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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Se não recolher eletrodoméstico velho, comércio pode ser multado

Representantes da indústria e do comércio discutem como colocar em prática legislação que regula a logística reversa de produtos eletroeletrônicos

 

Logística reversa. O nome soa como algo complexo e, de fato, é. Mas, quer queira quer não, o recolhimento e o descarte apropriados de produtos que não têm mais uso para o consumidor se tornaram grandes desafios para os empresários no país.

O decreto 10.240 do presidente Jair Bolsonaro, de fevereiro de 2020, que regula a logística reversa de eletroeletrônicos, criou as condições legais para punir as empresas que não contribuírem para a coleta de produtos fora de uso.

Isto é, a qualquer momento, fiscais de Prefeituras, secretarias de Estado, Ministério do Meio Ambiente e procuradores do Ministério Público podem multar empresas que não tiverem ajudando a recolher o lixo que elas mesmas geraram no mercado.

Desde o ano passado, representantes da indústria de eletroeletrônicos e do varejo se reúnem para estabelecer formas de cumprir a lei. Afinal, ninguém quer ser surpreendido com multas que podem chegar a milhões de reais.

Fabricantes e importadores, cita o decreto, devem recolher e levar os produtos fora de uso ao seu destino final, de preferência para as recicladoras.

A legislação estabelece que o volume recolhido pelos fabricantes seja um percentual - neste ano de 1% - sobre o que foi despejado no mercado em 2018.

Aos varejistas cabe informar os consumidores, receber e armazenar temporariamente os produtos eletroeletrônicos descartados até que sejam coletados.


AS GESTORAS

Criada em 2016, a Green Eletron – Gestora de Logística Reversa de Eletrônicos, já faz a gestão de logística reversa de cerca de cem fabricantes de eletroeletrônicos e pilhas.

Coordena a coleta de produtos eletroeletrônicos em aproximadamente 730 pontos espalhados em 13 Estados brasileiros e 196 cidades.

Via (Casas Bahia e Ponto), Fast Shop e Carrefour são algumas das redes que firmaram parcerias com a empresa para estabelecer pontos de recebimento de produtos.

A Green Eletron foi criada pela Abinee e todo o processo de logística reversa é pago pelas indústrias, de acordo com Ademir Brescansin, gerente-executivo da empresa.

Os lojistas são os parceiros, diz ele, que, de acordo com o decreto, precisam também fazer a sua parte, agindo, principalmente, como coletores de eletroeletrônicos.

A Via firmou acordo com a Green Eletron há cerca de dois anos para o recolhimento de eletroeletrônicos de pequeno e médio portes, como impressoras e notebooks.

Hoje, possui pontos de coleta em 450 lojas em 12 Estados do país e Distrito Federal, número que deve chegar a 500 até o final do ano.

No ano passado, a empresa contribuiu para a retirada de 3 toneladas de lixo eletrônico. Neste ano, retirou 1,5 tonelada até agora, de acordo com Hélio Muniz, diretor de Comunicação Corporativa e Relações Institucionais da Via.

Neste momento, a empresa estuda como fazer a coleta também de produtos maiores, como fogões e refrigeradores, o que pode acontecer até mesmo na casa do cliente.

“Esta não é uma ação comercial, é uma parceria capaz de fazer com que os produtos voltem para a cadeia produtiva por meio de reciclagem ou sejam descartados de forma apropriada”, diz Muniz.

A Abree (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos), criada em 2011, logo depois de estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010, conta com 52 fabricantes associados que representam 174 marcas.

De acordo com Sérgio de Carvalho Maurício, presidente da Abree, a entidade possui parcerias com lojistas que permitem a coleta em mais de 3 mil pontos no país.

Carrefour, Magazine Luiza, Pão de Açúcar, Claro, Spicy e redes locais de supermercados são algumas das empresas que firmaram acordo com a associação.

Assim como a Green Eletron, a Abree faz a gestão da logística reversa para as indústrias por meio de parcerias com outras empresas, desde as que montam os coletores nas lojas até as transportadoras.

Atualmente, são poucas as empresas que desmontam os produtos eletroeletrônicos, mas este é um mercado que tende a crescer, de acordo com as gestoras, em razão do aumento da demanda por logística reversa e da conscientização do consumidor.

A Green Eletron homologou até agora sete fábricas para fazer a reciclagem de produtos eletroeletrônicos.

Uma no Rio Grande do Sul, uma em Santa Catarina e as demais em São Paulo.

