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terça-feira, 17 de maio de 2022

Figura do ‘Professor Robô’ derruba qualidade do ensino superior online; especialista comenta

Freepik
Dados do INEP mostram que pela primeira vez na história as matrículas no ensino superior via internet superaram as do ensino presencial no Brasil. Entre os novos universitários, mais de 2 milhões (53,4%) optaram por cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%), pelos presenciais. O especialista em educação e internet, Alfredo Freitas, que tem 20 anos de experiência, comenta que é preciso atenção para não apostar em cursos online de baixíssima qualidade.

 

O ensino via internet é uma realidade irreversível no Brasil e no mundo e deve ganhar um novo impulso no futuro próximo devido a pandemia. É o que afirma Alfredo Freitas, que é diretor da Universidade americana, Ambra University, e especialista em educação e internet há 20 anos. O especialista alerta para a qualidade do ensino superior online que, muitas vezes, é comprometida com o que ele chama de ‘professor robô”.
 

“Acredito que os novos universitários devem estar atentos à qualidade dos cursos superiores online que se matriculam. É preciso observar se haverá contato com feedbacks dos professores e a quantidade de alunos por turma. Há um ‘boom’ de instituições de ensino superior que chegam a colocar mais de 100 alunos por turma e isso faz com que o professor seja comparável a um robô. Não há qualidade de ensino que se sustente nesse cenário”, afirma o especialista.
 

Para Freitas, mais digitalmente adaptados, os estudantes passarão a distinguir mais entre as instituições de ensino superior que apostam na massificação da proposta de aprendizagem e aquelas que priorizam a qualidade do ensino. 
 

“A diferença essencial entre um curso de excelência para cursos de diplomação massiva é que, na excelência, os professores, treinados e qualificados, oferecem contato individualizado e apresentam constantemente feedbacks a cada estudante garantindo, que cada um realmente tenha alcançado os objetivos traçados por cada professor em cada disciplina. Sem esse contato entre professor-aluno, dificilmente haverá aprendizado satisfatório”, alerta.
 

 

Custo Humano nas Universidades
 

Para Freitas, universidades presenciais e online com mensalidade muito baixa, usualmente, sobrecarregam professores com turmas muito lotadas e oferecem curso superior ‘de massa’. Segundo ele, pode-se oferecer cursos presenciais e online com turmas de 20 alunos com um professor capaz de fazer uma avaliação e acompanhamento individualizado, porém, existem universidades que inserem um número muito maior de alunos por turma.
 

“O que é recorrente e realmente significativo em educação é o custo de pessoas e por isso temos instituições presenciais que conseguem operar com mensalidades de R 250 e outras que precisam operar com mensalidades de R 2000 ou mais. Não é porque o prédio daquela com mensalidade menor é um prédio muito pior, mas sim porque as universidades que investem mais em professores, garante tempo para acompanhamento, supervisão, avaliação, conversas e feedback aos estudantes tendem a cobrar mais por isso”, explica Freitas.
 

Segundo o especialista, existem instituições que operam com a figura do ‘professor robô’ em que o docente é um mero expositor. “Não há troca, não há diálogo, não há acompanhamento individualizado. Logo, o que temos é um ensino com muito menor qualidade. Quando se fala em formação superior, as pessoas, usualmente, estão buscando conhecimento além do diploma. Isso deve ser considerado na hora de se matricular em qualquer instituição”, afirma Alfredo Freitas.
 

Para o especialista, professores, orientadores educacionais, supervisores, gestores de professores, equipe multidisciplinar, todos fazem parte de um grande investimento institucional pró qualidade do ensino. “São estas equipes que darão suporte e supervisão para que o ensino seja de qualidade. Quanto mais qualificados são estes profissionais, mais a instituição deverá investir para retê-los em seus quadros funcionais. Isso é repassado no valor da mensalidade paga”, afirma Freitas.
 

O especialista repercute que no ensino remoto também existem instituições que fazem uso da tecnologia para massificar seu processo de ensino. “Com a possibilidade de se ter um só professor com um número infinito de alunos conectados a ele, grande parte das instituições online não estão pensando na qualidade, mas sim na quantidade.
 

 

Alfredo Freitas - pós-graduado em ‘Project Management’ pela Sheridan College no Canadá, graduado em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela Universidade de Brasília. O renomado profissional tem 20 anos de experiência em Tecnologia e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education (Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com histórico de revalidação de diplomas no Brasil.


Freelancer: Como conseguir crédito sem registro em carteira?


O trabalho freelance se tornou uma alternativa promissora para muitos profissionais durante a pandemia. Diante da flexibilidade na contratação, muitas empresas aderiram a este tipo de prestação de serviço. Além disso, o famoso ‘freela’ já fazia parte de algumas profissões, como jornalismo, marketing digital e designer gráfico, por exemplo, como um trabalho extra.

Existem inúmeros motivos para se tornar um profissional freelancer, como flexibilidade na rotina, encaixar com outras atividades, poder trabalhar de qualquer lugar (na maioria das vezes) e até a possibilidade de remuneração melhor. Contudo, algumas coisas, como as soluções de crédito, por exemplo, têm o acesso mais complicado para quem não tem um trabalho formal e registro em carteira. 

Pensando nisso, Andrea Avedissian, brand manager da Zippi, fintech que oferece cartão de crédito com fatura semanal para autônomos, listou X dicas para que freelancers tenham mais facilidade no acesso às soluções de crédito.

