Pesquisar no Blog

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Univali presta atendimento a casos suspeitos de câncer de pele


Ação ocorre neste sábado (7), de forma gratuita, no Campus Itajaí

Muitas pessoas ainda se expõem ao sol de forma inadequada, aumentando o risco de câncer de pele, que responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. Em sintonia com a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) realiza neste sábado (7), das 9h às 15h, na Unidade de Saúde Familiar e Comunitária (USFC), localizada no bloco F7 do Campus Itajaí, atendimentos gratuitos à comunidade para diagnóstico do câncer de pele.
A campanha nacional mobiliza dermatologistas de todo o Brasil, em postos de saúde, hospitais e universidades, com a realização de consultas simultâneas e atividades de educação em saúde. Na Univali, médicos dermatologistas que atuam como docentes da Universidade, acompanhados de alunos do curso de Medicina, bolsistas do curso de Enfermagem e equipe da USFC, realizarão exames preventivos e encaminhamento às pessoas com lesões suspeitas para tratamento.
A ação é alusiva ao movimento “Dezembro Laranja", mês de combate ao câncer da pele que visa disseminar o maior volume possível de informações sobre acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução dos casos da doença. A prevenção também está em foco na campanha, que reforça a importância do uso do protetor solar durante todos os dias do ano, independente da estação.

Câncer de pele
O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém, seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

Sintomas
O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas: lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Além de todos esses sinais e sintomas, melanomas metastáticos podem apresentar outros, que variam de acordo com a área para onde o câncer avançou. Isso pode incluir nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça, por exemplo.



Mais informações: (47)3341-7788, Unidade de Saúde Familiar e Comunitária da Univali.

Brasil participa da campanha mundial pela universalização do acesso a serviços de saúde


FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) se une ao movimento UHC2030, uma coalizão global com mais de mil instituições em mais de 120 países, em campanha pela Cobertura Universal de Saúde


Atendendo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para transformar o mundo, todos os Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) – incluindo o Brasil, no dia 23 de setembro, concordaram com uma Declaração Política sobre o avanço para a promoção de uma Cobertura Universal de Saúde. Com o tema “Mantenham a Promessa”, o movimento Universal Health Coverage (UHC) lança campanha para pedir aos líderes mundiais que não deixem ninguém para trás e que fortaleçam os sistemas de saúde para que sejam mais fortes e equitativos.

Dia 12 de dezembro, UHC Day (sigla em inglês para Dia da Cobertura Universal em Saúde) é a data para mobilização mundial por medidas que garantam a assistência médica a toda a população sem lhes gerar impactos financeiros. O projeto defende que, até 2030, todas as pessoas tenham acesso a serviços de saúde de qualidade sem sofrer dificuldades financeiras. No Brasil, a campanha é conduzida pela FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), único membro da UHC2030 no Brasil.

A edição brasileira da campanha de conscientização ocorre até 12 de dezembro e é eminentemente digital. Por meio do hotsite oficial (http://uhc.femama.org.br), redes sociais e uma rede de 71 ONGs associadas, a FEMAMA divulgará conteúdos sobre a cobertura universal em saúde, fatos sobre ela e porque é possível. Também trará o debate nas mídias sociais: como o Brasil pode melhorar a #SaúdeParaTodos?


A Cobertura Universal em Saúde no Brasil

O Brasil destaca-se positivamente no cenário global por possuir uma rede de assistência à saúde prevista em constituição sem ônus para os usuários. Contudo, a FEMAMA discute o desafio do Brasil na melhora da gestão de recursos e políticas públicas, bem como ampliação da qualidade dos serviços realizados. É urgente repensar no aumento do aporte de recursos financeiros e de pessoal do SUS. Anualmente, cerca de 200 mil pessoas morrem, no país, em decorrência de atendimento da baixa qualidade e falta de acesso a serviços de saúde. Os dados são oriundos de pesquisa da Comissão de Saúde Global de Alta Qualidade – projeto do jornal científico The Lancet, patrocinado pela Fundação Bill Melinda Gates.

