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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Diagnóstico precoce aumenta em mais de 90% as chances de cura dos casos de câncer de próstata


Tratar tumores em estágio inicial pode reduzir as ocorrências de impotência e incontinência urinária


O câncer de próstata é a neoplasia mais comum e a segunda maior causa de morte entre os homens brasileiros. Só neste ano, são estimados, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 68 mil casos novos. Apesar das importantes conquistas terapêuticas dos últimos anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia aproximadamente 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença.

Diante deste cenário o diagnóstico, acompanhamento e o tratamento adequado são as medidas de prevenção mais assertivas. De acordo com o Dr. Carlo Passerotti, Coordenador do Centro de Cirurgia Robótica e do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, tais condutas podem proporcionar mais de 90% de cura da doença e que homens diagnosticados com câncer de próstata em estágios iniciais possam terminar o tratamento mantendo a potência e a continência urinária.

"O diagnóstico precoce associado aos avanços tecnológicos, que permitem cirurgias menos invasivas, como os procedimentos robóticos, auxiliam com altas chances de cura e proporcionam mais qualidade de vida aos pacientes após os procedimentos" diz o Dr. Passerotti.

A partir dos 50 anos os homens, devem procurar seu médico de confiança e realizar o rastreamento do câncer de próstata por meio dos exames de toque retal associado ao exame da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue. Nos casos suspeitos, é indicada a realização da ressonância magnética e da biópsia prostática. Estudos mostram que homens da raça negra têm risco 60% maior de desenvolver a doença e a mortalidade nesta população é três vezes maior que em homens brancos e amarelos.

A hereditariedade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata. Homens cujos parentes de primeiro grau (pai ou irmãos) diagnosticados com câncer de próstata têm o dobro de chances de desenvolverem a doença. Portanto, homens negros e aqueles com histórico familiar devem começar o rastreamento aos 40 anos.

O especialista também ressalta que apenas 20% dos tumores de próstata são casos avançados da doença e que apresentam metástases, quando o câncer atinge outras regiões do organismo, diferentes do órgão que originou a doença.


Opções terapêuticas

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com equipamentos de última geração para o diagnóstico cada vez mais precoce dos tumores prostáticos, como a ressonância magnética de 3 Tesla, aparelho que realiza os exames até 25% mais rápido, além de contar com uma melhor resolução de imagens.

A importância do diagnóstico precoce tem relação direta com a eficácia da terapêutica e depende principalmente do tamanho e da localização do tumor. As cirurgias da próstata podem ser realizadas de diversas maneiras, inclusive por meio de procedimentos robóticos, que permitem ao cirurgião ter uma visão ampliada e em três dimensões da próstata e consequentemente do tumor. A incisão realizada também é menor quando comparada a cirurgia convencional, proporcionando posteriormente mais qualidade de vida para o paciente.

Entre os tratamentos mais recentes está também o hipofracionamento da próstata. Trata-se de uma tecnologia de radioterapia - a de intensidade modulada ou IMRT - para redução do tempo total de tratamento irradiante. Com isso, o que antes era feito em 40 dias pode ser realizado em 28 ou mesmo em somente 20 dias úteis. Para tratar os casos avançados de câncer de próstata são utilizados hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos de terapia alvo.



Hospital Alemão Oswaldo Cruz
www.hospitaloswaldocruz.org.br

Novembro Azul: diagnóstico precoce é o caminho para combater o câncer de próstata


Exames preventivos são principais formas de combate ao tumor, o maior em incidência entre os homens


O câncer de próstata - principal em incidência entre os homens (excluindo-se o câncer de pele)- deve registrar 68.220 novos casos neste ano no Brasil, o que corresponde a um risco de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). E conscientizar a população masculina sobre a importância de exames preventivos é um dos principais desafios no combate à doença.

Por isso, a Campanha Novembro Azul alerta que o diagnóstico precoce é o principal caminho para a cura da doença, que deve causar 359 mil mortes em todo mundo neste ano, segundo a OMS. "Para um diagnóstico precoce é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam exame clínico (toque retal) e o teste de antígeno prostático específico (PSA) anualmente para rastrear o aparecimento da doença", orienta o médico Saulo Brito, oncologista do InORP/ Grupo Oncoclínicas.