Confira:
 

1- Considere aderir ao Open Banking

O Open Banking, capitaneado pelo Banco Central, já é uma realidade no Brasil. O mecanismo de compartilhamento de informações e dados entre instituições bancárias e clientes traz uma série de facilidades à população, como, por exemplo, a possibilidade de usar a tecnologia para aumentar o limite do cartão de crédito com apenas alguns cliques. Todo o processo é bem simples e funciona da seguinte forma: caso você seja cliente de uma instituição bancária há muitos anos e tenha um bom histórico de pagamento, pode facilmente autorizar que outra instituição do seu interesse tenha acesso a esses dados para poder te fornecer um limite alto baseado nas informações disponíveis sobre você no sistema. Além disso, a sua antiga instituição poderá tentar cobrir a proposta do novo banco e lhe fornecer ainda mais benefícios.
 

2- Pesquise soluções alternativas

Nem sempre os grandes bancos terão as soluções mais viáveis para o trabalhador freelancer. Hoje em dia, com a ascensão das fintechs, startups de serviços financeiros, existem diversas outras possibilidades. A Zippi, por exemplo, oferece limite no pix do usuário, com pagamento semanal. É importante saber o que se encaixa melhor na sua realidade e procurar uma empresa que ofereça a melhor solução pra você, em vez de insistir nos bancos tradicionais, por exemplo.

 

3- Entenda como funciona o Score

Para manter seu Score em níveis altos, é muito importante manter as contas em dia, não só as faturas de cartão de crédito, como também as contas de consumo como água e energia elétrica. Usar a antecipação do 13º salário para quitar dívidas e evitar o pagamento mínimo do cartão também ajudam a ter uma boa pontuação. Para quem é MEI, é importante manter as contas e impostos da empresa em dia também, pois, neste caso, a pessoa jurídica afeta a pessoa física.


segunda-feira, 16 de maio de 2022

DESENHO RECEBIDO EM DOAÇÃO DE 1 EURO PARA UMA ORGANIZAÇÃO DE ASSISTÊNCIA A FAMÍLIAS NO PERU

Com o tema “Vamos descobrir a natureza - no ar”, a empresa convida crianças de todo o mundo a transformarem seus trabalhos artísticos em doações

   

Com o tema “Vamos descobrir a natureza – no ar”, a STAEDTLER anuncia mais uma edição do Dia Mundial das Cores Solidárias, celebrado no dia 6 de maio, convidando crianças de 3 a 12 anos a observar e desenhar o meio ambiente a sua volta.

A multinacional alemã de produtos de papelaria e escrita lançou a campanha em 2008 como um estímulo ao espírito explorador e criativo, transformando a arte de crianças em doações.

Para cada desenho recebido, a STAEDTLER doará 1 euro para a ONG infantil Plan International Germany. Neste ano, as doações serão entregues para o projeto no Peru, Allin Mikuna - alimentando crianças de forma saudável. O projeto ajuda as famílias locais a garantir uma alimentação saudável. Na edição de  2021 foram arrecados mais de 30 mil euros.

“O tema deste ano incentiva os pequenos a saírem de casa, vivenciarem experiências ao ar livre, treinando a observação e estimulando sua criatividade para retratar o habitat do ar”, explicou Juliana Rett, Marketing Manager da STAEDTLER Brasil.

Os desenhos podem ser enviados de qualquer lugar do mundo, pelo correio ou diretamente pelo site da empresa, até o dia 30 de junho.

Para mais informações sobre o Dia Mundial das Cores Solidárias 2022, clique aqui.



Hipertensão: doença que afeta mais de 30 milhões de brasileiros deve crescer nos próximos anos

Pandemia é uma das principais responsáveis por esse aumento  

 

Doença que atinge mais de 30 milhões de brasileiros, a Hipertensão é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) -- acima de 140/90mmHg. Em pleno crescimento, a enfermidade, que é uma das comorbidades da Covid-19, foi uma das que mais cresceu no período pandêmico (37%) e deve afetar mais pessoas nos próximos anos.

“Sem dúvida veremos um aumento dos casos de hipertensão arterial no Brasil e no mundo após a pandemia, pois tivemos aumento dos casos de obesidades e sedentários”, explica Edilberto Castilho, cardiologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. A doença pode acarretar em morte súbita, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal crônica.

A hipertensão raramente apresenta sintomas, mas nos casos em que acontecem, os mais comuns são dor de cabeça, tonturas, zumbidos no ouvido, dor no peito e falta de ar. Já os fatores de risco relacionados à enfermidade são: cigarro, álcool, ingestão de alimentos com muito sal, frituras, sedentarismo e obesidade.

“A prevalência da HAS (hipertensão arterial sistêmica) na população varia de 22% a 44%, com mais de 50% entre 60 e 69 anos e 75% acima de 70 anos. Idade, etnia (mais frequente em afrodescendentes), sexo (até 50 anos de idade, mais comum em homens) também são fatores de risco”, diz Ricardo Rienzo, clínico-geral do Hospital Santa Catarina -- Paulista.

No mundo, a hipertensão afeta mais de um bilhão de pacientes e mata mais de 10 milhões. Para mudar a situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) almejava reduzir em 25% as mortes até 2025. No entanto, a pandemia complicou o objetivo, que deve ser revisto nos próximos anos. “Após esses 2 anos de pandemia, acho difícil conseguirmos atingir essa redução de mortes até 2025 como estabelecido pela OMS. Provavelmente esse objetivo será reavaliado. Muitas pessoas perderam o seguimento médico, deixaram de praticar atividade física, não fizeram os exames de rotina, aumentando as complicações”, afirma o cardiologista do Santa Catarina.

