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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Câncer ainda faz muitas vítimas, mas avanços aumentam possibilidade de cura


Em evento realizado nos Estados Unidos, diversos estudos foram apresentados, ampliando as formas de tratar os mais variados tipos de câncer


O câncer é a segunda doença que mais causa mortes no mundo, sendo responsável por 9,6 milhões de óbitos em 2018, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, uma em cada seis mortes é relacionada à patologia. Porém, entre 30% e 50% dos casos a prevenção é possível se forem evitados os fatores de risco comportamentais e alimentares, como alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de atividade física e uso de álcool e tabaco.

Segundo a OMS, o câncer pode ser reduzido e controlado por meio da implementação de estratégias baseadas em evidências para a prevenção, a detecção precoce e o tratamento de pacientes com a doença. Muitos tipos de cânceres têm uma alta chance de cura se detectados a tempo e tratados adequadamente.


Mais inovação nas pesquisas e tratamentos

No início de junho, foi realizado o 55º Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), em Chicago, nos Estados Unidos, que é considerado o mais importante congresso mundial sobre câncer. Foram apresentados estudos sobre os mais variados tipos da doença. “Eu acompanho o ASCO desde 1998 e vejo, claramente, uma mudança no cenário de enfrentamento da Oncologia. Lá, podemos encontrar profissionais que passam por dificuldades semelhantes às nossas e temos acesso a pesquisas que trazem esforços e resultados importantes, desde a área básica da biologia molecular até a genética”, explica Dr. Murilo Buso, oncologista e diretor do Hospital do Câncer Anchieta (Hcan).

Estudos apresentados no ASCO 2019


Câncer de pele

O melanoma é um tipo de câncer de pele bastante agressivo, que pode ser diagnosticado em fases mais avançadas. No evento americano foi apresentando um estudo chamado ChecckMate 204 onde é comprovada a eficácia da associação  de  imunoterapia para o melanoma metastático para Sistema nervoso Central.


Câncer na cabeça e pescoço

Outra novidade é nos casos de câncer de cabeça e pescoço metastático que contam agora com um novo regime de tratamento com Pembrolizumabe isolado ou associado à quimioterapia, o que se torna uma nova estratégia para este tipo da doença.


Câncer gástrico

Em pacientes idosos e frágeis com câncer gástrico avançado, foi apresentada uma pesquisa com redução das doses do tratamento que não apresentou prejuízo nos resultados. O método foi avaliado como seguro e eficaz neste grupo.


Câncer de mama

Já no câncer de mama metastático com os receptores hormonais positivos e terapia hormonal associada ao alvo Ribociclibe, o estudo apresentado no ASCO 2019 demonstrou uma sobrevida global de 24% dos casos estudados.


Câncer no ovário e útero

Um estudo para tumores de útero e ovário do tipo carcinosarcomas demonstrou que o tratamento com quimioterapia contendo as medicações Carboplatina e Paclitaxel passa a ser o padrão para as pacientes em estágios iniciais e avançados.


Câncer no pâncreas

No câncer de pâncreas metastático foi discutido o estudo POLO, que avaliou um grupo selecionado de pacientes com uma mutação do gene BRCA. Após a quimioterapia com platinas, tiveram benefício ao utilizar a Olaparibe como manutenção após o tratamento convencional.

O ASCO abordou também a importância do diagnóstico molecular na oncologia, a investigação de mutações que possam ser alvos para tratamentos e a individualização do tratamento que proporciona uma medicina mais personalizada. “Estar no evento mostrou que é necessário entender que não basta apenas termos novas tecnologias, é preciso também implantá-las de forma viável para a sociedade”, afirma o oncologista e diretor do Hcan.

Segundo o especialista, o Brasil tem investido na área de oncologia e Brasília está entre as cidades com excelência em tratamentos. “O Brasil está avançando na área oncológica, já temos um bom trabalho de prevenção e diagnóstico. O Hcan, por exemplo, desenvolve um trabalho inovador com uma linha de cuidado diferenciada. Nós olhamos para o paciente não para a doença. A pessoa chega com o sintoma, é atendida, avaliada por um grupo de profissionais, o diagnóstico é passado e em 48 horas ela já tem o estadiamento e tratamento selecionados. O desafio do país é oferecer a mesma qualidade da rede particular para todos que não têm um plano de saúde”, conclui Dr. Murilo Buso.