Superar as barreiras do preconceito é um dos principais desafios no combate ao câncer, segundo mostra uma pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Encomendado pelo Datafolha, o estudo indica que 21% do público masculino acredita que o exame de toque retal "não é coisa de homem". Considerando aqueles com mais de 60 anos (grupo de risco), 38% disse não achar o procedimento relevante.


Sintomas e tratamento

Os principais sintomas do câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula, tendo como características dificuldade para urinar seguida de dor e/ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Quando a doença já está em fase mais avançada, pode ocorrer a presença de sangue no sêmen, impotência sexual, além de outros desconfortos decorrentes da metástase em outros órgãos.

O tratamento depende do estágio e da agressividade em que o tumor de próstata se encontra. Em casos iniciais e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa. Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de resposta. "Após a cirurgia, em alguns casos é necessário realizar o procedimento de radioterapia pós-operatória para a diminuição do risco de recidiva da doença", diz o Dr. Saulo Brito.


Prevenção

Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, segundo o INCA.

Outros hábitos saudáveis, como manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar também são importantes para a prevenção.

Os exercícios físicos também são alternativas eficazes na prevenção ao câncer de próstata. Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que os homens que se exercitavam vigorosamente 3 horas ou mais por semana tiveram risco de mortalidade pela doença 61% menor do que os do segundo grupo.

Ainda segundo o INCA, homens que têm pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, aumentam o risco de ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.






Dr. Saulo Brito - Oncologista do InORP/ Grupo Oncoclínicas.



Urologista destaca importância do diálogo com o paciente no tratamento do câncer de próstata


  • Neal Shore, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Urologia do Século 21 na Carolina do Sul (EUA) veio ao Brasil para discutir estudo que aborda o uso de enzalutamida para o tratamento de câncer de próstata não metastático resistente à castração
  • Novembro é o mês mundial de combate ao câncer de próstata


O urologista Neal Shore tem uma das mais difíceis missões de um médico – comunicar ao paciente que ele sofre de câncer de próstata e direcioná-lo ao melhor tratamento possível no momento do diagnóstico. Com mais de trinta anos de experiência como uro-oncologista, ele assegura que "não há diferença cultural quando se fala da reação do paciente ao anúncio da doença. "É como se a pessoa ganhasse um passaporte onde está escrito ´tenho câncer´ e a reação imediata é invariavelmente de tristeza", ressalta o especialista e um dos autores do PROSPER1 – estudo de fase 3, que mostrou que o medicamento enzalutamida reduziu significativamente, em 71%, o risco de metástase ou óbito em homens com câncer de próstata não metastático resistente à castração (CPRCnm).

Shore esteve em São Paulo no início de outubro para participar do Astellas Oncology Forum 2018, evento promovido pela farmacêutica japonesa Astellas Farma Brasil com o objetivo de discutir casos clínicos com médicos e representantes de planos de saúde. O evento antecipou um dos temas que serão abordados na campanha de conscientização sobre câncer de próstata Novembro Azul deste ano: o medo de ser diagnosticado com a doença.

Para o diretor-executivo, líder de Patient Experience, da Astellas nos Estados Unidos, Doug Noland, o evento foi mais uma oportunidade de médicos e pesquisadores trocarem experiências enriquecedoras para melhorar o tratamento aos pacientes. "O bem-estar do paciente é sempre o foco do que fazemos, e esses exemplos permitem aprimorar nosso trabalho em busca de melhores tratamentos", reforçou o executivo.

O Astellas Oncology Forum 2018 reuniu diversos especialistas da área de todo o mundo, entre eles o Daniel Herchenhorn, coordenador científico da Oncologia da Rede D´Or; André Sasse, oncologista do Grupo Sasse Oncologia e Hematologia; Igor Morbeck, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês de Brasília; Ubirajara Ferreira, professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Walter Costa, titular do Núcleo de Urologia do A.C. Camargo Cancer Center; e Glyn Elwyn, professor do Dartmouth Institutte, que pertence ao Instituto Dartmouth para Política de Saúde e Prática Clínica, nos Estados Unidos.

Para o médico Ubirajara Ferreira, da Unicamp, e um dos principais pesquisadores do estudo PROSPER no Brasil, foi um momento raro para o encontro de especialistas na área em torno de um estudo que aponta caminhos para a melhora na qualidade de vida do paciente. "É sempre importante essa troca de experiências para avançarmos no tratamento do câncer de próstata", ressaltou.