A Abree informa que cerca de 20 fábricas estão homologadas pela entidade no país para tratar do processo de desmanche dos produtos.


OS CUSTOS

Os custos para a logística reversa, basicamente, variam de acordo com o produto, a região da coleta e a proximidade com as fábricas recicladoras, podendo variar de R$ 200 a R$ 3 mil por tonelada, de acordo com Maurício.

O orçamento da Green Eletron para fazer a gestão de logística reversa de eletroeletrônicos das empresas parceiras é de R$ 8 milhões para este ano.

Pela legislação, a fabricante precisa coletar 1% do peso que colocou no mercado em 2018, que, por enquanto, é o ano base para o cumprimento da logística reversa.

Em 2022, o percentual sobre para 3%. Em 2023, para 6%. Em 2024, para 12%. E, em 2025, para 17%.

As empresas da indústria e do varejo que não demostrarem progresso no processo de logística reversa, diz Maurício, podem sofrer sanções por danos ambientais.


NEGÓCIO COMPLEXO

“O negócio é bem mais complexo do que se imaginava”, afirma um empresário do setor de eletrodomésticos que preferiu não ser identificado.

Quando o processo é para recolhimento de produtos menores, como telefones celulares, cabos e até impressoras, diz ele, é mais fácil.

Agora, quando envolve produtos como televisores, principalmente de grande porte, geladeiras e lavadoras, a operação é complicada e cara.

Apesar de a legislação estabelecer que o custo do processo é da indústria, o empresário entende que o varejo também deve arcar com o custo da logística reversa.

“Começou uma queda de braço porque não está claro quem vai custear o processo. A indústria quer que o varejo pague o custo porque o comércio também gera lixo”, diz.

O problema é maior com os produtos de refrigeração, diz ele, pois há duas empresas credenciadas para fazer o desmonte, uma em Curitiba (PR) e uma em São Paulo (SP).

O empresário já encaminhou para a Abree informações sobre volume de papel, plástico e materiais usados em 2018 para ser base de cálculo de sua logística reversa.

De acordo com um executivo de uma rede de eletrodoméstico e móveis, essa legislação só vai ‘pegar’ quando o governo tiver estrutura para fiscalizar e as Prefeituras criarem espaços para a entrega de produtos.

“Uma cidade de 30 mil habitantes onde temos loja estabeleceu a obrigatoriedade da logística reversa, só que descobrimos que não havia indicação de lugar para colocar os produtos”, afirma o executivo que preferiu não se identificar.


CESSÃO DE ESPAÇO

Alexsandra Ricci, assessora técnica da FecomercioSP, diz que, de acordo com a legislação, a responsabilidade dos lojistas está restrita à cessão de espaço para a instalação de coletores, recebimento de produtos e divulgação para os consumidores.

“A cessão de espaço é não onerosa, não pode ser cobrada do fabricante ou do importador. O lojista precisa informar os consumidores sobre a coleta e, se não tiver no local ponto de entrega, precisa divulgar as entidades gestoras”, afirma.

De acordo com ela, já existe legislação no município de São Paulo que obriga todos os comerciantes a implantar pontos de coleta sob aplicação de penalidade pelo descumprimento.

“A qualquer momento o comerciante pode ser fiscalizado e autuado”, diz.

O lojista que ainda não estiver participando do processo de logística reversa pode procurar a FecomercioSP, que criou cartilha e plataforma com informações.

Para quem ainda não participa, Alexsandra sugere os seguintes passos:


COMO PARTICIPAR DOS SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA

  1. Fazer adesão ao sistema específico para o produto comercializado: veja informações em: https://www.fecomercio.com.br/projeto-especial/logistica-reversa/sobre
  2. Disponibilizar os coletores para o descarte dos produtos. Os coletores devem estar localizados na entrada da loja ou em local de fácil acesso e visível ao consumidor para descarte dos seus produtos pós-consumo (o depósito do produto no coletor deve ser feito pelo próprio consumidor);
  3. Ostentar mensagens no estabelecimento sobre o recebimento de produtos pós-consumo: banners, placas, cartazes, totens informando quais produtos a loja recebe nos sistemas de logística reversa;
  4. Orientar o consumidor a descartar corretamente seus produtos no pós-consumo nos pontos de entrega participantes dos sistemas de logística reversa;
  5. Comprovar a destinação dos produtos de sistema de logística reversa: manter os comprovantes de entrega ou frete de retirada pelo operador logístico, para fins de fiscalização.