Hospital Anchieta

Diabetes mal controlado pode levar a amputação dos pés

Imagens retiradas da internet


Segundo o Ministério da Saúde no Brasil têm são 55 mil amputações anuais



Estima-se que uma em cada quatro pessoas com diabetes pode ter problemas nos pés ao longo da vida. 

A Polineuropatia Diabética (PND), uma complicação que afeta 50% dos pacientes, é o fator causal mais importante para as úlceras nos pés dos pacientes diabéticos precedem 85% das amputações. 

Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para amputação de membros inferiores (pernas, pé, dedos dos pés) no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.  

“Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados, ” explica o Dr. Airton Mota Moreira, médico da CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa.

Os sintomas de PND nem sempre são reconhecidos, anormalidades nos pés, como sensação de queimação, formigamentos, dormência, dor (facada, pontada), fraqueza, fadiga ou câimbras podem estar presentesPodem haver ainda mudançana temperatura, cor, deformidade dos ossos do pé ou tecidos dessa região, presença de inflamação ou mesmo infecção.

O tratamento será instituído conforme o grau de isquemia, por meio do uso de medicamentos e exercícios, para casos leves. Quando a situação é mais grave haverá necessidade de realizar procedimentos minimamente invasivos como a angioplastia percutânea ou mesmo cirurgia para reconstituir a chegada de sangue.  

A angioplastia é um tipo de tratamento realizado por meio da dilatação dos estreitamentos arteriais utilizando cateteres-balões ou implante de stents. O acesso poderá ser feito a partir de uma artéria periférica, com auxílio de Raios X.

“Normalmente utilizamos anestesia local, e o paciente fica na unidade hospitalar por pelo menos 24 horas para controle clinico. Utilizando técnicas modernas como estas, se diagnosticada a tempo, podemos evitar e tratar a isquemia descompensada dos membros, com mínimo risco de complicações, se comparado à cirurgia convencional, assim como evitar amputações desnecessárias, ” finaliza o Radiologista Intervencionista





Dr. Airton Mota Moreira, médico da CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa - iniciou sua formação no estado do Piauí, onde completou graduação em Medicina no ano de 1990 pela Universidade Federal (UFPI), tem residência médica credenciada pelo MEC em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular Periférica. Obteve o título de especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) e é Doutor em Medicina pela USP.
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Dia Internacional do Diabético: endocrinologistas ressaltam a importância do controle e monitoramento das taxas de glicose


Mudança de hábitos e acompanhamento médico podem reverter o pré-diabetes. Prevenção é a forma mais eficaz de combater epidemia global


O Dia Internacional do Diabético, lembrado em 27 de junho, é uma data oficial do calendário do Ministério da Saúde como forma de promover a conscientização da sociedade sobre a doença, que acomete mais de 13 milhões de brasileiros, e no mundo, 425 milhões de pessoas sofrem da doença, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes.

O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal, que conta com políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional. Entre as iniciativas estão a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira, reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, e o Programa Academia da Saúde, com aproximadamente 4 mil polos habilitados e 2.012 com obras concluídas.

A prevenção se dá com uma rotina de hábitos saudáveis, mas é preciso estar atento ao histórico familiar e os fatores de risco. Pesquisadores japoneses acompanharam mais de 27 mil adultos não diabéticos com idade média 49 anos entre 2005 e 2016 e descobriram que o aumento da glicose em jejum, maior índice de massa corporal (IMC) e sensibilidade à insulina foram detectados até dez anos antes do diagnóstico de diabetes bem como pré-diabetes. O estudo revelou que a maioria das pessoas com diabetes tipo 2 passa pelo estágio de pré-diabetes, mas os achados sugerem que os marcadores metabólicos elevados para o diabetes são detectáveis ​​antes de seu diagnóstico.

“Na prática, este estudo nos mostra que a intervenção deve ser realizada antes do estágio pré-diabetes para evitar sua progressão. Esta jornada deve ter um acompanhamento médico a longo prazo com foco em exames periódicos associados a um estilo de vida saudável. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido o controle, especialmente porque o pré-diabetes apresenta chances de reversão, ao contrário do diabetes, que é uma doença crônica e com poucas possibilidades de cura”, explica a endocrinologista do Hospital Santa Paula, Thaís Castanheira.  