Por meio de entrevista, o uro-oconlogista, Neal Shore, com passagens também pelo Cornell Medical Center/The New York Hospital e integrante da Sociedade Norte-americana de Oncologia Clínica e da Associação Norte-americana de Urologia, destacou a importância da relação entre médico e paciente.

O Sr. já esteve várias vezes no Brasil. Há alguma diferença na forma como o paciente de câncer reage à notícia de que está com câncer de próstata aqui no Brasil, em relação aos seus pacientes nos Estados Unidos?

Dr. Neal Shore (NS): Não, é sempre perturbador, independentemente do histórico e cultura do paciente. O importante é que o médico explique com máxima clareza, ao paciente, a agressividade biológica do seu câncer de próstata; quais tratamentos estão disponíveis para ele e como eles pode afetar sua sobrevivência, qualidade de vida, e o perfil de risco terapêutico.


O Sr. está dizendo então que é muito importante dialogar com o paciente para encaminhá-lo ao tratamento?

NS: É fundamental explicar claramente todas as opções para o paciente e a sua família. No caso de câncer de próstata, por exemplo, pode ter um grande componente genético, então é preciso ter um histórico familiar detalhado de câncer. Alguns pacientes nem sempre se sentem confortáveis em revelar seus sintomas ou medos do tratamento, daí, a importância da família comparecer as consultas.


Há diferença na aceitação do diagnóstico em função da idade do paciente?

NS: Sim, as gerações mais jovens as vezes se sentem mais confortáveis para fazer perguntas mais detalhadas. Além disso, os parâmetros globais, étnicos, socioeconômicos e de idade influenciam a interação médico-paciente.


O estilo de vida moderno, sobretudo nas grandes cidades, é um convite ao sedentarismo. O Sr. vê alguma relação entre esse modo de vida e o aumento de casos de câncer de próstata?

NS: De maneira geral, não diria que há uma relação direta entre esse cenário e o aumento dos casos. O que temos comprovado no dia a dia é que pacientes com câncer de próstata que tiveram uma vida saudável até ficarem doentes, respondem melhor aos tratamentos. Eles podem melhorar a imunidade e de maneira geral são mais tolerantes à terapias quando seu estado geral de saúde é mantido por exercícios regulares, alimentação saudável, uma boa qualidade de sono e prevenção de stress. De fato, ter um estilo de vida saudável é bom para as pessoas que não estão doentes bem como para aqueles que podem enfrentar algum tipo de tratamento contra o câncer.


Por que o Sr. escolheu ser médico e atuar em uma área tão sensível com a pesquisa em Oncologia?

NS: Meus pais foram meus verdadeiros mentores. Minha mãe era professora primária e depois se tornou diretora de uma escola infantil. Dela, herdei a paixão por educação e pela pesquisa. Meu pai, que era médico de família, cuja consultório fazia parte da minha casa, foi minha referência de profissional. Quando eu fui para a faculdade de Medicina e para a residência, eu trabalhei com muitos cientistas, e isso fez muita diferença pra mim.


O estudo PROSPER

O estudo fase 3 PROSPER envolveu 1.401 pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CPRC) não metastático. Os pacientes foram randomizados 2:1 e receberam enzalutamida associada à terapia de privação androgênica (do inglês, ADT) ou placebo associado à ADT (somente ADT). O uso de enzalutamida associada à ADT reduziu significativamente o risco de desenvolvimento de metástases ou morte em comparação com somente ADT. A mediana para o desfecho primário, sobrevida livre de metástase, foi de 36,6 meses para os homens que receberam enzalutamida em comparação com 14,7 meses para os tratados com somente ADT (HR = 0,29 [95% CI: 0,24-0,35]; p <0,001).

O desfecho primário de eficácia foi apoiado por um atraso estatisticamente significativo no tempo para o primeiro uso de nova terapia antineoplásica para pacientes que receberam enzalutamida associada à ADT em comparação com aqueles que receberam somente ADT (mediana: 39,6 meses vs 17,7 meses; HR = 0,21 [ IC 95%: 0,17-0,26], p < 0,001)

O perfil de segurança e tolerabilidade de enzalutamida no estudo PROSPER foi compatível com o perfil encontrado nos estudos anteriores com a população de pacientes com CPRC metastático.


