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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Mães com múltiplas jornadas






Em 2016, no Brasil, a presença de mulheres em cargos de CEO aumentou de 5% a 11% em relação ao ano anterior, segundo pesquisa International Business Report (IBR)

A cada dia a mulher veem se destacando nas organizações, principalmente em cargos de alto escalão. A maternidade e a vida familiar já não são considerados empecilhos para o desenvolvimento da carreira. Conforme dados do Governo Federal, 40% dos lares brasileiros são comandados por mulheres. “Esses dados são um marco histórico na nossa sociedade porque mostram que tem diminuído a diferença salarial entre os gêneros”, afirma Neusa Pereira Bojikian, professora do curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina (FASM).

No Brasil, diferentemente de Estados Unidos, Papua-Nova Guiné e de outros países na Oceania, as mulheres têm o direito à licença maternidade sem qualquer prejuízo da respectiva remuneração, assegurado por lei (Artigo 7o, Constituição Brasileira de 1988).

Apesar da cláusula trabalhista representar um avanço e proporcionar ganhos à sociedade de um modo geral, garantindo o bem-estar físico e mental das mães e bebês, o período da licença acaba gerando custo adicional às empresas com a substituição das licenciadas e com isso possíveis indisposições em relação às mulheres, e isso ainda é um problema para as mulheres no mercado de trabalho, ressalta a professora.

A especialista destaca que mesmo com um avanço considerável, um dos problemas que as mulheres ainda enfrentam nas corporações é a falta de reconhecimento profissional. "Alguns colegas ou mesmo chefes acabam direcionando projetos de maior escopo para pessoas do sexo masculino”.  

Fazendo um balanço, a professora destaca que mesmo com existência de dificuldades, a mudança de comportamento na sociedade deu origem as mães que são profissionais dedicadas e que encaram as múltiplas jornadas primeiramente por necessidade financeira ou motivadas à construção de uma carreira profissional repleta de conquistas. “Com isso, essas mulheres se tornam mais engajadas, produtivas e acabam conciliando relativamente bem a vida profissional e a maternidade” - afirma a coordenadora.

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