“Apesar da mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumentar progressivamente com a elevação da PA a partir de 115 x 75 mmHg, define-se um paciente como hipertenso quando a pressão arterial sistólica for maior ou igual 140 mmHg ou pressão arterial diastólica maior ou igual 90 mmHg em duas ou mais consultas, ou se o paciente já está em uso de anti-hipertensivos. Esse conceito é importante, pois é muito comum as pessoas serem rotuladas como portadoras de pressão elevada com apenas uma medida isolada de pressão. Para o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento, é necessário mais de uma medida, em momentos diferentes e em condições adequadas”, explica o clínico do Santa Catarina.

O tratamento da doença pode ser feito tanto por via medicamentosa ou não medicamentosa. Na segunda opção, o paciente é instruído a mudar o estilo de vida, ou seja, praticar atividade física, evitar bebidas alcóolicas, refrigerantes, frituras e alimentos com muito sal. Além disso, é recomendado diminuir a quantidade de carne vermelha e doces.

 

Um em cada três idosos reclama de tombos após os 65 anos

Quedas na terceira idade são comuns, mas não são normais; manter-se ativo previne o desequilíbrio, explica profissional de Educação Física   

 

De acordo com projeções realizadas pelo Ministério da Saúde, o Brasil será a quinta população mais idosa do mundo em 2030, demandando políticas públicas adequadas com antecedência para o bem-estar dessa população. Com o envelhecimento da sociedade, os riscos de cair podem aumentar em razão de múltiplos fatores, desde os desajustes cognitivos até problemas respiratórios. Para os profissionais da saúde, quando um idoso cai, é importante a investigação da causa, uma vez que o evento sinaliza o início de fragilidade ou doença.    

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um em cada três idosos com mais de 65 anos cai, com 5% deles sofrendo fraturas ou necessitando de internação. A coordenadora do curso de Enfermagem do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Mauryane Lopes, explica que a fraqueza muscular, baixa aptidão física e danos cognitivos são as principais causas de quedas de idosos. “A prevenção deve ser contínua em razão da variedade de fatores que as predispõem. Entretanto, é preciso investigarmos essas possibilidades e oferecer o melhor tratamento para o idoso. Por exemplo, alguns casos de perda da visão ou audição, deformidade nos pés, déficit nutricional, perda de massa e forças musculares são frequentemente considerados. Além destes, também é possível observar a preexistência de doenças cardíacas e neurológicas”, explica Mauryane.    

Para a coordenadora do curso de Educação Física do Centro Universitário, Thanandra Rocha, manter-se ativo é uma boa estratégia a fim de reduzir os impactos do processo de envelhecimento, promovendo mais equilíbrio, resistência física e evitando o aparecimento de doenças que afetam a qualidade de vida do paciente de forma grave. “Manter-se ativo e praticar atividades físicas preservam a capacidade funcional e ampliam o bom funcionamento motor dos pacientes. É importante que, antes de qualquer início de exercício, o indivíduo procure um médico para exames prévios e orientações mais especializadas. Então, é possível a realização de práticas mais ajustadas à particularidade de cada um, promovendo a redução dos impactos do processo de envelhecimento, além do desenvolvimento de musculatura mais forte para a proteção contra fraturas e perdas cognitivas”, finaliza a especialista.    

Como ponto de partida, é importante que os cuidadores e familiares dos idosos compreendam os riscos e a importância do acompanhamento multidisciplinar para a promoção de saúde. Para tanto, consulta com nutricionista, fisioterapeuta e psicólogos trazem benefícios que impactam a interação com as outras especialidades. Desta forma, a UNINASSAU Teresina, por meio da Clínica-Escola Integrada, oferta atendimento psicológico na unidade. Os interessados podem agendar o acompanhamento pelo número (86) 99987-5239. A Clínica está localizada no prédio do Centro Universitário, Av. Jóquei Clube, nº 710. 

 

Transtornos alimentares: pandemia aumentou os casos em 48%


Mulheres jovens são maioria dos pacientes, alerta a nutricionista Larissa Cerqueira
 

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 5% dos brasileiros sofrem com algum tipo de distúrbio alimentar, podendo chegar a 10% na adolescência. Doenças relacionadas à alimentação podem gerar consequências para a saúde psiquiátrica, fator agravante no contexto pandêmico e pós pandêmico. 

Uma pesquisa, analisada pelo International Journal of Eating Disorders apontou que durante a pandemia houve um aumento de 48% nas admissões hospitalares relacionadas a transtornos alimentares. A profissional Larissa Cerqueira explica a ligação entre este contexto e o desenvolvimento desse tipo de distúrbio. “As pessoas intensificaram suas características ansiosas e o distanciamento parece ter precipitado episódios de compulsão alimentar. A sensação de falta de controle em relação a esse comportamento é um dos parâmetros para o diagnóstico, assim como pode estar atrelado a um desejo inconsciente de preencher um vazio emocional’, diz a nutricionista. 

Vários comportamentos durante a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus foram considerados potenciais fatores de risco para o desenvolvimento de distúrbios alimentares. Estudos associam estresse e sintomas de ansiedade à maior ocorrência de comportamentos prejudiciais à saúde alimentícia e de controle de peso. Insegurança alimentar, sintomas depressivos elevados e dificuldades financeiras foram os principais fatores relacionados a maiores chances de compulsão por alimentos.

Além disso, passar muito tempo em casa trouxe mais um problema: o uso constante das redes sociais. A presença online desmedida pode ser prejudicial de diversas formas e, nas palavras de Larissa Cerqueira, é uma fonte frequente de exposição de corpos definidos, atléticos e magros com requintes de gordofobia, porém com enorme estímulo ao consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos. “Toda essa confusão associada à redução expressiva da atividade física e o medo do contágio afetaram o padrão alimentar e a saúde mental de forma geral”, completa a médica. 