De acordo com a presidente voluntária da FEMAMA, Dra. Maira Caleffi, após 30 anos de implantação do SUS, o país ainda encontra-se aquém de conseguir prover um atendimento sistemático e de qualidade que cubra toda a cadeia de atenção à saúde. As doenças crônicas não comunicáveis exigem do sistema de saúde uma gestão mais completa e que cuide do paciente a longo prazo. A porta de entrada do usuário do SUS, rede de atenção primária, precisa urgentemente ser fortalecida com mais profissionais de saúde treinados e com condições de fazer o diagnóstico diferencial de sinais e sintomas que mereçam um atendimento mais especializado. No caso do câncer, a demora do diagnóstico definitivo, do tratamento adequado ou mesmo de cuidados de suporte psicológico fazem com que o sofrimento e perdas de vidas só aumentem para o usuário do SUS. “Esperar por tratamentos de câncer no Brasil leva tanto tempo que muitos pacientes desistem e aceitam seu diagnóstico como destino”, afirma.

Segundo ela, as crescentes taxas de mortalidade para os tipos mais prevalentes de câncer são decorrentes de: 1. Longo tempo de espera para diagnósticos, 2. Opções limitadas de tratamento para pacientes de câncer que dependem do sistema público de saúde; 3. Falta de acesso a abordagens multidisciplinares para o tratamento do câncer; 4. Falta de programas de prevenção e rastreamento para a maioria dos cânceres.

Em todo o Brasil, 70% da população dependemexclusivamente do SUS para assistência médica, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esse número aumenta para 75%, quando se refere a idosos do País, de acordo com o Ministério da Saúde. Nos últimos três anos, mais de três milhões de usuários cancelaram ou não renovaram coberturas de serviços de planos de saúde, segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).




FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

Previna-se contra a osteoporose na menopausa



Se você tem tido fraturas com muita facilidade, fique atento: pode ser um indício de osteoporose. Segundo estimativa da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a doença acomete mais de 10 milhões de brasileiros. As projeções da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) revelam que o número anual de fraturas de quadril, relacionadas à osteoporose, (atualmente, 121.700 fraturas por ano) deverá atingir 140 mil pessoas, até 2020.

A doença causa a diminuição da massa óssea, resultando em ossos frágeis e porosos. O curioso é que a osteoporose não causa dor, ou seja, muitas pessoas só a descobrem quando há alguma fratura. Quem está mais propício ao problema é a mulher (apesar de que alguns homens também podem ser acometidos), sendo que o tipo mais comum da doença ocorre depois da menopausa, que é o último período menstrual, identificado após 12 meses de amenorreia (ausência de menstruação). Acontece, em geral, entre os 45 e 55 anos.

Segundo a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa, e especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO; neste período, a queda do hormônio estrogênio leva a uma diminuição da densidade óssea (osteopenia/osteoporose), pois o estrogênio ajuda a preservar os ossos.


Mas como evitar a osteoporose?

Em primeiro lugar, de acordo com a ginecologista, conhecendo quais os fatores de risco. Dentre eles, destacam-se o tabagismo, a idade mais avançada, a dieta (alimentação rica em proteína e sal, e alimentação pobre em leite e derivados, principalmente na adolescência, quando o osso atinge o "pico de massa óssea"), baixo peso, medicações (o uso de alguns medicamentos, como corticoides e anticonvulsivantes, aumentam a chance de perda óssea) e doenças que interferem na absorção intestinal, como doença celíaca (intolerância ao glúten), por exemplo. Outra grande aliada da osteoporose é a falta de atividade física, incluindo exercícios aeróbicos e musculação.

“Para descobrir se você tem osteoporose é preciso fazer o exame de densitometria óssea, que mede a densidade do osso. O tratamento não é complicado, mas envolve uma série de cuidados como a reposição adequada dos níveis de cálcio (seja por dieta ou medicação), a reposição de vitamina D, além de medicações que vão atuar diretamente no osso, estimulando a formação óssea ou inibindo seu desgaste”, explica a Dra. Karina. Para quem faz uso de medicamentos que possam causar a osteoporose, fica o alerta: não deixe de fazer a prevenção, buscando periodicamente o acompanhamento médico. “Lembre-se de que os ossos são fundamentais para a sustentação do nosso corpo, além de servirem de proteção a muitos órgãos”.