Tipos e sintomas

O diabetes tipo 1 é uma doença crônica não transmissível que aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Ela acomete entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Entre os principais sintomas estão vontade frequente de urinar, fome excessiva, sede excessiva, emagrecimento além do normal, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.

Pessoas com diabetes tipo 1 devem administrar insulina diariamente para regular a quantidade de glicose no sangue.

Já o diabetes tipo 2 está diretamente relacionado ao sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados. Ele ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos acima de 40 anos, mas crianças também podem apresentar.

Os principais sintomas são fome excessiva, sede excessiva, frequentes Infecções na bexiga, rins e pele, feridas que demoram para cicatrizar, alteração visual e formigamento nos pés e mãos. O tratamento é feito com o uso de medicamentos e/ou insulina associado a reeducação alimentar e atividade física regular.


Diagnóstico e monitoramento

O diagnóstico do diabetes é feito com exames laboratoriais como glicemia de jejum e hemoglobina glicada. Uma vez diagnosticado, o monitoramento do diabetes é realizado com uma gota de sangue retirada de um dos dedos da mão para averiguação dos níveis  de glicemia. O resultado sai em segundos.

De acordo com a endocrinologista Jellin Chuang Zambon, gerente médica da Roche Diabetes, é importante estar atento aos sinais do corpo. “No pré-diabetes, as pessoas costumam apresentar quadros de obesidade, hipertensão e alteração nos lipídios. Os níveis de glicose estão mais altos que o normal, mas ainda dá tempo de reverter”, explica.

A endocrinologista recomenda uma avaliação médica a cada três meses para acompanhamento. No entanto, o Ministério da Saúde aponta que 50% dos pacientes com pré-diabetes desenvolvem a doença por não seguir as orientações médicas. Neste caso, o monitoramento passa a ser frequente, às vezes várias vezes ao dia, para evitar complicações graves como infarto e AVC.


Prevenção

Veja abaixo as recomendações médicas para prevenção do diabetes:

- Coma diariamente frutas, verduras, legumes;

- Reduza o consumo de sal, açúcar e gorduras;

- Abandone hábitos como tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas;

- Pratique exercícios físicos regularmente;

- Fique de olho no peso;

- Realize exames periódicos com um médico que acompanhe toda a sua jornada.





Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11) 3040-8000


Roche Diabetes

Dicas financeiras para famílias: como prevenir e combater o endividamento


Especialista em gestão financeira explica como pais, mães e filhos podem se unir para sair do vermelho; dívidas atingem 63,4% das famílias brasileiras


Segundo dados publicados em junho, o total de famílias endividadas subiu para 63,4% em maio de 2019. Essa é a quinta alta consecutiva do indicador, produzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em abril, o índice era de 62,7%.

“O endividamento familiar tem várias origens, desde a falta de planejamento, consumo exagerado ou mesmo a falta de renda, por conta do cenário empregatício desfavorável em que vivemos”, explica o coordenador do curso de Gestão Financeira do Centro Universitário Internacional Uninter, Daniel Cavagnari.

Além disso, a cultura e sociedade brasileiras contribuem para o acúmulo de dívidas/débitos. “O brasileiro não tem o hábito de mensurar o valor do próprio dinheiro. Isso significa saber quantas horas precisa trabalhar para adquirir determinado bem ou serviço”, diz.

Outros fatores culturais são o uso de crédito fácil ou oculto, como o limite do cheque especial, que tem juros de cerca de 300% ao ano. Ou ainda o endividamento por meio de cartões de crédito. Ainda segundo os dados da CNC, a maior parte das dívidas familiares (78,6%) foram contraídas dessa forma.
As cinco dicas para sair do endividamento (ou evitá-lo)

1.       Planilha de gastos
“É preciso fazer um diagnóstico de tudo o que é gasto para identificar onde está o problema. Todos os membros da família devem contribuir com essa etapa essencial”, explica.

Até mesmo crianças e adolescentes devem contribuir com o controle de gastos. Os pequenos devem saber o quanto podem gastar e com o quê, além de aprender a anotar em que dispenderam seu dinheiro.
O professor recomenda que essa planilha seja feita mensalmente e também anualmente, para prever gastos sazonais em períodos específicos, como festas de final de ano, aniversários, impostos em geral (como o Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU e o IPVA), entre outros.