É importante ressaltar que a má relação com a comida causa doenças de grande complexidade e o tratamento não tem um prazo específico para ser finalizado, uma vez que envolve não só questões físicas, mas principalmente mentais. Os primeiros sinais podem ser observados por amigos, pela família ou pela pessoa adoecida, mas o diagnóstico deve ser realizado por um profissional e o tratamento iniciado o quanto antes.


80% dos atendimentos em pronto-socorro poderiam ser evitados

O monitoramento de doenças de forma profilática pode eliminar a espera tanto no SUS quanto nos hospitais particulares 

 

Dados do Ministério da Saúde indicam que mais de 80% dos atendimentos realizados nas emergências podem - e devem - ser evitados, para que casos realmente graves sejam atendidos com mais agilidade e chances de recuperação. Em teoria, a solução para o problema seria o bom funcionamento do sistema de Atenção Primária à Saúde (APS), responsável pelo atendimento inicial, abrangente e acessível à população. Mas, na prática, o cenário segue desafiador: emergências lotadas, fluxos complicados de triagem e experiência negativa do paciente, seja no sistema público, seja no sistema particular.

“Em todas as esferas enfrentamos uma deficiência na execução da Atenção Primária à Saúde. Isso faz com que o cidadão não confie no processo e, na dúvida, busque os pronto-socorros”, avalia Henrique Mendes, sócio-fundador da startup brasileira Global Health Monitor (GHM), que desenvolve tecnologias de gestão inteligente para a área da saúde.

Ele explica que o termo APS foi designado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que ainda elenca outros dois níveis de atendimento: o secundário e o terciário. “A APS foca na prevenção, ou seja, na realização de exames e consultas de rotina de forma a monitorar a saúde do cidadão e assim reduzir o risco de doenças. Porém, diante dos gargalos que acontecem diariamente nas emergências país afora, o mercado está se encarregando de desenvolver soluções que auxiliem nessa gestão”, conta ele.

A tecnologia de rastreamento de doenças por contact tracing desenvolvida pela GHM é um exemplo desse movimento. Implementado em algumas cidades do Brasil, o aplicativo da marca demonstrou eficácia durante a pandemia do novo coronavírus e o projeto agora é transbordar os bons resultados para outras necessidades na área da saúde em geral.

“Além de monitorar possíveis contágios, a tecnologia desenvolvida pela GHM permite a autoavaliação de sintomas a partir de um sistema que conta com chancela e orientação médica automatizada. Trata-se de uma solução com aplicabilidade em várias áreas, desde o cruzamento de sintomas até o monitoramento de outras epidemias e endemias, como a dengue”, descreve Mendes.

Desenvolvido em 2021, em parceria do time de infectologistas do Instituto Butantan, o aplicativo GHM passou monitorou a Covid-19 em cidades paulistas como Araraquara, Santos, Serrana e Taquaritinga. “O mais interessante é que o rastreamento acontece por geoprocessamento, de forma totalmente anônima e respeitando a privacidade. O uso de dados é parecido com os apps de trânsito, sem nenhuma exposição do usuário”, explica Adam San Barão, CTO da startup.

Os sócios acreditam que a utilização de aplicativos como o da GHM passe a apoiar a importante atuação dos agentes de Atenção Primária à Saúde, que seguem sendo o grande trunfo da eliminação das filas nas emergências. “Quanto maior for o número de pessoas conectadas ao monitoramento digital, tendo acesso a informações corretas e sendo encaminhadas para o nível certo de atendimento, menores serão as filas nos prontos socorros. E é para isso que estamos trabalhando”, finaliza Barão.

A solução de monitoramento via geolocalização desenvolvida pela GHM já conta com o apoio do CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o programa Startup With IBM (da IBM), a HiLab (Health Tec de Curitiba), EZOK e a Ninho Digital.

 

Anti-hipertensivos ocupam 9° lugar na lista de medicamentos mais vendidos no 1° trimestre de 2022, aponta Farmácias APP

Vendas da categoria tiveram aumento de 8,68% nas farmácias, em comparação com o ano passado

 

Com foco no combate às baixas taxas de conscientização e no fornecimento de métodos precisos de prevenção e tratamento da pressão arterial, dia 17 de maio é celebrado o Dia Mundial da Hipertensão. Segundo o Farmácias APP, aplicativo de vendas online de saúde e beleza, no primeiro trimestre deste ano, medicamentos de combate a essa enfermidade cresceram 8,68% em faturamento, quando comparado ao mesmo período no ano passado. 

Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial é uma doença silenciosa muito comum entre a população brasileira. No ranking de medicamentos mais vendidos para tratar a doença, anti-hipertensivos ocuparam o 9° lugar no primeiro trimestre do ano, representando 7,52% do top 10. Ao avaliar os resultados nacionalmente, no período entre janeiro de 2021 e março de 2022, o mês de março apresentou o maior índice de vendas, com um faturamento de 7,49%, enquanto em fevereiro do ano anterior as vendas totalizaram apenas 5,94%. 

“O crescente número de casos de sobrepeso, rotinas de trabalho exaustivas, excesso de estresse e ansiedade e má qualidade do sono são aspectos intimamente relacionados ao aumento da pressão arterial e desenvolvimento da doença hipertensiva”, explica o cardiologista e médico do esporte, Dr. Carlos Portela. 

Por cidades, São Paulo foi líder de vendas em medicamentos anti-hipertensivos, representando 23,6% do faturamento da categoria. Em seguida, Rio de Janeiro com 11,4%, Minas Gerais com 10,7%, Paraná com 7,1%, Rio Grande do Sul com 6,5% e, por último, a Bahia com 5,3%. Por região, o Sudeste é o local com o maior número de compras, responsável por 47,8% do faturamento desses medicamentos. Logo após, o Nordeste aparece em segundo lugar com 20,7%, seguido do Sul com 17,6%, Centro-Oeste com 9,0% e, por fim, a região norte com 4,9%. 

