foram inferiores às medidas em 2014. Estas e outras informações importantes se encontram no novo relatório anual de qualidade do ar disponibilizado no site da Cetesb.
O relatório mostra que o ano de 2015 foi chuvoso, e de maneira geral, as precipitações foram, na maior parte do tempo, superiores às médias climatológicas, o que contribuiu para que o inverno de 2015 possa ser considerado o mais favorável à dispersão de poluentes dos últimos dez anos, tendo influência nas concentrações de poluentes avaliados como o MP10, SO2 e CO.
Assim, como já mencionado, na RMSP, os níveis de CO e SO2 encontrados estão entre os mais baixos dos últimos 10 anos, apesar da expansão da frota de veículos, mostrando a eficácia dos diversos programas de controle adotados e a influência das condições meteorológicas. Também no ano passado, registrou-se concentração média anual de partículas inaláveis (MP10), na RMSP, de 31 microgramas/m³, sendo inferior à observada no ano anterior (36 microgramas/m³). Com relação a este poluente, as concentrações médias tendem à estabilidade nessa região, indicando que, mesmo com as emissões dos veículos novos cada vez mais baixas, essas são suficientes apenas para compensar o aumento da frota e o comprometimento das condições de tráfego.
As concentrações médias de MP10, na maioria das estações de monitoramento no estado, foram igualmente menores do que as observadas em 2014. Mesmo assim, em algumas estações da RMSP, do Interior e da Baixada Santista, houve ultrapassagens dos padrões de material particulado (MP).
A condição de maior pluviosidade durante o ano também não foi suficiente para evitar a ocorrência de episódios de altas concentrações de ozônio (O3), em alguns locais do estado, principalmente nos meses de janeiro, setembro e outubro.
Na RMSP, que apresenta alto potencial de formação desse poluente devido principalmente às emissões veiculares, foram registradas ultrapassagens do padrão estadual de oito horas (140 µg/m3) em 36 dias, contra 43 dias em 2014 e 13 dias em 2013. Não há uma tendência de comportamento definida para este poluente.
Na Baixada Santista e Interior do estado, houve ocorrências de ultrapassagem do padrão estadual de O3 na maioria das estações, exceto em Araçatuba, Araraquara e Presidente Prudente e nas estações de Marília, São José dos Campos-Jd. Satélite e Taubaté, que não monitoraram esse poluente durante todo o ano.
Em termos gerais, os níveis observados para diversos poluentes, em 2015, foram menores do que os do ano anterior, entretanto o estado de São Paulo ainda apresenta áreas, nas quais se inclui a RMSP, em que níveis de poluição para alguns poluentes não atendem aos padrões ambientais desejáveis para proteção da saúde humana e do meio ambiente.
Assim, visando ao controle da poluição atmosférica e à redução dos níveis observados, a Cetesb desenvolve uma série de programas e atividades, dentre as quais destacam-se o Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV), o Plano de Redução de Emissão de Fontes Estacionárias (PREFE), a fiscalização e controle das emissões industriais e o programa de fiscalização de fumaça dos veículos a diesel.
Além disto, de forma a aprimorar o diagnóstico ambiental no Estado, em 2015 foi iniciada a operação de seis novas estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar. Essas estações foram instaladas em Campinas-Taquaral, Campinas-Vila União, Guarulhos-Pimentas, São José dos Campos-Jardim Satélite, São José dos Campos-Vista Verde e Taubaté, que em conjunto com as existentes compõem a Rede Automática, totalizando 58 estações. Já a Rede Manual contou com 29 pontos de monitoramento.

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