Viajar de avião com conjuntivite exige cuidados


Médico explica que muitas vezes o paciente adquire a doença ainda durante o voo


Nesta época do ano, quem vai viajar por várias horas dentro de um avião geralmente se preocupa com as pernas e a circulação sanguínea – para evitar trombose. Mas o que muita gente desconhece é que esse ambiente é bastante nocivo para os olhos, podendo desencadear conjuntivite com certa facilidade. Na opinião do oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP), qualquer passageiro com uma crise de conjuntivite durante um voo pode se transformar num pesadelo – tanto para ele mesmo, como para os demais.

“Em primeiro lugar, a maioria das companhias nem permite o embarque de um passageiro no auge de uma crise de conjuntivite, quando todos os sinais se evidenciam.  Mas pode acontecer de a pessoa ter contraído o vírus antes de embarcar e manifestar a doença apenas durante um voo longo. O tipo viral responde por mais de 90% dos casos e é altamente contagioso. Ainda que apenas duas ou três pessoas sentem-se perto do passageiro afetado pela doença, todos os objetos de uso comum são agentes de propagação. Sendo assim, muita gente pode apresentar um quadro de conjuntivite nos dias que seguem”, diz Neves.

O médico explica que, além do tipo viral, há outros tipos menos frequentes de conjuntivite que ainda assim incomodam bastante, como a bacteriana, a alérgica, a química e aquelas associadas a outras doenças, como as autoimunes. “O ambiente dentro de um avião pode estragar o começo e o fim das férias de qualquer um. Primeiramente, quase todo mundo vai bem apertado. Dificilmente, se uma pessoa tossir, por exemplo, quem está a seu lado não será afetado pelas gotículas espalhadas no ar. Além disso, tem a questão da pressurização e do ar-condicionado – que podem ressecar os olhos e causar irritações. Pessoas alérgicas costumam sofrer ainda mais nesses casos, podendo desenvolver conjuntivite alérgica como consequência do mal-estar geral”.

Entre os sintomas mais comuns da conjuntivite, Neves destaca: ardor ocular, sensação de areia nos olhos, coceira excessiva, maior sensibilidade à luz, febre, dor nas articulações e até mesmo dor de garganta e sintomas de gripe. Também pode haver inchaço na pálpebra e ainda lacrimejamento excessivo – resultando na formação anormal de remela e dificultando até mesmo abrir os olhos. “Quando o indivíduo contrai a doença ainda durante o voo, pode avisar a comissária e solicitar uma toalha limpa e água quente para fazer compressas e amenizar a dor. O ideal, também, seria encontrar uma poltrona mais afastada das pessoas, para evitar contato direto. Mas, como isso é difícil, é recomendável descansar os olhos, deixando-os fechados o máximo possível de tempo, lavar sempre muito bem as mãos e procurar não tocar diretamente o que for de uso comum. Assim que desembarcar, é recomendado usar o seguro-viagem e consultar um oftalmologista sem demora, a fim de iniciar o tratamento e aproveitar o restante da viagem”.

Mais do que lavar os olhos cuidadosamente, o médico ensina que lavar bem as mãos, várias vezes ao dia, é o que reduz as chances de contaminação – não só da conjuntivite, mas de outras doenças transmitidas por vírus. “O paciente deve evitar a todo custo coçar a região do olho afetado. Isso vai ajudar, inclusive, a evitar que o outro olho fique doente também. Outro cuidado importante é separar tudo de uso pessoal, como travesseiro, lençol, cobertor, toalha de rosto e de banho... E um alerta para quem usa lentes de contato: Esqueça! Usar lentes de contato enquanto o olho está inflamado ou infeccionado pode agravar muito mais o quadro. Portanto, quem usa lentes deve viajar com elas devidamente armazenadas no estojo e usar lágrimas artificiais e óculos de grau dentro do avião”.




Fonte: Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos e autor do livro Seus Olhos (CLA Editora). www.eyecare.com.br


Nutrição na prevenção de doenças cardiovasculares


De acordo com dados disponibilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis pela morte de mais de 17,3 milhões de pessoas por ano, sendo considerada como uma das principais causas de morte em todo o mundo. O termo é utilizado para designar um grupo de patologias interrelacionadas que atingem coração e vasos sanguíneos, como a doença coronariana, cerebrovascular e reumática, cardiopatia congênita, doença arterial periférica e tromboembolismo venoso.