Segundo o levantamento, Aradois, Losartana N.Q, Losartana EMS, Losartana MD7, Diovan HCT, Diovan Amplo Fix, Diovan, Losartana ACH, Losartana TTB e Enalapril TTB foram, respectivamente, os medicamentos mais vendidos para tratamento de hipertensão arterial no mês de março este ano. Vale ressaltar que a prescrição médica pode ser necessária para adquirir estes medicamentos. 

“Por se tratar de uma doença silenciosa, boa parte dos hipertensos acabam descobrindo a condição após muito tempo do desenvolvimento da doença. O tratamento passa por vários aspectos e orientações. Quando diagnosticada em fases iniciais a reversão da doença é possível. Por isso, a importância das avaliações periódicas com o cardiologista”, recomenda o Doutor.

 

 

Farmácias APP

https://www.farmaciasapp.com.br/

 

Dr. Carlos Portela – Médico Cardiologista e Médico do Esporte, formado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), tendo cursado especialização, pós-graduação e mestrado na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Com 10 anos de atuação na medicina, Carlos Portela é atua na área de Cardiologia e Medicina do Esporte, além de ser idealizador do Programa Saúde de Precisão.

 

Diagnóstico Precoce: Casa Ronald McDonald ABC aponta quais são os principais sintomas do câncer infantojuvenil

Instituição, que oferece apoio integral às crianças, adolescentes acometidos pelo câncer, comemora 15 anos em junho com festa para arrecadar fundos. Ingressos podem ser adquiridos na Recepção da Casa Ronald McDonald ABC ou pelo telefone (11) 96331-4015


O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm, em comum, a proliferação descontrolada de células anormais que podem ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, a doença na criança e no adolescente, geralmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, mas, por serem predominantemente de natureza embrionária, costumam ter uma melhor resposta aos tratamentos atuais. Mesmo com essa tendência positiva aos procedimentos, o diagnóstico precoce é a forma mais segura de garantir o sucesso contra a doença.

Pensando nisso, a Casa Ronald McDonald ABC, que há 15 anos oferece apoio integral às crianças e aos adolescentes acometidos pelo câncer e suas famílias, listou os principais sintomas para que pais, familiares e outras pessoas que convivem com a criança possam ficar atentos.

“Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Mas, nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 64% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados”, explica Rosemeiri Silva, supervisora da Casa Ronald McDonald ABC.

De acordo com a experiência da instituição e médicos parceiros, os principais sintomas que podem ajudar em um diagnóstico precoce são:

·         Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea;

·         Caroços ou inchaços – especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção;

·         Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna;

·         Alterações oculares – pupila branca, estrabismo de inicio recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos;

·         Inchaço abdominal;

·         Dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias);

·         Dor em membro ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção;

“Todos esses sintomas são facilmente percebíveis para todos que convivem com a criança ou adolescente, mas o mais importante recado aos pais é: esteja sempre atento a mudanças no comportamento dos filhos, este pode ser o primeiro sintoma”, completa Rosemeiri.

Como importante player na luta contra o câncer infantojuvenil, a Casa Ronald McDonald ABC realiza diversas ações de conscientização. Uma delas, foi um vídeo disponibilizado no dia 15 de fevereiro, Dia Mundial da Luta contra o Câncer Infantil, em que o Dr. Jairo Cartum, parceiro da instituição, fala um pouco sobre a importância do diagnóstico precoce. O vídeo está disponivel nas redes sociais da instituição (https://www.instagram.com/p/CaAs7zTpPKu/). Além deste vídeo, a Casa conta com diversos depoimentos de pais que passaram pela instituição como a mãe do João Miguel, que teve o mesmo tipo de câncer da filha do Thiago Leifert, divulgado no início do ano. (https://www.instagram.com/p/CaKQEn1jwt7).

Mais informações sobre Diagnóstico Precoce podem ser encontradas no site do Instituto Nacional do Câncer:

·         https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/diagnostico-precoce-do-cancer-na-crianca-e-no-adolescente

·         https://www.inca.gov.br/en/node/297

 

Sobre a festa

Data: 09 de junho de 2022

Horário: 20hrs

Ingressos: R$ 150,00

Pontos de venda: Recepção da Casa Ronald McDonald ABC (Av. Príncipe de Gales, 821 - Vila Principe de Gales, Santo André) ou pelo telefone: (11) 963314015.


Maio Roxo alerta sobre as doenças inflamatórias intestinais

Estudos, segundo a nutricionista Karla Lacerda, pós-graduada em Nutrição Funcional, apontam que a doença pode ter origem hereditária e o controle aos sintomas pode ser feito com dieta adequada

 

As atividades do Maio Roxo têm como ponto central o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), no dia 19, data que chama atenção da sociedade na busca de promover diálogo e soluções para qualidade de vida das pessoas que convivem com alguma destas doenças. 

A nutricionista Karla Lacerda, pós-graduada em Nutrição Funcional que também responde pela Diretoria Científica do motor de processamento de exames da startup CalcLab, explica que a campanha busca visibilidade sobre as doenças intestinais para estimular autoridades e profissionais de saúde a agir e prestar o devido apoio. 

Organizações de pacientes que representam mais de 50 países em 5 continentes lideram a campanha que teve seu início em 2010 e hoje traz voz para as 10 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com doença inflamatória intestinal. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), com base nos dados do DataSUS, no país, têm observado de 2012 a 2020 o aumento dos casos, sendo as mais comuns: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Foram analisadas informações de 212.026 pacientes de ambos os sexos, sendo 140.705 com doença de Crohn e 92.326 com retocolite ulcerativa. 