 


Fátima Fernandes  -  | Jornalista especializada em economia e negócios e editora do site varejoemdia.com

 

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/gestao/se-nao-recolher-eletrodomestico-velho-comercio-pode-ser-multado

Sebrae prepara pequenos negócios para vender mais na Black Friday 2021

No Up Digital Marketing, empreendedores aprendem na prática como impulsionar no mercado digital 

 

No próximo mês acontece a Black Friday, que este ano será realizada no dia 26 de novembro. A data celebrada no mundo todo já se consolidou no calendário brasileiro como uma grande oportunidade de negócios tanto para vendedores quanto para consumidores, que estão mais dispostos a comprar e buscam promoções reais e relevantes. Por isso, os donos de pequenos negócios não podem perder tempo e já devem começar os preparativos o quanto antes.  O período pré-Black Friday, conhecido como uma espécie de esquenta, antes da data propriamente dita, pode ser ideal para chamar a atenção dos clientes, descobrir seus interesses de compra com listas de desejos e até mesmo antecipar algumas ofertas previstas. 

De acordo com o gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, Enio Pinto, é preciso que empreendedor comece a utilizar as estratégias do Marketing Digital. “É a hora de explorar seu banco de clientes, disparar SMS, e-mails divulgando o período e as regras das promoções e divulgar nas redes sociais do negócio, começando a criar o desejo”, explicou.

Para preparar os pequenos negócios para esse momento especial do varejo, o Sebrae está com inscrições abertas para novas turmas do Up Digital Marketing. A iniciativa oferece uma jornada intensiva, totalmente online e gratuita, de 10 dias úteis com conteúdos exclusivos sob orientação de especialistas em Marketing Digital.  O objetivo é que ao longo dos encontros coletivos virtuais e mentorias individualizadas, os empreendedores coloquem em prática conhecimentos para aplicar estratégias e ferramentas, de acordo com as necessidades e objetivos do negócio. Conheça mais sobre o Up Digital e inscreva-se aqui.


Experiência adquirida

O especialista do Sebrae também destaca que a expectativa é que os donos de pequenos negócios estejam mais preparados para atuar no mercado digital neste ano, depois da crise causada pela pandemia da Covid-19. Segundo ele, os empreendedores que conseguiram superar esse período crítico saíram mais fortalecidos e agora, com a volta dos padrões mínimos de normalidade, têm muito a ganhar. “Muitos empresários buscaram se lapidar, se aperfeiçoar e se profissionalizar. Então, com certeza, diversificaram seus canais de venda, ampliando sua presença digital e reviram seu modelo de negócios, incorporando mudanças seja para fazer entregas com mais eficiência, usar as redes sociais ou vender em marketplaces”, avaliou. 

Confira abaixo as dicas que o gerente de Relacionamento do Sebrae, Enio Pinto, preparou para os empreendedores se saírem bem na Black Friday: 

  1. Com a grande concorrência, o ideal é que a sua marca seja vinculada a um produto. Então, foque nos produtos que você deseja que sejam associados à imagem do seu negócio e para poder oferecer preços competitivos no mercado. 
  2. Aproveite para oferecer combos de produtos e serviços com parceiros. O chamado “cross selling”, ou venda cruzada, estimula a compra de soluções que complementem a experiência do cliente.
  3. Prepare seu estoque e garanta que poderá entregar tudo aquilo que anunciou. Saiba também que cada aviso de item não disponível pode deixar uma imagem negativa do seu negócio e te fazer perder clientes.
  4. Ofereça descontos de verdade para que o cliente sinta que está levando uma vantagem e fique realmente satisfeito. Já existe uma grande expectativa sobre melhores preços na Black Friday e caso esse cliente descubra que foi enganado ou encontre o mesmo produto com preço melhor depois, você com certeza vai perdê-lo.
  5. Saiba encantar o seu cliente com uma experiência de compra inesquecível desde o primeiro atendimento até o pós-venda. Mais do que vender o produto, se preocupe com a satisfação do cliente e esteja à disposição para tirar dúvidas sobre o uso, inclusive.