O desenvolvimento destas patologias pode resultar na interrupção ou diminuição do fluxo sanguíneo do organismo, impedindo a irrigação de tecidos importantes como por exemplo, o cérebro e o coração. Além de outras complicações, o quadro cardiovascular pode resultar inclusive em desfechos clínicos graves, como o infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

Aspectos como dislipidemia aumentada, hipertensão, diabetes, tabagismo, alcoolismo e obesidade são considerados importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, demonstrando a relevância da adoção de um estilo de vida mais saudável, principalmente no que diz respeito a alimentação. Já é bem estabelecido que hábitos alimentares inadequados, marcados pelo alto consumo de alimentos processados e ultraprocessados, geralmente ricos em açúcar, sal e gorduras, são extensamente prejudiciais a manutenção de uma boa saúde e associam-se diretamente com o risco elevado para patologias do sistema cardiovascular.

Diante da preocupação mundial com relação ao consumo alimentar e seu grande impacto na ocorrência de doenças cardiovasculares, as diretrizes nutricionais atuais alertam sobre a importância da mudança de hábitos da população. Um dos pontos principais acerca destas orientações remetem a ingestão controlada de gorduras, dando prioridade a fontes de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas (como o ômega 3), e restringindo a participação de gorduras saturadas e trans na dieta. A moderação do consumo de colesterol (presente nos alimentos de origem animal) também é relevante para a conservação de bons níveis de colesterol sanguíneos.

Deve-se ainda destinar a devida atenção ao consumo de carboidratos simples, que quando ingeridos em excesso, podem propiciar o aumento no ganho de peso e ainda alterar os níveis de triglicérides do sangue. Outro fator importante a ser considerado quando tratamos de doenças cardiovasculares é a redução do consumo de sódio, estreitamente relacionado com casos de hipertensão.

No geral, para colocar em prática estas recomendações, basta estar atento aos aspectos qualitativos da alimentação. A escolha de cortes mais magros de carne, inclusão de peixes na dieta, ingestão variada de frutas, verduras e legumes, preferência por grãos integrais em detrimento dos refinados e menor consumo de ultraprocessados são estratégias consideradas cardioprotetoras, sendo efetivas no controle do colesterol, manutenção de um peso adequado, redução da glicemia e preservação da saúde como um todo.     
  
Um plano alimentar diversificado e balanceado é responsável pelo fornecimento adequado do aporte de vitaminas, minerais e fibras que nosso corpo precisa. Junto a isso, o abandono de práticas como o tabagismo e alcoolismo, assim como a realização regular de atividades físicas são primordiais no combate a doenças cardiovasculares e melhoria da qualidade de vida.

Para alcançar sucesso em um plano alimentar é necessário ingerir alimentos que de fato fornecerão os nutrientes essenciais para o nosso organismo; não aqueles que só com cara boa.  Esses elementos devem estar presentes no solo, para a cultura adequada de legumes, verduras, entre outros.

A iniciativa Nutrientes Para Vida (NPV) tem como missão informar a população sobre a importância dfertilizantes adubação eficaz para o aumento da produção e a qualidade nutricional dos alimentos, com o objetivo de assegurar uma melhor nutrição e saúde humana.


TRATAMENTOS PARA INFERTILIDADE QUE FUNCIONAM



É um mito que relaxar ou "dar um tempo" superará a infertilidade. Trata-se de um problema médico que precisa ser diagnosticado e tratado como qualquer outra doença. Há mais de 3 milhões de bebês no mundo que nasceram por meio das técnicas de reprodução assistida. E com o aprimoramento dos laboratórios de embriologia, dos medicamentos e do conhecimento médico, as taxas de sucesso são cada dia maiores.

“Estudos mostram que aproximadamente 15% dos casais em idade fértil apresentam dificuldade para engravidar, e metade deles terá de recorrer a tratamentos de reprodução assistida”, afirma Arnaldo Cambiaghi, especialista em ginecologia e obstetrícia, com certificado de atuação na área de reprodução assistida, e responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

 
Sinais de alerta para o problema
 
A maioria dos casais deve procurar um médico após um ano tentando ter um bebê sem sucesso. Se a mulher tiver mais de 35 anos ou um ciclo menstrual irregular - e está tentando engravidar há seis meses – é melhor consultar o médico o mais rápido possível, o mesmo vale para o parceiro.
 