A SBPC ainda alerta que o registro de novos casos, subiu de 9,41 por 100 mil habitantes em 2012 para 9,57 por 100 mil habitantes em 2020, uma variação anual média de 0,80%. A prevalência, que é a soma dos casos, passou de 30,01 por 100 mil habitantes para 100,13 por 100 mil habitantes no mesmo período, uma variação média de 14,87% por ano. 

Karla explica que a DII, incluindo Crohn (CD) e colite ulcerativa (UC), é um grupo de doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal, não tem cura e tem causa desconhecida. A inflamação recorrente e crônica da parede intestinal está relacionada a fatores genéticos, ambientais, microbianos, imunológicos e apresentam sintomas como dor abdominal, diarreia, febre, sangue nas fezes, fadiga, perda de apetite, perda de peso, úlceras na boca, anemia ou intolerâncias alimentares, segundo a literatura médica. 

“Existe uma possível predisposição genética para o aparecimento da doença e uma tendência a ter mais frequência em membros de famílias em que já se registaram casos anteriores”, porém, diz a nutricionista, a DII pode ser o resultado de um sistema imunológico anômalo. O mau funcionamento do sistema se manifesta ao tentar combater um vírus ou bactérias invasoras, gerando uma resposta imune inabitual que faz com que as células do trato digestivo também sejam atacadas. 

“Quando funciona adequadamente, a imunidade ataca esses organismos estranhos para proteção do corpo, mas na presença dessa doença, o sistema imunológico reage incorretamente aos gatilhos ambientais que causam inflamação do trato gastrointestinal”, afirma Karla. 

Tendo em vista o histórico familiar de DII, possivelmente as pessoas têm maior probabilidade de ter herdado essa resposta imunológica inadequada e não a doença em si. 

A nutricionista esclarece que a dieta, o estresse, carência de zinco, vitaminas D e A, parasitoses, infecções, etilismo, alergias alimentares, obesidade, metais tóxicos e toxinas ambientais podem ativar os genes que levam à doença e podem agravar os sintomas de DII, apesar de não serem causadores dessa condição.

Karla vai além: a nutrição, no entanto, tem um papel fundamental nesse quadro, pois com a remoção de alérgenos, inclusive glúten e lácteos, a redução de gorduras saturadas e o ajuste da desnutrição com uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, de nutrientes como vitaminas e minerais, especialmente a vitamina D ajudam a potencializar e modular a saúde do intestino e sua microbiota. 

A ocidentalização da dieta, que inclui déficits de vitaminas, aumento da ingestão de alimentos ricos em gordura e açúcar e menor consumo de fibras e frutas resulta em crescente incidência das DII, que são frequentemente associadas a distúrbios nutricionais significativos. “Com a nutrição, é possível aplicar uma alimentação equilibrada e para cada momento da doença. Torna-se imprescindível inserir nutrientes de todos os grupos, de forma ajustada aos sinais e sintomas para recuperar o peso, manter um bom estado nutricional e impedir que a microbiota intestinal seja prejudicada”. 

A prevenção com uma alimentação adequada pode amenizar os sintomas evitando: gorduras industrializadas, leite e derivados, açúcar, alimentos que aumentam a produção de gases (como couve-flor, alho, feijão, repolho e batata doce), cafeína, álcool, sorbitol, alimentos picantes ou com muitos conservantes, chicletes e balas. 

De acordo com Karla, hábitos como atividade física, técnicas de relaxamento e terapia também são encorajados visto que corpo e mente estão relacionados e a tensão emocional pode influir no curso da Doença. “Conflitos emocionais ocasionalmente precedem a recidiva ou o diagnóstico de uma DII”. 

Para o diagnóstico, os médicos utilizam um conjunto de evidências a partir de achados clínicos que incluem os sinais e sintomas, exames sanguíneos, de fezes, endoscópicos, de imagem e uma combinação de endoscopia (para a doença de Crohn) ou colonoscopia (para a colite ulcerosa), estudos de imagem, como radiografia de contraste, imagem por ressonância magnética ou tomografia computadorizada, às vezes, até histopatológicos para que o especialista confirme a enfermidade e inicie o tratamento. 

“A dieta é o elemento determinante para o desenvolvimento saudável da microbiota intestinal e seu perfil bacteriano. Atualmente, a maioria das doenças podem ter relação direta com o padrão alimentar. Por isso, busque sempre orientação profissional e auxílio médico ao aparecer qualquer sinal ou sintoma”, finalizou a nutricionista.


Karla Lacerda - idealizadora do CalcLab, nutricionista pós-graduada em Nutrição Funcional e ainda responde pela Diretoria Científica do motor de processamento de exames do CalcLab.


Drogas senolíticas podem aumentar a proteína protetora contra certas doenças e aspectos do envelhecimento

 

Pesquisadores da Mayo Clinic dizem que as drogas senolíticas podem aumentar uma proteína-chave no corpo que protege os idosos contra aspectos do envelhecimento e uma série de doenças. Suas descobertas, publicadas na eBioMedicine, demonstram isso em estudos com camundongos e humanos. 

Senolíticos desenvolvidos na Mayo Clinic limpam da corrente sanguínea células senescentes ou "zumbis", que contribuem para múltiplas doenças e aspectos negativos do envelhecimento. O estudo mostra que a remoção de células senescentes aumenta significativamente a produção de uma proteína protetora chamada α-Klotho. 

"Mostramos que existe um caminho para uma abordagem de pequenas moléculas oralmente ativas para aumentar essa proteína benéfica e também para amplificar a ação de drogas senolíticas", diz James Kirkland, MD, Ph.D., internista da Mayo Clinic e sênior autor do estudo. 