Neste ano, o Sebrae também preparou uma página especial no Portal do Sebrae com informações para aproveitar a Black Friday 2021. Conheça mais, clicando aqui.


terça-feira, 26 de outubro de 2021

Outubro Rosa: Como cães ajudam na prevenção do Câncer de Mama

Cães em treinamento para detecção precoce de câncer de mama


Cães são capazes de detectar o câncer de mama ainda em estágio inicial, através do sistema olfativo e ajudam a salvar vidas


O Outubro Rosa é uma das campanhas mais importantes para conscientização sobre o diagnóstico precoce de Câncer de Mama. A iniciativa global é organizada pela União Internacional, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), e busca incentivar as mulheres a não deixarem de fazer o acompanhamento anual com um médico para prevenir uma das doenças de maior incidência no mundo.

Com o intuito de ajudar no rastreamento precoce do câncer de mama, o projeto KDOG tem como objetivo treinar cães para que consigam, através de uma técnica simples, acessível e não invasiva, identificar mais de 40 tipos de câncer de mama em estágio inicial, usando o olfato canino. O projeto teve início no Brasil em 2018, quando uma comitiva brasileira visitou o Instituto Curie, na França, para entender os estudos e o trabalho realizado com os cães de lá.

Com o olfato mil vezes mais apurado que o de um ser humano, os cães ao longo da história têm desenvolvido papéis importantes na sociedade como cães guia, terapeutas, policiais e, agora, como detectores do câncer de mama.

A ROYAL CANIN® apoia projetos sociais que reforçam a importância do pet na vida do ser humano, seja pelos incríveis benefícios oriundos da interação entre humanos e animais, assim como pelo importante papel que ocupam na sociedade atuando em prol da medicina e a serviço do homem. E, por isso, decidiu fazer parte da história do Projeto KDOG, no Brasil e na França, por meio da parceria firmada com a Sociedade Franco-Brasileira de Oncologia (SFBO) e o Institut Curie.

A detecção envolve o trabalho de cães que identificam a presença de câncer em compressas que estiveram em contato com a pele. "Em nenhum momento a pessoa tem contato com o cão. A presença do tumor maligno é identificada por meio do olfato canino em uma compressa impregnada com o odor coletado para o exame", explica Leandro Lopes, Responsável Técnico do KDOG Brasil. Dessa forma, é possível reduzir a fila da mamografia, a partir desta triagem prévia.

No Brasil, atualmente há seis cães em treinamento e já existe uma proposta onde, ao concluírem 100% do treinamento, passarão a dar suporte ao Sistema Único de Saúde, ajudando diretamente a população necessitada a ter acesso mais rápido a um exame de mamografia.

 


ROYAL CANIN®
https://www.royalcanin.com/br


Pessoas trans podem ter câncer de mama?

Divulgação 
Campanha Outubro Rosa serve de alerta a pessoas que utilizam hormônios na readequação sexual


 

Quando falamos em câncer de mama a imagem que nos vem à mente são de mulheres, certo? Desde pequenos somos condicionados a ver a doença como um problema de saúde feminino, mas você sabia que ela pode atingir homens também?

 

Sim, homens podem desenvolver a doença, embora de forma mais rara. Apenas 1% do total de casos de câncer de mama é masculino. “Como eles têm glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em quantidades pequenas é importante também ficarem atentos às mamas e observar qualquer alteração”, explica o médico José Carlos Martins Junior.

 

Ele e o médico Claudio Eduardo de Souza comandam a Transgender Center Brazil, em Blumenau (SC), clínica especializada no atendimento a pacientes trans e pontuam que estas pessoas também estão na lista de cuidados.

A campanha Outubro Rosa é voltada para alertar principalmente mulheres cisgênero (aquelas que se identificam com o gênero biológico) sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama. Mas, os especialistas em pacientes trans alertam: pessoas transexuais e transgêneros também podem ter a doença e precisam se prevenir. Recentemente os médicos comemoraram a marca de quinhentas cirurgias de transição sexual na clínica, em Santa Catarina.

 

Os cuidados na população trans

 

Embora, como citamos, a doença seja mais comum em mulheres, com mais de 65 mil novos diagnósticos ao ano, pacientes trans também devem ficar atentos. Um estudo observacional do University Medical Center, em Amsterdam, publicado em 2019, envolvendo 2.260 mulheres trans e 1.229 homens trans, apontou 15 casos de câncer de mama em mulheres trans, após uma média de 18 anos de tratamento hormonal e demonstrou um risco maior que a população masculina cis. Na população de homens trans, 4 casos foram detectados, média menor que o esperado para mulheres cisgênero.

 

O estudo revelou que o risco geral de câncer de mama em pessoas trans permanece baixo e, portanto, parece suficiente que pessoas transgênero sigam as diretrizes de triagem, iguais às indicadas para pessoas cisgênero.