“No exercício de minha profissão convivo com casais, principalmente mulheres, que sofrem com a dificuldade em ter filhos. Eles se tornam infelizes, inconformados e frustrados. Não são poucos os casais atendidos no Centro de Reprodução Humana IPGO com dificuldade de engravidar devido, por exemplo, a doenças que poderiam ser previamente diagnosticadas e tratadas, além de maus hábitos ou um estilo de vida inadequado”, admite Cambiaghi.
 
Problemas comuns em homens

=Baixa contagem de espermatozoides
=Baixa motilidade dos espermatozoides
=Morfologia alterada
=Obstrução dos ductos seminais
=Varicocele
 

Principais razões para as mulheres

=Anovulação
=Obstrução tubária
=Alterações anatômicas no útero e ovários
=Endometriose
=Falência ovariana
 

Fertilidade natural

Muitas vezes, conhecer o período fértil é o principal desafio para quem deseja engravidar. Uma opção é tentar fazer um teste de ovulação em casa que consiga prever a ovulação. Outra opção é o controle ultrassonográfico do ciclo natural. Ficar atento a sinais como aumento da temperatura corporal, muco ovulatório, dor do meio; pode guiar o casal para aumentar a frequência das relações sexuais nos melhores dias.
 
Tratamentos

 
Problemas de ovulação?

Existem medicações que podem ajudar a paciente que não "ovula" normalmente, pois eles, de alguma forma, estimulam o hormônio folículo estimulante (FSH), responsável pelo crescimento do folículo.  Entre os medicamentos de menor custo estão o citrato de clomifeno e o letrozol. Apesar de atuarem de maneira diferente, levam a um aumento do FSH que tem por objetivo estimular a ovulação. Normalmente, a resposta é com 1-3 folículos, mas é necessário o acompanhamento ultrassonográfico para evitar gestações múltiplas nas pacientes hiperrespondedoras. As taxas de sucesso por ciclo não são altas, entretanto, após 3-4 ciclos de tratamento podem chegar próximo dos 40%.


Hormônios injetáveis

Há uma grande variedade de medicamentos para esse fim, e eles funcionam igualmente bem.  O manejo destas medicações é mais difícil e devem ser utilizados apenas pro profissionais especializados na área da reprodução assistida.
 

Procedimentos cirúrgicos

Vários fatores podem causar obstrução tubária, ou alterações uterinas levando à infertilidade, como endometriose, infecções pélvicas, cirurgias anteriores. A videolaparoscopia é um tipo de cirurgia menos invasiva e muito frequentemente realizada nas pacientes com este tipo de diagnóstico.



Inseminação Intrauterina (IUI)


Cambiaghi explica o procedimento: “A inseminação intrauterina é a introdução no interior do útero de sêmen preparado no laboratório, com objetivo de se obter gestação. A inseminação aproxima o(s) óvulo(s) dos espermatozoides para que a fertilização ocorra naturalmente na tuba uterina. A mulher pode precisar tomar medicamentos para desencadear a ovulação”. A IUI é mais barata e mais simples que a fertilização in vitro, mas as taxas de gravidez são muito mais baixas. A inseminação também pode ser uma alternativa para mulheres férteis que desejam uma produção independente, para casais homoafetivos femininos, para casais com sorodiscordantes ou com problemas masculinos graves. Em todos estes casos o tratamento deve ser realizado com sêmen de doador.


 
Fertilização in Vitro (FIV)

Esta opção oferece esperança quando outros tratamentos de infertilidade não funcionaram ou não foram indicados. O encontro do óvulo com o espermatozoide ocorre “in vitro”, no laboratório. A ovulação deve ser hiperestimulada, os óvulos são coletados por meio de procedimento cirúrgico e, depois, os embriões são transferidos ao útero em estágio de divisão. A FIV tem taxas de sucesso superiores, porém, tem um alto valor.


O que é ICSI?

É uma técnica em que um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, no laboratório. A injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) ajuda quando a contagem de esperma de um homem é muito baixa ou não se move bem.