Os pesquisadores mostraram pela primeira vez que as células senescentes diminuem os níveis de α-Klotho em três tipos de células humanas: células endoteliais da veia umbilical, células renais e células cerebrais. Eles também demonstraram por meio do uso do desatinibe senolítico mais quercitina em três tipos de camundongos que a α-Klotho foi aumentada. Eles também mostraram que, após a administração de desatinibe mais quercitina em participantes de ensaios clínicos com fibrose pulmonar idiopática, α-Klotho também aumentou. 

A proteína α-Klotho é importante para manter uma boa saúde, pois tende a diminuir com a idade e, especialmente, diminui em várias doenças, incluindo Alzheimer, diabetes e doenças renais. Estudos em animais mostraram que a diminuição de α-Klotho em camundongos diminui o tempo de vida e o aumento de α-Klotho em camundongos, inserindo um gene que causa sua produção, aumentando o tempo de vida em 30%. 

Descobrir maneiras de aumentar α-Klotho em humanos tem sido um importante objetivo de pesquisa, mas isso tem sido difícil devido ao seu tamanho e instabilidade. Introduzi-lo diretamente é problemático, pois teria que ser administrado em uma veia em vez de via oral. 

Este estudo mostra que os senolíticos, que podem ser administrados por via oral, aumentam o α-Klotho em humanos com fibrose pulmonar idiopática, uma doença associada à senescência que leva à fragilidade, graves dificuldades respiratórias e morte. 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). 


Fonte: Yi Zhu et al, Orally-active, clinically-translatable senolytics restore α-Klotho in mice and humans, eBioMedicine (2022).

 

Anvisa precisa manter proibição aos cigarros eletrônicos, alerta oncologista

O médico Ramon de Mello afirma que o produto tem substâncias cancerígenas

 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está na fase de Tomada Pública de Subsídios para receber informações técnicas a respeito dos cigarros eletrônicos. Em 2009, a agência publicou resolução proibindo o produto, mas o processo agora passa por discussão e atualização de informações técnicas. 

“Não há dúvidas de que a proibição deve ser mantida. Qualquer tipo de consumo de tabaco, mesmo por cigarros eletrônicos, é extremamente prejudicial à saúde”, alerta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

Denominados como vapers, os cigarros eletrônicos trazem substâncias cancerígenas como acetona, etilenoglico, formaldeído, entre outros elementos nocivos ao organismo. “Os jovens são atraídos para um produto que consideram erroneamente livre de prejuízos à saúde. Vários estudos já comprovaram os males desses cigarros”, destaca Ramon de Mello. 

Pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o tabaco lidera as causas de mortes evitáveis em todo o mundo, respondendo por mais de 60% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). “Entre elas, 30% desses óbitos são de pacientes com algum tipo de câncer como aqueles que afetam pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, entre outros”, afirma o oncologista. 

Ramon de Mello ressalta que os fumantes têm 15 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão, por exemplo, do que as pessoas que nunca fumaram: “O tabagismo é devastador para a saúde”. 

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

https://ramondemello.com.br/


Salto alto dá varizes: mito ou verdade?


Existem muitas dúvidas sobre se o uso contínuo de salto alto pode ocasionar varizes e de que forma evitá-las. No senso comum, esse tipo de sapato pode ser um inimigo para manter a saúde das pernas em dia, mas, na verdade, não é bem assim. 

O uso de salto em si não irá gerar varizes, mas sim, ele favorece o surgimento delas. Algo que muitas pessoas não sabem, é que na panturrilha temos uma bomba muscular que funciona como um segundo coração do corpo. Ela é a responsável por bombear de volta para o coração e pulmões o sangue venoso, enviado para a parte inferior do corpo, tendo assim extrema importância no sistema circulatório. 

Ao usar salto alto, pelo formato desse calçado, a panturrilha fica contraída, dificultando a circulação sanguínea, já que a musculatura da perna se enrijece, e, com isso, o bombeamento de sangue pelas veias se reduz, o que ocasiona uma retenção maior do volume sanguíneo nos membros inferiores, que pode sobrecarregar as veias e favorecer o surgimento do quadro de varizes. 

Atente-se ao termo favorecer, porque é isso que o uso de salto contínuo faz, ele favorece, mas não é o agente causador em si. As varizes são decorrentes de uma predisposição familiar, e de outros fatores e hábitos, como sedentarismo, obesidade e uso de hormônios. Para quem já tem um perfil que se encaixa nesses quadros, o uso de salto alto frequentemente pode ser ainda mais arriscado, e o gatilho para ocasionar as varizes. 

Em relação à prevenção, o ideal é evitar usar continuamente sapatos muito altos, e variar entre os diferentes tamanhos de altura de saltos. Assim, a dinâmica circulatória não será tão brutalmente afetada, e o bombeamento do sangue venoso ocorrerá de forma mais fluída. 

Fora isso, outra alternativa muito positiva para a saúde vascular é a prática de atividades físicas, que fortalecem a musculatura da panturrilha e favorecem o bom funcionamento do sistema circulatório. Vale frisar que, mesmo tendo esses hábitos, ainda podem surgir algumas varizes, e, ao perceber qualquer vasinho superficial nas pernas, o ideal é procurar um especialista vascular para fazer uma avaliação o quanto antes, e realizar precocemente o tratamento necessário para curá-lo. 

 

Helen Pessoni - médica, especialista em Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular. Atua com foco no tratamento de varizes e microvarizes com técnicas minimamente invasivas.