Para o médico José Carlos Martins, que recomenda o uso de hormônios em seus pacientes, os riscos são pequenos, mas a recomendação é sempre observar qualquer alteração.

 

“No caso dos homens trans, que transitam do feminino para o masculino, embora o risco de câncer de mama reduza significativamente após a cirurgia de retirada das mamas, ainda assim, os exames clínicos anuais são recomendados para pessoas com 50 anos ou mais”, acrescenta.

 

No caso de mulheres trans, o risco está ligado aos hormônios de afirmação de gênero, que induzem as mudanças físicas desejadas. Isso poderia levar a um aumento do risco de câncer na região. “Toda vez que a mulher trans usa o hormônio estrogênio, ela passa a ter uma mama e essa mama passa a ter risco de câncer, assim, ela precisa tomar os cuidados como toda mulher”, pontuou o também cirurgião Claudio Eduardo de Souza.

Segundo a mesma pesquisa holandesa, as mulheres trans têm cerca de 47 vezes mais chances de desenvolver câncer de mama do que os homens cisgênero.

 

Os médicos relatam que nunca enfrentaram um caso de paciente que tenha desenvolvido a doença após o tratamento hormonal, mas reconhecem que pode acontecer. “Infelizmente ninguém está livre de ser acometido por essa enfermidade, mas precisamos alertar a população trans sobre a prevenção e tratamento do câncer de mama, incluindo este público nas campanhas educativas”, finalizaram.


Atendimento médico rápido é decisivo para reduzir sequelas em casos de AVC

Especialista em Medicina de Emergência do CEJAM alerta para os sinais da doença e destaca que a adoção de hábitos saudáveis é a principal forma de prevenção


Sensação de fraqueza, formigamento na face, braço ou perna em um lado do corpo, confusão mental, dificuldade para falar ou compreender algo e dor de cabeça súbita são sintomas que requerem atenção e ação imediata.

No Dia Mundial do AVC, lembrado em 29 de outubro, Renata Rezende, chefe de equipe na Emergência da CER Ilha (Coordenação de Emergência Regional da Ilha do Governador), no Rio de Janeiro, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, faz um alerta para os sinais que indicam a possibilidade de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e que necessitam de atendimento urgente.

Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 17,9 milhões de pessoas morreram em decorrência de problemas cardiovasculares em 2019, número que representa 32% de todos os óbitos registrados no ano. Dessas mortes, 85% foram ocasionadas por ataques cardíacos e AVC, que estão entre as principais doenças que afetam o coração. 

A médica ressalta que as sequelas podem ser preocupantes. “Aproximadamente 50% dos casos de AVC geram sequelas incapacitantes, tornando o paciente dependente de um cuidador, serviços de assistência à saúde e reabilitação fisioterapêutica ou fonoaudiológica.”

Dessa forma, procurar o pronto-socorro assim que identificar os primeiros sinais pode ser decisivo para o quadro. “A recomendação é anotar o horário exato de quando o paciente começou a ter sintomas e se dirigir ao hospital mais próximo, nunca esperar melhorar ou diminuir os sintomas, porque cada minuto é fundamental”, reforça a emergencista.

Ela explica que as chances de recuperação são maiores quando o tratamento é realizado de forma adequada e ágil. “O ideal é que a busca por um atendimento médico de emergência seja o mais rápido possível, para que o tratamento seja instituído logo e não ultrapasse 4h30 desde o início dos sintomas.”



Primeiros cuidados e tratamentos

Dra. Renata destaca que, ao chegar ao hospital, pode-se identificar o tipo de AVC, se isquêmico ou hemorrágico, e adotar medidas de tratamento imediato. “O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria que leva sangue ao cérebro, enquanto o AVC hemorrágico acontece quando há o rompimento da artéria”, frisa.

A especialista explica, ainda, que na fase inicial do AVC isquêmico são realizados exames de tomografia e identificação de alguns critérios de seleção, com tratamento que pode ser feito com uso de medicamentos endovenosos para dissolver o coágulo e restabelecer a circulação cerebral ou com a remoção do coágulo por cateterismo.

“Em alguns casos, o paciente se recupera completamente, sem riscos de sequelas neurológicas, mas para tal o reconhecimento da doença deve ser rápido e o início do tratamento também”, acrescenta.