 
FIV com um óvulo doado

É uma opção para mulheres com baixa qualidade oocitária, mulheres que já atingiram a menopausa, com baixa reserva ou falhas em ciclos anteriores. As doadoras de óvulos são pacientes jovens com menos de 35 anos e que passaram por uma seleção realizada pela clinica de reprodução.  Isso envolve combinar espermatozoides com óvulos doados de outra mulher. Se o procedimento funcionar, a paciente engravidará de uma criança que é biologicamente relacionada ao seu parceiro, mas não a ela.

 
Riscos de fertilização in vitro

Para aumentar as chances de sucesso, o médico pode transferir dois a quatro embriões por vez. Mas isso significa que a paciente pode engravidar de gêmeos, trigêmeos ou até quádruplos. Carregar mais de um bebê aumenta o risco de aborto espontâneo, anemia, pressão alta, parto prematuro e outras complicações. Tornou-se mais comum transferir um embrião de cada vez para evitar esses riscos à saúde.
Riscos menos frequentes são os de sangramento, infecção pélvica e hisperestimulação ovariana.

  


Embriões doados

para casais com falha de implantação ou problemas masculinos e femininos concomitantes pode se considerar o uso de embriões de doadores. Estes vêm de casais que terminaram o próprio processo e tiveram embriões excedentes. Neste caso, o bebê não terá relação biológica com os pais.


O que saber sobre útero de substituição (“barriga solidária / barriga de aluguel”)

Quem escolhe essa opção, precisa que outra mulher concorde em ceder temporariamente o útero para um determinado casal.  A fertilização in vitro é realizada com óvulos e sêmen dos pais biológicos e o embrião é transferido para o útero da barriga solidaria.  O bebê será filho biológico da paciente e do parceiro dela. “No Brasil, ao contrário de países como Estados Unidos, é proibido o pagamento pelo útero de substituição. Segundo a norma do CFM (Conselho Federal de Medicina), de 2017, somente podem realizar este ato familiares com até o quarto grau consanguíneo, ou seja, em primeiro grau: mãe ou filha; segundo grau: avó ou irmã; em terceiro grau: tia ou sobrinha; e, por fim, em quarto grau: prima”, enfatiza o médico. Outros casos fora desta regra devem passar pela consulta e liberação do CRM.



COMO MELHORAR AS CHANCES

Dicas sobre como escolher uma clínica de fertilidade

O ideal é fazer muitas perguntas sobre os procedimentos e custos. Verificar se oferecem as técnicas mais recentes e envolvem tanto a paciente quando o parceiro nas decisões. Não se deve decidir tendo-se com base apenas números. O tratamento da infertilidade é um processo em longo prazo e a paciente deve se sentir confortável com a escolha que fizer.



Maneiras naturais de aumentar as chances

Algumas mudanças no estilo de vida podem fazer a diferença. Se a paciente e parceiro fumarem, melhor parar. Fumar reduz a fertilidade tanto em homens quanto em mulheres e diminui as taxas de gravidez. Em um estudo, os homens que abandonaram o hábito do tabaco viram a contagem de espermatozoides subir 800%. Além disso, é preciso checar a dieta. É o mais saudável possível? O ideal é perguntar ao médico sobre suplementos. Algumas vitaminas e minerais podem melhorar as chances de engravidar.

“A alimentação, aquilo que comemos todos os dias, pode ser um detalhe que, a princípio, tem pouca importância, mas pode estar diretamente relacionada ao sucesso de uma gestação”, explica Cambiaghi.

Em parceria com a nutricionista Debora de Souza Rosa, Cambiaghi escreveu o livro “Fertilidade e Alimentação” que demonstra a influência dos alimentos não só na fertilidade, propriamente dita, mas também em sua ausência. Para baixá-lo gratuitamente é só clicar em http://www.ebookdietadafertilidade.com.br/

Acupuntura ajuda?

Ela é promissora para muitas condições. Agora, alguns casais estão tentando esta forma da medicina tradicional chinesa para lidar com a infertilidade. A pesquisa sugere que pode melhorar a qualidade do esperma e o fluxo sanguíneo para o útero, ajudar a corrigir a ovulação irregular e aumentar as taxas de sucesso da fertilização in vitro quando associada aos tratamentos convencionais.