Amanhã (17) é o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, data criada para conscientizar a respeito da doença e salvar vidas

Condição, que atinge cerca de 30% dos brasileiros, pode causar danos no cérebro, coração, rins e veias

 

Presente na vida de muitos brasileiros, a hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma das doenças que mais mata na atualidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 400 mil pessoas morrem anualmente com alguma doença relacionada à hipertensão. No Brasil, 25% a 30% da população é formada por hipertensos. No dia 17 de maio é promovido o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, com o objetivo de conscientizar a respeito da doença e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, essencial para salvar vidas.

A doença crônica não transmissível (DCNT) é caracterizada pela elevação da pressão arterial, ou seja, sistólica (PA máxima) maior ou igual a 140 mmHg, e/ou PA diastólica (PA mínima) maior ou igual a 90 mmHg. Fatores como o histórico familiar, estresse, má alimentação - consumo exagerado de sal -, envelhecimento e a obesidade são as principais causas de desenvolvimento da doença.

Por se tratar de uma condição, muitas vezes assintomática, a hipertensão pode causar danos em órgãos como o coração, cérebro, rins e vasos. “É o principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares (DCV), doença renal crônica (DRC) e morte prematura. Ela se associa a fatores de riscos metabólicos para outras doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia (colesterol e/ou triglicerídeos elevados), obesidade abdominal, intolerância à glicose (pré-diabetes) e o próprio diabetes mellitus (DM)”, explica o médico consultor da FQM, Dr. Ronaldo Carneiro.

Para controlar a hipertensão arterial e obter qualidade de vida, os pacientes precisam se atentar a alguns fatores, como manter uma dieta saudável, reduzir a ingestão de sal, praticar atividades físicas regularmente, estar alerta com o peso, evitar o tabagismo e o consumo de álcool. A psicoterapia também é indicada aos diagnosticados. “O correto manejo do estresse e demais situações de natureza psicoemocional são muito importantes no cuidado da hipertensão arterial”, declara Dr. Carneiro.

Além de adotarem um estilo de vida saudável, os hipertensos também podem fazer uso de medicamentos para alcançar o controle de pressão arterial.  Após uma avaliação médica, o profissional poderá indicar o procedimento mais indicado ao quadro clínico. “O tratamento deve ser individualizado, assim como a escolha inicial do medicamento, baseando-se nas características gerais dos indivíduos e dos próprios medicamentos”, afirma o médico consultor.

 

FQM


Cai consumo abusivo de álcool entre brasileiros de 18 a 24 anos

Análise da série histórica do Vigitel, pelo CISA, indicou que prevalência chegou ao menor índice desde 2015, com queda de 25% para 19,3% no último ano

Desde os anos 2000, o consumo de álcool entre os jovens tem diminuído acentuadamente na maioria dos países desenvolvidos. No Brasil, os dados nacionais indicavam um cenário bem diferente. A partir de análise da série histórica do Vigitel, levantamento do Ministério da Saúde, o CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, referência nacional no tema, identificou, no entanto, que o consumo abusivo* de álcool entre os brasileiros de 18 a 24 anos caiu em relação aos dois últimos anos, conforme gráfico abaixo:



“Observamos que a prevalência deste padrão de consumo nesta faixa etária sofreu variações desde 2006 na população geral, com ascendência desde 2015 e pico em 2019, no período pré-pandemia. Por essa razão, chama a atenção a queda em 2021, chegando ao menor índice registrado em sete anos”, analisa a coordenadora do CISA, a socióloga Mariana Thibes.

 

Outro destaque do CISA está relacionado à prevalência do consumo abusivo por sexo: o índice de 22,1% entre os homens é o menor de toda a série histórica (2006-2021) e, entre as mulheres, o recuo de sete pontos percentuais do índice é o maior registrado em todo o período do Vigitel.

 

Para o psiquiatra e presidente executivo do CISA, Arthur Guerra, será necessário aguardar as próximas pesquisas para consolidar esse novo cenário, principalmente em razão da pandemia de COVID-19. “As pesquisas têm demonstrado mundialmente que pessoas que bebiam apenas em situações sociais, como é o caso dos jovens, reduziram o consumo na pandemia, enquanto que pessoas que bebiam em casa, sozinhas, aumentaram o uso. Essa redução pode ser reflexo do impacto direto da pandemia”.

 

De qualquer forma, a queda do consumo abusivo é positiva ao considerar o impacto desse padrão de uso na saúde dos jovens. Guerra reforça que o cérebro dos jovens está em desenvolvimento e pode sofrer alterações duradouras. “A ingestão excessiva de álcool também está relacionada a uma série de outros riscos e complicações à saúde, como prática de sexo sem proteção, maiores índices de gravidez indesejada, mortes por traumas e queda no desempenho cognitivo e escolar”, alerta.

 

* Consumo abusivo de álcool: ingestão de cinco ou mais doses (homens) ou quatro ou mais doses (mulheres) em uma única ocasião, pelo menos uma vez no último mês. Uma dose padrão de álcool equivale a 14g de álcool puro, o que corresponde a 350 mL (uma lata) de cerveja, 150 mL (uma taça) de vinho ou 45 mL (shot) de destilado

 

Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) é uma das principais referências no Brasil sobre este tema e desde sua fundação, em 2004, vem contribuindo para a conscientização, prevenção e redução do uso nocivo de bebidas alcoólicas. Qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), a instituição dedica-se ao avanço do conhecimento na área, atuando na divulgação de pesquisas e dados científicos com linguagem acessível, na produção de materiais e conteúdos educativos e no desenvolvimento de outros projetos, como a publicação “Álcool e a Saúde dos Brasileiros”, um levantamento inédito que anualmente traz análises exclusivas sobre o uso de álcool no Brasil e seu impacto na saúde da população. Acesse nossos canais no YouTube, Instagram, Facebook e Twitter e junte-se a nós na missão de reduzir o uso nocivo de álcool!


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