2.      Plano de contingência

“Muitas pessoas compram bens, como imóveis ou carros, sem ter um plano caso não possam mais arcar com as parcelas. O contingenciamento é necessário, pois esperar pelo sequestro e leilão do bem é o custo mais alto que se pode ter”, diz o professor.

Como contingenciamento, a família pode fazer uma reserva de emergência, calcular quanto podem sacar do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou ver quem está mais apto a assumir o pagamento. Assim, no caso de uma perda repentina de emprego, não há risco de endividamento.


3.      Mantenha o nome limpo

“Nunca empreste seu nome ou cartão de crédito para familiares ou amigos. Se eles sujaram o próprio nome e bloquearam os próprios cartões, farão o mesmo com você. Aprenda a dizer não a esses pedidos”, defende Cavagnari.


4.      Cartão de crédito sob controle

“Com o cartão de crédito, gastamos sem saber o quanto e só vemos o total quando a fatura chega no mês seguinte. Hoje é difícil viver sem essa ferramenta, mas já temos alternativas ao cartão tradicional do banco”, coloca o professor.

Alguns cartões mais modernos não têm anuidade e sua fatura pode ser acessada a qualquer momento pela internet — no computador ou celular. Outra boa opção é usar cartões de crédito pré-pagos, em que a pessoa primeiro paga e depois usa o cartão.


5.      Cuidado com pequenos gastos

“Hoje é muito fácil desperdiçar dinheiro com besteiras e bugigangas pela internet, pois refletimos menos ao fazer essas compras. Também somos tentados a assinar serviços, os quais usaremos pouco ou quase nada. Ao fim do mês, esses ‘pequenos’ gastos tornam-se grandes”, explica o professor.
Para evitar essa situação, valem as dicas já citadas de criar uma planilha com todos os gastos e controlar o uso do cartão de crédito.





Grupo Uninter 


O papel educativo da Autoridade Nacional de Proteção de Dados



Como a agência reguladora poderá fortalecer a implementação da LGPD


A conectividade e a facilidade de acesso às informações deram origem a um fenômeno recente de produção e intercâmbio de dados em dimensão nunca vista em nossa história. Para oferecer um atendimento personalizado, as empresas passaram a conhecer mais a fundo cada cliente, por meio de tecnologias como Analytics e Big Data, e traçar campanhas mais individualizadas, demandando cada vez mais o acúmulo de informações. A nova realidade assustou e deixou clara a necessidade de proteger os “dados pessoais” contra seu uso indevido e não autorizado.

Atenta a essa discussão, o Brasil sancionou, em agosto de 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de número 13.709/2018, que regulamenta o uso, a proteção e a transparência de dados pessoais no País. O marco regulatório determina como as informações dos cidadãos podem ser coletadas e tratadas, prevendo as devidas punições em casos de infração.

Como os dados ficam nas instituições e empresas, são elas que devem cumprir a lei, tendo o zelo necessário para divulgar e usar essas informações. A nova lei sinaliza que três áreas das organizações são responsáveis pelo cuidado especial com os dados: tecnologia da informação, gestão e compliance. A LGPD define que empresas que infringirem as normas poderão sofrer penalidades que variam de advertência até suspensão das atividades, processo judicial e, se for o caso, multas altíssimas por cada transgressão.

Segundo o Gartner, menos de 30% de todas as organizações sujeitas à LGPD estarão completamente em conformidade até 14 de agosto de 2020. Por isso, a necessidade de um trabalho educativo que estimule as empresas a avaliarem, o quanto antes, seus métodos de coleta e curadoria de dados e supervisão, para que possam desenvolver políticas de retenção de dados mais eficazes, dentro do prazo.

Acreditamos que a LGPD ganhará ainda mais força com a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), essencial para fiscalização adequada do cumprimento da nova lei. Sem essa autoridade, seria bastante complicado monitorar e punir eventuais desvios. Mais importante ainda será o papel que a entidade terá na divulgação e esclarecimento de dúvidas, bem como na orientação que prestará às empresas. A ANPD terá um papel educativo, na medida em que poderá estabelecer diretrizes claras a todos que estão sujeitos à nova lei.

Para que cumpra efetivamente seu papel, é fundamental que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados tenha autonomia técnica, o que fortalece a sua presença e garante a imparcialidade necessária para atender às regras da LGPD.