Já nos casos de AVC hemorrágico, pode ser feita a oclusão do aneurisma por cateterismo ou por meio de um clipe metálico, inserido em processo cirúrgico. Em todas as situações, a gravidade do caso dependerá da extensão da lesão cerebral do paciente.



Prevenção

Os riscos de um acidente vascular cerebral podem estar relacionados a fatores genéticos. Porém, na maioria dos casos, o problema é causado por doenças      crônicas que podem ser evitadas ou controladas com a adoção de hábitos mais saudáveis.

A médica destaca que pacientes com histórico familiar de AVC ou com comorbidades como diabetes, hipertensão e obesidade precisam redobrar os cuidados. “O avanço da idade também é um agravante, pois o AVC é mais comum entre pacientes idosos.”

A melhor forma de prevenir a doença, portanto, é por meio de uma alimentação equilibrada, com baixo consumo de sal e gorduras, inserindo mais frutas, legumes e verduras nas refeições. Evitar o consumo de álcool, tabaco e praticar atividades físicas regularmente também contribuem significativamente para a saúde cardiovascular de maneira geral, diminuindo as chances de um AVC. 

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Atenção aos sintomas é fundamental
Freepik

Síndrome consiste no aumento da pressão no sistema de veias e pode causar complicações sérias


 

Despertando cuidado também nas crianças, a hipertensão portal representa o crescimento da pressão no sistema de veias responsável por levar o sangue dos órgãos abdominais ao fígado. Conforme a médica associada da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Sandra Maria Gonçalves, a síndrome se consolida quando a resistência ao fluxo de sangue cresce. Segundo a médica, dependendo da região, ela pode ser pré-hepática, intra-hepática ou pós-hepática".

"Ela é a raiz de uma série da manifestações extra-hepáticas", acrescenta. Entre as complicações estão varizes de esôfago, hemorragia, aumento do baço e ascite, que consiste num inchaço abdominal", explicou.

De acordo com a pediatria, o sangramento digestivo e deficiência de crescimento estão entre os sintomas mais comuns de hipertensão portal.

"Ela também pode se manifestar através de sinais como esplenomegalia, ascite e trombocitopenia. É importante frisar que a hipertensão portal pode resultar de vários distúrbios, incluindo, mas não exclusivamente, condições que também podem levar à cirrose", alerta.

Na opinião da profissional, a avaliação deve focar nas complicações extra-hepáticas. Em crianças que vivenciam esses casos, a causa mais comum para a síndrome é a obstrução da veia porta, seguida por atresia biliar. 

O tema foi trabalhado durante o painel "Dúvidas do dia-a-dia", no Congresso Brasileiro de Pediatria Online, que aconteceu no último dia 16 de outubro, e foi organizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e contou com a participação de diversos médicos da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.

 


Vítor Figueiró


ISTs: Brasil tem aumento em casos de sífilis durante a pandemia

Doença, causada por vírus, bactérias ou outros microrganismos, pode ser evitada com uso de preservativos


Especialistas do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" alertam para o aumento nos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.

Em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, pacientes infectados com a doença deixaram de procurar os serviços de saúde ao manifestarem sintomas. Conforme o Ministério da Saúde, entre janeiro e junho de 2020, foram registradas 49 mil ocorrências de sífilis, transmitida, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de preservativos.

De 2010 a 2020, o Brasil registrou 783 mil casos da doença, que segue crescendo de forma expressiva, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A sífilis atinge, principalmente, a população masculina, que representa 59,8% dos casos. As mulheres, por sua vez, somam 40,2%, mas merecem uma atenção especial, já que muitas revelam sintomas durante a gestação, aumentando o risco de contaminação de recém-nascidos.

O urologista Renato Fidelis Ivanovic, que atende na AMA Especialidades Jardim São Luiz e na AMA 24 horas Capão Redondo, ambas gerenciadas pelo CEJAM, destaca que a doença é traiçoeira, pois a lesão genital que surge no início da doença -sífilis primária- não dói e cicatriza sozinha.

"Nesta fase, muitas pessoas deixam de tratar e permanecem com o agente causador no organismo, resultando nas fases secundária e terciária. Quando isso acontece, o grau de suspeita diagnóstica do médico precisa ser alto, já que o quadro clínico é variável, podendo ser cutâneo, neurológico e, até mesmo, cardíaco."

Prevenção

Geralmente, a sífilis se apresenta como uma pequena ferida no local de entrada da bactéria, por meio dos órgãos utilizados em práticas sexuais desprevenidas, como pênis, vagina, colo uterino, ânus e boca.