“Para definirmos o melhor tratamento é importante uma avaliação completa do casal para saber se devemos começar por algo mais simples ou se seria indicado ir direto para o de alta complexidade. Isso se justifica, pois, qualquer tratamento, por mais simples que seja, envolve desgaste emocional e frustração se o resultado for negativo. Assim, é necessária uma pesquisa mínima da fertilidade antes da indicação de um determinado tratamento para que não se insista em uma opção com baixa chance de sucesso”, encerra Cambiaghi.
 




Fonte: Arnaldo Schizzi Cambiaghi - responsável técnico do Centro de Reprodução Humana do IPGO, ginecologista obstetra com certificado em reprodução assistida. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros.  

Dezembro laranja: 5 curiosidades sobre o câncer de pele


O câncer de pele é responsável por 30% de todos os tumores malignos do Brasil e acomete, em média, mais de 165 mil brasileiros todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença se for diagnosticada em estágios iniciais tem 100% de cura, de acordo com dados do Hospital do Câncer de Barretos. 

Desde 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove o Dezembro Laranja - ação que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção, além do incentivo para diagnóstico precoce e tratamento.

Listamos 5 curiosidades da doença:


1.  Nem todos os filtros solares te protegem

Alguns filtro solares não excluem totalmente os riscos da exposição ao sol. De acordo com especialistas, muitos produtos não oferecem a proteção completa de raios UV-B e UV-A. O ideal é verificar o rótulo do protetor, se confere a proteção na pele, e aplicá-lo a cada duas horas para manter a proteção do sol.


2. Doença que afeta mais homens 

Existem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. O melanoma é considerado o mais perigoso e mata 70% mais homens do que mulheres, mesmo os dois sexos desenvolvendo a doença de forma similar. A predominância é maior nos homens pelo fato de ignorarem avisos de proteção relacionados à protetor solar e bonés  é na região do tronco. 


3. Medicina Nuclear ajuda no tratamento 

Para o tratamento, existem métodos utilizados em Medicina Nuclear que  detecta lesões do melanoma antes das alterações anatômicas e permitem tratamento mais eficaz da doença. “Poucos sabem, mas a medicina nuclear já é aplicada no Brasil e possui diversos exames.”, explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Dr. George Barberio Coura Filho – médico responsável da Dimen SP (www.dimen.com.br). Atualmente, a Medicina Nuclear já conta com dois exames que identificam as metástases provocadas pelo melanoma antes das alterações anatômicas, ou seja, antes que elas estejam visíveis.


4. A cura para doença existe 

A cura a partir dos exames vai depender muito do tipo de câncer que a pessoa possui. Porém, é sempre recomendado fazer um diagnóstico precoce em casos de sintomas. Em alguns casos a cura chega a ser de 100%. A dica principal é buscar ajuda de um especialista logo que algo anormal seja notado.


5. Raios solares envelhecem mais a pele 

O excesso de exposição solar, e principalmente a falta de proteção solar, é a principal causadora do envelhecimento da pele. Com a exposição excessiva, aparecem então, manchas, sardas, flacidez, pele áspera, aumento das rugas e, em alguns casos, câncer de pele.



Especialista orienta sobre o uso correto do repelente nas crianças


 Na época mais quente do ano, os pais precisam ter atenção redobrada para proteger seus filhos contra os mosquitos


Com a aroximação do verão, cresce a preocupação da população com a proliferação de mosquitos. Principalmente o Aedes aegypti, transmissor de doenças preocupantes como a dengue, a zika e a chicungunha. Por isso, nessa época, o uso de repelentes é recomendado, sobretudo para proteger as crianças contra as picadas desses insetos. A médica Maria da Glória Neiva, diretora da área de pediatria do Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro -, orienta abaixo quanto à aplicação correta do repelente nos pequenos.


• Os repelentes podem ser usados em crianças?

Sim. A maioria dos produtos pode ser aplicada em crianças, desde que sejam respeitadas as recomendações dos pediatras, que não indicam o uso em menores de 6 meses.


Com o aumento da temperatura e a previsão de novos casos de doenças como a dengue, a zika e a chicungunha, quais são as recomendações para proteger as crianças, principalmente os bebês menores de 6 meses?

O cuidado com o ambiente é fundamental. Entre as medidas a serem adotadas, os pais podem utilizar telas nas janelas. Também é recomendável ligar repelentes elétricos próximo a janelas e portas e manter o ambiente sempre limpo – tendo cuidado especial com a limpeza de terrenos e lotes próximos à residência, com a devida retirada de lixo e entulhos.