Outro ponto que deve ser observado é a diversidade de perfis dos membros que compõem a ANPD. Associada à autonomia técnica, a diversidade contribui para que a autoridade seja utilizada apenas para fins de educar e fiscalizar os temas relacionados à proteção de dados, garantindo aos usuários que se sentirem prejudicados o acesso rápido e simples para realização da denúncia. Dessa forma, a investigação ocorrerá de forma célere, permitindo aos usuários acompanhar o andamento de suas reclamações.

Para o sucesso da atuação da ANPD, não basta que a agência reguladora aplique as penalidades, mas que realmente obrigue as empresas a pagá-las. Este é um tema bastante complexo, já que envolve outros atores (como o Judiciário) e a possibilidade de recursos, porém é algo que deve estar no radar da autoridade e do Poder Executivo.

Certamente os primeiros anos serão de muito trabalho para os membros da ANPD, que deverão, além de educar as empresas na forma correta de tratar os dados, atender aos anseios da sociedade na investigação e eventual punição (rápida) de desvios.

Para as organizações, uma boa dica é a criação de um ecossistema de inovação, que tenha interface com as plataformas de gerenciamento de consentimento, que podem aprimorar a experiência do usuário e aumentar o número de consumidores que aceitem ser contatados. O tempo é curto, os desafios são diversos e as oportunidades estão à disposição para quem realmente queira investir em soluções de ponta, que garantam conformidade e eficiência. Segundo o Gartner, “é melhor ter uma pequena lista de consumidores engajados do que grandes quantidades de dados não inteligentes”.




André Fernandes - Gerente de Engenharia de Soluções da NICE

Como fugir dos erros de português no currículo


Emprego do verbo ‘haver’ e uso do plural ainda confundem muitos estudantes



Uma das formas mais comuns de perder pontos importantes em um processo seletivo para uma vaga de estágio é cometer falhas na utilização da língua portuguesa, principalmente na hora de montar o currículo. Independentemente do erro, muitos recrutadores encaram a situação como desatenção ou falta de domínio do idioma, o que pode prejudicar os estudantes.

“O currículo precisa reunir informações claras e diretas sobre qualificação profissional, formações complementares e experiências profissionais anteriores. Para isso, a utilização de maneira correta da nossa língua é fundamental”, pontuou a supervisora de Desenvolvimento Humano e Organizacional do CIEE, Juliana Malaquias.

O emprego do verbo ‘haver’ costuma confundir muita gente. Segundo a norma culta da língua, ele não deve ser conjugado no plural quando utilizado no sentido de existir. Portanto, ‘há uma questão’, ‘havia duas questões’ e ‘haverá três questões’. Outro escorregão recorrente é separar sujeito e verbo por vírgula. Sentenças como “Minha formação anterior, trouxe uma experiência diferente” estão erradas.

Por fim, vale ter atenção redobrada com o plural. Por exemplo, ao escrever uma mensagem de e-mail encaminhando o currículo e uma carta de recomendação do gestor anterior, é preciso que o verbo vá para o plural: “Seguem documentos em anexo”, e não “Segue documentos em anexo”.

“Recomendamos que o estudante releia o currículo e caso as dúvidas persistam, vale recorrer à ajuda de amigos ou familiares. Cursos online gratuitos do CIEE Saber Virtual, que podem ser acessados após cadastro no Portal CIEE, também são ótima opção para tirar dúvidas. O importante é ter um currículo livre de erros que podem custar uma oportunidade no mundo do trabalho”, concluiu Juliana.