Sobre câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum em homens em todo o mundo2. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que em 2018 o número de novos casos de câncer de próstata no Brasil é de 68.220, com uma taxa de incidência ajustada de 66,82 por 100.000 homens.
O CPRC refere-se ao subgrupo de homens no qual a doença progride apesar dos níveis de testosterona de castração (isto é, menos de 50 ng/dL)3. O CPRC não metastático refere-se à ausência de evidência clinicamente detectável de disseminação do câncer para outras partes do corpo (metástases), quando há um nível crescente do antígeno prostático específico (PSA)4. Muitos homens com CPRC não metastático e um nível de PSA rapidamente crescente desenvolvem CPRC metastático5.







  1. Hussain M, Fizazi K, Saad F, Rathenborg P, Shore N, Ferreira U, et al. Enzalutamide in Men with Nonmetastatic, Castration-Resistant Prostate Cancer. N Engl J Med. 2018 Jun 28;378(26):2465-2474.
  2. American Cancer Society. Global Facts & Figures. http://www.cancer.org/content/dam/cancer-org/research/cancer-facts-and-statistics/global-cancer-facts-and-figures/global-cancer-facts-and-figures-3rd-edition.pdf. Accessed January 10, 2018.
  3. Urology Care Foundation. Advanced Prostate Cancer Patient Guide. www.urologyhealth.org/educational-materials. Accessed February 16, 2017.
  4. Luo J, Beer T, Graff J. Treatment of Non-metastatic Castration Resistant Prostate Cancer. Oncology. April 2016, 30(4):336-344.
  5. Smith MR, Kabbinavar F, Saad F, Hussain A et al. Natural history of rising serum prostate-specific antigen in men with castrate nonmetastatic prostate cancer. J Clin Oncol 2005; 23: 2918–2925.

1 em cada 6 mulheres terá câncer em algum momento da vida


Mutação no gene BRCA é indicador de risco para o surgimento de tumores femininos. Veja como os testes genéticos são aliados para identificar as mutações e traçar a melhor estratégia de prevenção e tratamento


Na última década, os avanços no diagnóstico e tratamentos dos tumores femininos vêm distanciando o câncer do estigma de “sentença de morte”. No entanto, o cenário global ainda é preocupante: uma em cada seis mulheres terá algum tipo de câncer ao longo da vida¹, segundo dados do mais recente relatório da Agência Nacional de Pesquisa Contra o Câncer, vinculada à OMS, e que posiciona a doença como uma das principais causas de óbito em todo o mundo.

Diante deste cenário, o mês do “Outubro Rosa” busca conscientizar sobre a importância do autoexame e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados mais de 59 mil casos no Brasil em 2018². Já o câncer de ovário é mais raro, mas é considerado um dos tipos mais agressivos, pois é de difícil diagnóstico. Cerca de 6 mil mulheres devem ser diagnosticadas com a doença em 2018³, que assim como o câncer de mama, pode ser causada por diversos fatores, como estilo de vida, idade avançada, e também por uma predisposição genética, passada de pai ou mãe para a filha.


Entendendo a mutação

Embora a predisposição hereditária responda por entre 5 a 15% dos casos de câncer4, quem possui a mutação nos genes BRCA possui 40% mais chances de ter cânceres femininos, como de mama ou ovário, por exemplo5. “Os genes BRCA 1 e 2 impedem a proliferação de células tumorais e agem como freios para prevenir o desenvolvimento do câncer”, explica o Dr. Rodrigo Guindalini, oncologista especialista em oncogenética e Coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Português de Salvador, Bahia. “Quando um desses genes sofre uma mutação, ele perde sua capacidade protetora, deixando o organismo mais suscetível ao surgimento de tumores malignos, especialmente de mama e ovário”, comenta o especialista.

Se há algumas décadas não era possível identificar quais mutações poderiam resultar em câncer, os avanços dos testes genéticos atualmente permitem que médicos e pacientes definam em conjunto qual será a melhor estratégia de prevenção e tratamento. É importante lembrar que ter a mutação nos genes BRCA 1 e 2 não representa um diagnóstico da doença, mas sim uma indicação de risco após uma análise hereditária. Neste caso, é possível procurar um profissional especializado para orientação e aconselhamento genético.  “O aconselhamento genético passa por etapas – normalmente, é realizado primeiro o teste em mulheres de uma mesma família que já têm ou já tiveram câncer”, explica o Dr. Guindalini. O teste da mutação é simples de ser realizado, sendo coletado por exame de sangue ou saliva. O laboratório que realizou o teste enviará o resultado ao profissional e a paciente passará por uma segunda consulta.