A doença é classificada pelas fases primária, secundária, latente ou terciária, e tem como principais sintomas manchas, pápulas e outras lesões no corpo, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dores de cabeça e ínguas, que podem surgir de 10 a 90 dias após o contágio.

De acordo com o ginecologista Gilberto Nagahama, consultor do Programa Parto à Mãe Paulistana, a melhor forma de evitar a infecção é por meio das relações sexuais protegidas e seguras.

"Todas as pessoas que mantêm atividades sexuais ou se expõem a relações desprotegidas também devem fazer regularmente exames para ISTs, que são oferecidos de forma gratuita e sigilosa em toda a rede pública."

Tratamento

Apesar de os homens apresentarem maior disposição à doença, Dr. Fidelis explica que o tratamento é o mesmo para ambos os sexos. Para que haja a quebra deste crescente ciclo de transmissão, é necessário tratar adequadamente todos os pacientes diagnosticados, independentemente do gênero.

Segundo os especialistas, mesmo após o tratamento completo, é importante seguir com acompanhamento, além da testagem das parcerias sexuais dos últimos três meses para a quebra da cadeia de transmissão.

"Devemos informar a população sobre os riscos da doença, além da orientação sobre a prevenção da sífilis, que é muito efetiva. A capacitação do profissional também é fundamental para o diagnóstico precoce e adequado. Essas práticas, associadas ao manejo adequado, podem oferecer praticamente 100% de cura", complementa o Dr. Gilberto.

Nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) gerenciadas pelo CEJAM são realizadas iniciativas para conscientização da população e orientações de prevenção da sífilis. A relação das unidades pode ser acessada pelo site cejam.org.br .


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"

Outubro Rosa: poder público e setor hospitalar precisam investir em exames genéticos para reduzir casos de câncer de mama


Em outubro, começam as campanhas mundiais de conscientização e prevenção ao câncer de mama como estratégia do setor de saúde para impedir o surgimento de novos casos e evitar mortes. Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelou que a doença causou 18.295 mortes no Brasil, sendo 18.068 mulheres e 227 homens em 2019. O mesmo instituto estima ainda que possam surgir mais de 66 mil casos no triênio 2020-2022. 

 

O cenário se torna mais preocupante porque muitas pessoas deixaram de lado a realização de exames de rotina na pandemia, visando evitar a ida a hospitais e laboratórios. Segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Câncer de Mama, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), houve uma queda de 45% no número de exames de mamografia no período de janeiro a julho de 2020, comparado com o mesmo período de 2019. 

 

Todos esses dados trazem à tona a importância das campanhas preventivas, que precisam ser redobradas a partir de agora com o avanço da vacinação. O desafio do setor hospitalar, bem como o poder público, é incentivar a medicina preventiva com campanhas regulares durante o ano, indo além apenas do Outubro Rosa. A recomendação básica do Ministério da Saúde é de que exames de mamografia de rastreamento sejam realizados a cada dois anos por mulheres com idade entre 50 e 69 anos, mesmo quando não existem sinais de suspeita da doença. No caso de mulheres que já têm casos na família ou apresentarem sintomas, o indicado é fazer uma avaliação prévia com seus médicos para saber se é necessário realizar algum exame específico. 

 

Neste contexto, os exames genéticos e investimentos na área de biotecnologia tornam-se grandes aliados nas campanhas preditivas. A informação de uma possível predisposição fornece ao paciente uma chance maior de cura e aumento de sobrevida, uma vez que possibilita a intervenção antes do desenvolvimento do câncer propriamente dito ou em suas fases iniciais, quando o tratamento é, na maioria dos casos, mais efetivo. 

 

Do total de casos de câncer de mama, cerca de 5% a 10% estão relacionados às condições genéticas e hereditárias, segundo o INCA. Apesar de parecer pouco, investir em ações direcionadas a estes casos faz com que novos casos diminuam e, assim, é possível redirecionar recursos e pesquisas científicas específicas visando solucionar outros fatores que contribuem para o surgimento da doença. 

 

Um dos casos mais populares sobre essa questão foi quando a atriz Angelina Jolie realizou um teste de DNA e descobriu a partir dele que possuía o gene BRCA1, que aumentava as chances de desenvolver tumores nas mamas e ovários. Sua avó, tia e mãe já haviam falecido de câncer de mama. Com o resultado, a atriz decidiu se submeter a uma cirurgia para retirar as mamas e ovários, mesmo sem apresentar um tumor. A decisão fez com que ela reduzisse drasticamente as chances de desenvolver um câncer. Este fato popularizou os exames e provocou um aumento na procura por eles. 