CIEE


EFD-Reinf: Avalara alerta para novos registros a partir de 2020


Soluções de tecnologia e processo de adequação antecipado podem evitar multas

Como muitos sabem, EFD-Reinf significa Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais e trata-se do mais novo módulo do Sistema Público de Escrituração Digital, também conhecido como SPED. O sistema deve ser utilizado pelas pessoas jurídicas e físicas, em complemento ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, o eSocial.
A questão é que, a partir de janeiro de 2020, os contribuintes da EFD-Reinf deverão adotar a versão 2.0 do sistema, aprovada por meio do Ato Declaratório Executivo COFIS nº 10/2019. “A versão em questão apresenta eventos nos quais as informações que substituirão a DIRF serão escrituradas, ou seja, as retenções de Imposto de Renda, pessoa física e jurídica, e as contribuições sociais retidas na fonte, como PIS, Cofins e CSLL”, explica Trícia Braga, diretora de conteúdo da Avalara Brasil. Isso quer dizer que o registro R-2070, que foi removido da EFD-Reinf na versão 1.4 com o objetivo de ser remodelado para ser reintroduzido no segundo semestre de 2018, não chegou a entrar em produção e nunca será entregue, dando lugar aos registros dos eventos R-4000.
Dessa forma, assim que entrar em vigor a versão 2.0 da EFD-Reinf, o contribuinte deverá ficar atento à criação dos seguintes eventos:

●      R-4010 – retenção na fonte de Pessoa Física
●      R-4020 – retenção na fonte de Pessoa Jurídica
●      R-4040 – pagamentos a beneficiários não identificados
●      R-4098 – reabertura dos eventos periódicos série 4000
●      R-4099 – fechamento dos eventos periódicos série 4000
●      R-9002 – informações de bases e tributos por evento (retenção na fonte)
●      R-9012 – informações consolidadas de bases e tributos (retenções na fonte)

Seguem algumas dicas para isso:

Apoie-se em soluções de tecnologia - Especialistas da Avalara são unânimes em afirmar que nesse momento de atualização do EFD-Reinf, a recomendação é investir na adoção de tecnologias adequadas, que tendem a facilitar todo o processo. “É possível se beneficiar de ponta a ponta, desde a geração das informações tributárias até a validação dos dados, com especial atenção, por exemplo, ao saneamento de cadastros e à parametrização das regras tributárias, possibilitando, ao final, a total integração das informações na escrituração dos eventos exigidos em compliance”, ressalta Trícia.

É possível prevenir multas - O contribuinte que deixar de apresentar a EFD-Reinf no prazo fixado ou que fizer a entrega com informações incorretas ou faltantes será intimado a apresentar a declaração original, prestar esclarecimentos e/ou ficará sujeito às seguintes multas, que variam de acordo com a penalidade e a categoria do contribuinte. “Sempre que as empresas passam por algum desconforto com a Receita Federal, os prejuízos são sentidos diretamente no caixa da companhia e no andamento dos trabalhos da equipe interna. Então, para evitar transtornos, nossa recomendação é que se inicie imediatamente o projeto de saneamento das informações constantes no ERP, que darão a oportunidade de identificar e tratar as possíveis falhas nos processos e testar a geração das informações na solução fiscal. A ideia é que o contribuinte inicie 2020 com a operação em perfeito funcionamento”, finaliza.




Avalara, Inc.



O atual cenário do setor cafeeiro brasileiro


O Brasil é o maior produtor mundial de café e, só em maio deste ano, bateu um novo recorde mensal em termos de volume. Foram 3,5 milhões de sacas, segundo dados do Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. Um dos maiores obstáculos que os cafeicultores têm enfrentado são os altos custos de produção, que estão acima do preço de venda na maioria das origens produtoras, o que agrava a situação econômica das regiões cafeeiras, tornando incerta a oferta futura de café aos consumidores.

O mês de maio foi marcado pela forte variação nos preços do café arábica. Após o considerável recuo em seu início, com as cotações marcando os menores preços desde novembro de 2013 (fruto da deflação pelo IGP-DI de abril 2019), o fim do período teve forte recuperação nos preços domésticos, reflexo da alta expressiva dos futuros da variedade. Esta instabilidade é um dos fatores que assombra o cafeicultor.

Com grande destaque no cenário global, o cafeicultor brasileiro está diante de uma das piores quedas de preço do café nas últimas décadas e está em busca de soluções sustentáveis para evitar a crise.

Recentemente, representantes da produção cafeeira dos maiores países produtores de arábica do mundo – Brasil e Colômbia – uniram forças para buscar soluções a esta persistente crise e uma das ações propostas pelo grupo é aproximar produtores e consumidores finais, agregando valor na origem. Segundo eles, será possível distribuir melhor a riqueza gerada ao longo da cadeia produtiva, trazendo mais sustentabilidade aos produtores. Todas as intenções do grupo serão detalhadas entre 10 e 11 de julho, durante o II Fórum Mundial dos Produtores de Café, em Campinas (SP).

