Mudança de hábitos e acompanhamento médico
podem reverter o pré-diabetes. Prevenção é a forma mais eficaz de combater
epidemia global
O
Dia Internacional do Diabético, lembrado em 27 de junho, é uma data oficial do calendário do Ministério da
Saúde como forma de promover a conscientização da sociedade sobre a doença,
que acomete mais de 13 milhões de brasileiros, e no mundo, 425 milhões de
pessoas sofrem da doença, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes.
O
incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades
físicas é prioridade do Governo Federal, que conta com políticas intersetoriais
de saúde e segurança alimentar e nutricional. Entre as iniciativas estão a
publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira, reconhecida
mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, e o
Programa Academia da Saúde, com aproximadamente 4 mil polos habilitados e 2.012
com obras concluídas.
A
prevenção se dá com uma rotina de hábitos saudáveis, mas é preciso estar atento
ao histórico familiar e os fatores de risco. Pesquisadores japoneses
acompanharam mais de 27 mil adultos não diabéticos com idade média 49 anos
entre 2005 e 2016 e descobriram que o aumento da glicose em jejum, maior índice
de massa corporal (IMC) e sensibilidade à insulina foram detectados até dez
anos antes do diagnóstico de diabetes bem como pré-diabetes. O estudo revelou
que a maioria das pessoas com diabetes tipo 2 passa pelo estágio de
pré-diabetes, mas os achados sugerem que os marcadores metabólicos elevados
para o diabetes são detectáveis antes de seu diagnóstico.
“Na
prática, este estudo nos mostra que a intervenção deve ser realizada antes do
estágio pré-diabetes para evitar sua progressão. Esta jornada deve ter um
acompanhamento médico a longo prazo com foco em exames periódicos associados a
um estilo de vida saudável. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido o
controle, especialmente porque o pré-diabetes apresenta chances de reversão, ao
contrário do diabetes, que é uma doença crônica e com poucas possibilidades de
cura”, explica a endocrinologista do Hospital Santa Paula, Thaís Castanheira.
Tipos
e sintomas
O diabetes tipo 1 é uma
doença crônica não transmissível que aparece geralmente na infância ou
adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Ela acomete entre
5% e 10% do total de diabéticos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Entre
os principais sintomas estão vontade frequente de urinar, fome excessiva, sede
excessiva, emagrecimento além do normal, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças
de humor, náusea e vômito.
Pessoas
com diabetes tipo 1 devem administrar insulina diariamente para regular a
quantidade de glicose no sangue.
Já
o diabetes tipo 2
está diretamente relacionado ao sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares
inadequados. Ele ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina
produzida. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. Ele
se manifesta mais frequentemente em adultos acima de 40 anos, mas crianças
também podem apresentar.
Os
principais sintomas são fome excessiva, sede excessiva, frequentes Infecções na
bexiga, rins e pele, feridas que demoram para cicatrizar, alteração visual e
formigamento nos pés e mãos. O tratamento é feito com o uso de medicamentos
e/ou insulina associado a reeducação alimentar e atividade física regular.
Diagnóstico
e monitoramento
O
diagnóstico do diabetes é feito com exames laboratoriais como glicemia de jejum
e hemoglobina glicada. Uma vez diagnosticado, o monitoramento do diabetes é
realizado com uma gota de sangue retirada de um dos dedos da mão para
averiguação dos níveis de glicemia. O resultado sai em segundos.
De
acordo com a endocrinologista Jellin Chuang Zambon, gerente médica da Roche
Diabetes, é importante estar atento aos sinais do corpo. “No pré-diabetes, as
pessoas costumam apresentar quadros de obesidade, hipertensão e alteração nos
lipídios. Os níveis de glicose estão mais altos que o normal, mas ainda dá
tempo de reverter”, explica.
A
endocrinologista recomenda uma avaliação médica a cada três meses para
acompanhamento. No entanto, o Ministério da Saúde aponta que 50% dos pacientes
com pré-diabetes desenvolvem a doença por não seguir as orientações médicas.
Neste caso, o monitoramento passa a ser frequente, às vezes várias vezes ao
dia, para evitar complicações graves como infarto e AVC.
Prevenção
Veja
abaixo as recomendações médicas para prevenção do diabetes:
-
Coma diariamente frutas, verduras, legumes;
-
Reduza o consumo de sal, açúcar e gorduras;
-
Abandone hábitos como tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas;
-
Pratique exercícios físicos regularmente;
-
Fique de olho no peso;
-
Realize exames periódicos com um médico que acompanhe toda a sua jornada.
Hospital
Santa Paula
Av.
Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11) 3040-8000
Roche Diabetes
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