 

Apesar disso, é importante ressaltar que a realização de exames genéticos não anula a necessidade de realizar uma mamografia, porém eles servem para mapear variantes genéticas associadas a doenças e outras características. A principal diferença entre os dois exames é que o exame de DNA analisa se há ou não a presença de marcadores relacionados ao aumento da predisposição da doença, ou seja, é preventivo, enquanto a mamografia detecta diretamente a ocorrência ou não de células cancerosas. Desta forma, o exame genético não precisa ser realizado somente a partir dos 50 anos.

 

A verdade é que o investimento em exames genéticos permite que as pessoas tomem decisões mais informadas sobre seus cuidados de saúde, incluindo medidas para reduzir o risco de câncer e desenvolver a doença. Além disso, as pessoas com um resultado positivo podem optar por participar de estudos clínicos que podem, a longo prazo, contribuir com redução no número de mortes por câncer hereditário de mama e de ovário. 

 


Euclides Matheucci Jr. - co-fundador e presidente da empresa de biotecnologia DNA Consult, além de professor e orientador no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia na Universidade Federal de São Carlos. Euclides também é criador do teste #SalvaVidasCovid que contribui para empresas retomarem suas atividades com a testagem dos colaboradores. 


Quatro dicas de como manter a saúde das pernas durante o trabalho

Estudo mostra que usar meias de compressão graduada auxilia na prevenção de doenças venosas


Desde o início da pandemia de Covid-19, os cuidados com a saúde têm sido um ponto de atenção no mundo todo. Mesmo com o avanço da vacinação e a retomada gradual da maioria das atividades, é fundamental seguir se prevenindo. Por isso, muitas empresas optaram por continuar no sistema de trabalho remoto, ou ao menos adotaram o modelo híbrido. Em casa, estamos propícios a passar mais tempo parados, principalmente quem trabalha no computador. Por isso, é importante se atentar para a saúde das pernas.

Ficar muito tempo parado na mesma posição, seja em pé ou sentado, pode prejudicar a circulação venosa nas pernas. Isso acontece pela falta de mobilidade muscular, que dificulta o retorno do sangue venoso e favorece o surgimento de dores e edemas nas pernas. Por isso, é fundamental ativar a circulação sanguínea para prevenir pernas cansadas e doenças venosas, como trombose e varizes.

Um estudo comandado pelo Dr. Sergio Belczak, Diretor do Grupo Belczak de empresas de Saúde e Ensino, e publicado na International Journal of Vascular Medicine, mostrou que o uso de meias de compressão graduada reduziu o edema ocupacional em indivíduos saudáveis que passavam o dia de trabalho em determinada postura. Ainda de acordo com o estudo, a maior compressão leva à maior proteção contra edemas, sendo o impacto mais significativo em quem fica sentado o dia todo.

O especialista destaca essa e outras dicas importantes para manter a saúde das pernas durante a jornada de trabalho:


- Movimente-se: mesmo sentado, é muito importante se exercitar para evitar a sensação de cansaço nas pernas. Movimentar os tornozelos pode aliviar o desconforto.


- Use meias de compressão graduada: a compressão graduada promove conforto, bem-estar e auxilia no direcionamento correto do fluxo venoso e linfático de volta ao coração. Com isso, não ocorre o acúmulo de sangue na região inferior das pernas, permitindo uma nítida melhora na circulação e reduzindo a sensação de peso nas pernas, inchaços e outros sintomas. A SIGVARIS GROUP, empresa líder mundial em produtos de compressão graduada, desenvolveu a meia Select Comfort Premium, que pode ser usada durante o trabalho. O produto possui compressão graduada de 20-30 mmHg e 30-40 mmHg, com Fio Lycra, que garante maior facilidade e conforto ao calçar a meia; possui a tecnologia Sig-Clean, que inibe o crescimento de bactérias, protegendo contra o mau odor; e Clima Control, proporcionando melhor sensação térmica durante o uso em todas as estações do ano.


- Adote hábitos saudáveis: além de evitar o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, mantenha uma alimentação balanceada e beba água com frequência, para manter o organismo mais saudável.


- Levante e caminhe um pouco: a natureza do nosso corpo é estar em movimento. Portanto, é essencial se levantar sempre que possível e caminhar. O movimento ajudará a manter a circulação ativa.

 


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