• É mito ou verdade que o uso do complexo B afasta os mosquitos?

Não existem evidências científicas que apontem a eficácia do uso dessa vitamina contra as picadas dos mosquitos, por isso sua utilização é controversa.


• Quais as substâncias permitidas nos repelentes para as crianças e qual é a faixa etária indicada?

Repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que contenham os princípios ativos DEET, icaridina e IR 3535, são permitidos para uso nas crianças acima de 6 meses. É recomendado que os pais confiram as instruções das embalagens dos diversos produtos disponíveis no mercado, considerando o tempo de atuação de cada um deles, bem como as orientações para a faixa etária permitida. É importante que os pais não apliquem durante o sono. Para esse momento, o uso de telas protetoras, ventiladores, ar-condicionado e repelentes eletrônicos são mais adequados.


• É necessário fazer algum teste alérgico para saber qual tipo de repelente poderá ser aplicado na pele das crianças? E nos bebês, como os pais devem proceder?

A orientação aqui é a de seguir as medidas de prevenção mencionadas anteriormente, sempre utilizando nas crianças com mais de 6 meses. Cada produto tem, em seu rótulo, a recomendação de tempo de atuação e a fase da infância permitida. No caso da apresentação de reações alérgicas aos repelentes, o indicado é procurar o pediatra que acompanha seu filho ou um serviço de emergência especializado em atendimento infantil.


• Mesmo que os pais tomem todos os cuidados e ainda assim a criança seja picada, quais as recomendações imediatas?

São indicados a limpeza das lesões e o corte das unhas das crianças, a fim de evitar traumas em decorrência do prurido (coceira). Outra medida importante é evitar o uso de medicamentos sem a devida orientação do pediatra. Além disso, é necessário observar se não ocorrem sintomas, como pintas vermelhas, febre e queixa de dores. Vale reforçar que nem sempre as picadas apresentam lesões perceptíveis, por isso é importante estar atento e procurar assistência médica em caso de dúvida.


• Há como diferenciar a picada do mosquito comum da do Aedes aegypti?

Não é possível fazer essa diferenciação. O importante é reforçar a proteção quando a criança está em áreas abertas, durante o dia, principalmente no início da manhã – quando o mosquito tem maior atividade – e no final da tarde.


• No caso das crianças maiores, que estão em período de férias, existe alguma recomendação de repelente associado ao uso de filtro solar? Se positivo, quais as substâncias mais aconselhadas pelos pediatras para a dobradinha protetor solar e repelente?


Não é recomendada a associação de repelente com protetor solar para crianças. O indicado é aplicar o protetor e 40 minutos depois passar o repelente aconselhado para a faixa etária.


• No caso dos bebês, como os pais devem proceder para evitar que sejam picados tendo em vista que não são indicados para crianças abaixo dos 6 meses?

É recomendável o uso de macacões compridos ou calças. Procur utilizar roupas claras nos bebês, pois os tecidos muito coloridos podem atrair os mosquitos. Outra medida eficaz é o uso de mosquiteiros, telas e velas naturais de citronela, que tem um odor mais leve para o bebê, mas com poetencial repelente para os mosquitos. Ainda assim, se houver necessidade de utilizar algum tipo de repelente, procure os recomendados para essa faixa etária e não permita que a criança vá dormir com o produto no corpo.


• Recomendações adicionais:


·         Não aplicar o repelente na mão da criança para que ela mesma o espalhe no corpo. O motivo é que os pequenos podem passá-lo nos olhos ou na boca;

·         Aplicar o repelente na quantidade e nos intervalos recomendados pelo fabricante, lembrando que a maioria dos produtos atuam até 4 centímetros do local da aplicação;

·         Não aplicá-lo próximo da boca, do nariz, dos olhos ou sobre a pele traumatizada. Outra dica é guardar a bula ou a embalagem para posterior consulta, em caso de efeitos adversos (alergias);

·         Assim que não for mais necessário, o repelente deve ser retirado no banho;

·         Em locais muito quentes ou em crianças que suam mais, os médicos e fabricantes recomendam reaplicações mais frequentes.


Posts mais acessados