Informação para decidir

Com o resultado em mãos é o momento da avaliação médica, que buscará os melhores caminhos junto à paciente por meio de uma análise dos fatores de risco e estilo de vida. A partir disso, é definida a melhor estratégia a ser adotada. Os testes para a mutação nos genes BRCA 1 e 2 ganharam fama após o caso da atriz Angelina Jolie, que retirou os ovários e mamas devido ao histórico familiar de mutação e grande probabilidade de desenvolver tumores nesses órgãos.

Durante o processo de descoberta de um câncer ou da predisposição genética em desenvolver a doença, empoderar a paciente com informações sobre a sua condição é essencial, como relata a Dra. Angélica Nogueira Rodrigues, oncologista e presidente do EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos. “A identificação precoce do status da mutação BRCA nos ajuda a identificar pacientes que podem se beneficiar das estratégias de redução de riscos, como recorrer a uma cirurgia profilática, por exemplo”, explica a especialista.

Caso a mutação seja diagnosticada após a descoberta do câncer, existem opções atuais de tratamento que proporcionam menos efeitos colaterais às pacientes, se comparadas à quimioterapia. “O desenvolvimento de terapias-alvo, que atacam diretamente o tumor, está sendo a grande arma da medicina no combate aos tumores com mutação, o que possibilita um grande salto no índice de sobrevivência dessas pacientes”, destaca a Dra. Angélica. “Uma das principais tendências no tratamento do câncer está em considerá-lo uma doença crônica, ou seja, uma complicação que pode ser tratada sem que o paciente perca sua autonomia e qualidade de vida”, complementa a especialista.





AstraZeneca






Referências:

  1. IARC: http://www.iarc.fr/en/media-centre/pr/2018/pdfs/pr263_E.pdf
  2. INCA: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/ovario
  3. INCA: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home+/mama/cancer_mama
  4. https://pebmed.com.br/cancer-de-mama-e-cancer-de-ovario-hereditario-veja-novas-diretrizes-do-acog/
  5. National Cancer Institute.BRCA1 and BRCA2: Cancer Risk and Genetic Testing. http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Risk/BRCA Last accessed: 19 september 2018


ENEM: três exercícios de respiração para diminuir o estresse e melhorar a concentração durante o exame



Mais de 5 milhões estudantes devem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) nos próximos dois domingos (4 e 11/11), e a dificuldade de manter a concentração e o estresse podem ser grandes vilões na hora da prova.

 Depois de tantos meses de estudo, é importante desacelerar e tirar alguns momentos para relaxar a mente e o corpo. Para os candidatos que estão preocupados em não conseguir manter o foco nos livros e nas questões do exame, uma boa dica é praticar exercícios simples e leves de respiração.

Armelle Champetier, diretora da Yogist no Brasil, startup francesa que desenvolveu um método exclusivo de yoga para empresas, separou três exercícios, do método Yogist, para serem realizados na cadeira, dispensando o uso de acessórios, que podem ser aliados da concentração.

Os exercícios também auxiliam no relaxamento, redução do estresse, ansiedade, batimentos cardíacos e na coordenação motora. É importante lembrar que a prática recorrente é mais efetiva.


Veja como fazer os exercícios:


1.   ESCUTE SUA RESPIRAÇÃO




Como fazer?

Sentado, costas retas, coloque uma mão no peito e outra na barriga. Respirando pelo nariz, observe se você usa uma respiração toráxica (mão de cima) ou abdominal (mão de baixo). Para um maior relaxamento, procure uma respiração mais profunda pelo abdômen.


Quando fazer?

Quando você quer fazer um diagnóstico do seu nível de estresse, se conectar com a sua respiração e relaxar.


Por que fazer?

Relaxa, acalma o corpo e cabeça, melhora a concentração e reduz o ritmo cardíaco.



2. RESPIRAÇÃO "YES"



Como fazer?

Sentado, de costas retas, feche os punhos na frente do peito, inspire rapidamente e com força pelo nariz, esticado os braços e as mãos para cima. Expire pelo nariz, abaixando os braços e leve as mão de volta para frente do peito. Repita 10 vezes.


Quando fazer?

Antes de começar uma tarefa demorada, trabalhosa e/ou importante, quando precisa de energia e motivação.


Por que fazer?

Ajuda a expulsar o estresse e a ansiedade. Equilibra as emoções, a cabeça e a respiração.