Como um dos apoiadores dessa aliança Brasil-Colômbia, o Fórum Mundial trará o resultado do estudo "Análise Econômica e Política para Melhorar os Rendimentos dos Produtores de Café", elaborado pelo professor e economista da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs. Mais informações no site wcpf2019.com.br .

Treinamento ou gerenciamento? Aprenda a identificar a raiz do problema no atendimento ao cliente


Vocês precisam treinar melhor seus funcionários ”, bradam os clientes indignados. Esta é uma manifestação muito comum por parte deles quando recebem um péssimo atendimento. Ou seja, para muitos clientes, o treinamento resolve os problemas advindos de um atendimento ruim. Será mesmo?

O que é mais interessante, porém, é o fato de que não apenas clientes pensem assim, mas dirigentes de muitas empresas fazem discursos semelhantes, achando que um treinamento mais intensivo irá resolver as difíceis situações que envolvem as relações com os clientes.
Para ilustrar melhor essa questão, quero reproduzir aqui uma reclamação que saiu em um jornal diário. Ela é bem didática para o que pretendo discutir. Claro, omitirei nomes verdadeiros, inventando fictícios, tanto da pessoa, quanto da empresa envolvida. Vamos lá.
“Em 26 de maio, viajei de Florianópolis para São Paulo em um voo da XYZ Linhas Aéreas. Ao passar pelo check-in, no aeroporto de Florianópolis, perguntei a um funcionário da companhia se poderia sentar-me ao lado de dois amigos que estavam no mesmo voo. O rapaz, muito mal-educado, respondeu que o momento não era propício para a pergunta. Reclamei com a supervisora da XYZ, que me deu uma folha de papel em branco e pediu que eu registrasse a queixa. Segui a orientação e coloquei meu telefone no final da carta. Mas, para minha surpresa, recebi uma ligação do funcionário que reclamei. O rapaz me agrediu verbalmente e disse que minha queixa o prejudicou. Indignada, enviei um e-mail à XYZ relatando o ocorrido, mas a empresa disse apenas que o caso foi encaminhado à supervisão. Lívia Skedrun. Relações Públicas – Capital”.
Vejam a resposta que o jornal obteve da empresa e o comentário da passageira: “A XYZ Linhas Aéreas informa que investe todos os seus esforços e finanças para oferecer o melhor treinamento aos seus funcionários. A companhia afirma que o comportamento do funcionário citado por Lívia Skedrun não é comum em seu quadro funcional. A empresa acrescenta que já tomou as medidas cabíveis em relação ao atendente. Lívia Skedrun diz que a XYZ deveria investir mais no treinamento de seus funcionários para evitar que casos como esse se repitam”.
Não vou aqui nem me prolongar no fato do funcionário em questão estar com o telefone da passageira e haver ligado para ela, o que denota uma falha gravíssima no trato e nos procedimentos quanto às reclamações dos passageiros. Lamentável!  
Notem que curioso.  Não apenas a empresas enxerga o treinamento como base para um atendimento eficaz, mas a própria passageira, vítima do infortúnio, manifesta e recomenda à empresa que invista mais em treinamento para que situações como essa voltem a acontecer!
Qual o poder de um treinamento? Treinamento é uma ferramenta de aprendizado que tem sua eficácia comprovada quando se destina a transmitir um conhecimento específico ou uma habilidade determinada. Porém, a experiência tem demonstrado ser pouco eficaz no campo da transmissão de atitudes e de comportamentos esperados.
Convido o leitor para fazer o seguinte exercício. Vamos supor que em vez de a nossa passageira Lívia fosse a esposa de um diretor da própria XYZ que estivesse embarcando e ela fizesse ao funcionário (que sabia antecipadamente quem era a ilustre passageira à sua frente) a mesma solicitação de mudança de assento na aeronave, qual você acha que seria a atitude desse funcionário? Atenderia prontamente e com muita simpatia a solicitação, seria a sua resposta, não é mesmo? Bem... então o problema não foi de conhecimento e nem de habilidade de atendimento. O funcionário sabia atender bem. Ele apenas não viu necessidade dessa prática com a passageira Lívia, ou melhor, ele não quis atender bem. Então, o problema não está em “saber”, coisa que o treinamento resolve, mas em “querer”, coisa que o treinamento não resolve. 
Essa questão ou diferença é bem sutil, mas é importante o seu entendimento. Como eu disse, não me importo muito quando os clientes atribuem às deficiências de treinamento diante de um atendimento ruim, porém me incomoda muito quando gestores insistem nesse discurso. O problema não está no treinamento ou na falta dele, mas na forma como as operações que envolvem clientes são gerenciadas. Algum gestor estava preocupado quanto a forma com que os passageiros estavam sendo tratados?  Se a passageira não tivesse reclamado, algum gestor teria se importado com as atitudes do funcionário? Haveria alguma consequência em se atender mal? Um atendimento nota dez e um nota dois faria diferença para o gestor?
Está evidente que o caso aqui relatado mostra claramente um problema de gestão e não uma deficiência de treinamento. Quem faz um funcionário “querer” atender bem é um gestor engajado e comprometido com a excelência em serviços e que faz o seu papel, não apenas olhando para o resultado final, mas se importando muito com a forma de como esse resultado está sendo construído! 



Paulo Cesar Silva - consultor de empresas na área de gestão de serviços e excelência na satisfação do cliente da Mais Cliente. Professor da ESPM, atuou por mais de vinte anos nas áreas de vendas e marketing em funções gerenciais de empresas como: Xerox do Brasil, Kodak, Pantanal Linhas Aéreas, etc. Foi aluno e pesquisador do Núcleo de Análise Interdisciplinar de Política e Estratégia da USP. Foi vice coordenador do Ciclo de Estudos de Política e Estratégia da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, da qual é membro. É pós-graduado pela ESPM. Mais informações:  http://maiscliente.com.br


Funcionários endividados têm menor produtividade no trabalho, mostra pesquisa


 80% dos trabalhadores brasileiros enfrentam dificuldades financeiras; endividamento diminui produtividade das empresas em 15%

Um profissional deve deixar os problemas pessoais do lado de fora da empresa que trabalha. Certo? Errado. Com o aprofundamento da crise no país, muitas empresas se depararam com funcionários desconectados da rotina profissional e o principal motivo é preocupação com dívidas, nome sujo ou acúmulo de contas. De acordo com dados da The Employer´s Guide to Financial Wellness - EUA, o endividamento dos profissionais diminui a produtividade em 15%, refletindo também na saúde financeira das empresas.

Neste cenário, algumas ideias de negócio já surgem no mercado e propõem não só tirar o profissional do vermelho, mas também torná-lo um poupador. A H3R - empresa brasileira que oferece soluções financeiras para CLTs - tem como principal objetivo orientar trabalhadores que têm pouco acesso à tecnologia a terem uma vida financeira equilibrada. A empresa atua por meio de crédito consciente e produtivo, com taxas personalizadas ao perfil do funcionário, e educação financeira - consultorias.

“O conceito de crédito consciente deve ser aplicado com o seu uso planejado, com propósito e educação financeira, fomentando o empreendedorismo e evitando o endividamento excessivo. O Brasil vive uma crise econômica em que os principais prejudicados são os trabalhadores e a H3R propõe ajudar a resolver esses problemas financeiros para que todos os lados se beneficiem”, destaca Fernando Ferraz, sócio-fundador da H3R.


80% dos trabalhadores brasileiros enfrentam dificuldades financeiras

A H3R já emprestou meio bilhão de reais e atualmente é fomentada pelo FIDC NeoCred - focado apenas em operações de empréstimos para funcionários de empresas privadas. Fundada em 2005, a empresa se tornou o braço direito dos RHs, atuando como consultora e ajudando a resolver os principais problemas dos funcionários com o orçamento doméstico. Estima-se que mais de 80% dos trabalhadores brasileiros enfrentam dificuldades financeiras, segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

Para Fernando, RHs enfrentam dificuldades para reconectar profissionais com o trabalho em razão do acúmulo de dívidas e problemas financeiros. “O aumento das dívidas é um problema comum entre os trabalhadores brasileiros e não deve ser ignorado. Consome o tempo e a energia das pessoas e é por isto que oferecemos não só o crédito consciente e personalizado para sair do vermelho, mas também educação financeira de como melhor utilizar este benefício. Trabalhamos para que o colaborador não volte a ficar endividado e comece a criar uma cultura de poupar com consciência”, finaliza Fernando.





H3R 


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