3. RESPIRAÇÃO ALTERNADA



Como fazer?

Sentado, costas retas, longe do encosto da cadeira, dobre o dedo indicador e o dedo médio na palma da mão direita. Tapando a narina direita com o polegar, inspire pela narina esquerda. Solte o polegar e tampe a narina esquerda com o dedo anelar, e exale pela outra direita. Inspire novamente pela direita, e troque. Repita pelo menos 10 vezes, respirando profundamente.


Quando fazer?

Na hora de relaxar, de se concentrar ou para encontrar o sono.


Por que fazer?

Alivia o estresse e a ansiedade. Equilibra a emoções, a cabeça e a respiração.




Yogist

Dicas para acertar na escolha da escola do seu filho


Na hora de decidir onde o filho irá estudar, os pais são tomados por dúvidas sobre qual instituição é a melhor para promover o aprendizado. Mas há detalhes que a família deve considerar para fazer a opção correta. Saiba quais.


Definir o estabelecimento de ensino que será responsável pela educação de seu filho não é tarefa fácil. Ao contrário, os pais vivenciam esse dilema sempre que têm de fazer esta escolha pela primeira vez ou quando precisam mudar de escola. E com razão, é necessário se atentar a vários detalhes e definir qual será a opção mais adequada para a criança aprender, desenvolver competências socioemocionais e, por que não, ser feliz durante esta fase da vida.

Para ajudar, a diretora da Escola Bilíngue Pueri Domus unidade Itaim, Ana Cristina Rocha Gonzaga, recomenda que os pais anotem os itens considerados prioridade para a família, como localização, qualificação profissional dos docentes, metodologia de ensino, espaço físico da unidade, horários, grade curricular, entre outros. Acompanhe a seguir algumas dicas que devem ser levadas em conta durante a visita ao empreendimento.


Localização

Avalie a localização da escola e como seria a mobilidade do estudante. É importante considerar este fator para não gerar estresse extra ou cansaço por conta do trajeto, resultado do trânsito ou tempo gasto nas idas e vindas entre a casa e a escola. É importante os pais conhecerem as rotas de deslocamento e também se há serviço de transporte escolar e quanto custa.


Estrutura física

Durante a visita, observe bem como é a estrutura física da escola. Se as salas oferecem conforto e equipamentos, se há espaços interativos, área para atividades físicas e de lazer, local para alimentação, laboratórios, biblioteca e cantina ou lanchonete. Avalie também como é a limpeza, a segurança e a manutenção de todas as áreas.


Alimentação

Nas escolas que oferecem alimentação para seus alunos, é importante os pais se informarem se há nutricionistas que cuidam do cardápio, quais são os itens oferecidos e se há possibilidade de adequar para aqueles que possuem restrições alimentares.


Proposta Pedagógica

Na conversa com o diretor ou o coordenador, informe-se sobre a proposta pedagógica da escola. Isto é fundamental para os pais entenderem como é o planejamento criado para promover o aprendizado dos seus alunos. É na proposta que estão definidos como serão feitas as avaliações dos alunos e quais serão os meios utilizados para transmitir conhecimento. Procure se informar também sobre a grade curricular e os horários dedicados para todas as atividades.


Metodologia de ensino

Saiba como será promovido o aprendizado do seu filho pela escola. Tenha em mente que os primeiros anos de vida escolar são muito importantes para o desenvolvimento da criança. Portanto, avalie como é a formação do aluno e se há atividades para estimular o conhecimento. Verifique, entre outras coisas, quais são os livros utilizados, se a escola adota ferramentas tecnológicas, se oferece cursos extracurriculares, se faz passeios e se há compromisso com o desenvolvimento socioemocional do aluno.


Corpo docente

Os professores são mediadores de conhecimento em uma instituição de ensino, portanto, é importante que os pais avaliem a capacitação daqueles que irão cuidar do desenvolvimento do seu filho. Lembre-se que um corpo docente capacitado demostra a excelência da escola e como ela se compromete a manter a qualidade na formação de seus alunos. Considere também quantos professores farão parte da jornada do seu filho por período.


Comunicação
Os meios que a escola utiliza para se comunicar com os pais contribuem para o acompanhamento da rotina escolar dos filhos e como está sendo o aprendizado. Atualmente, as plataformas digitais têm sido eficientes neste processo, mas é preciso também considerar a quantidade das reuniões presenciais.


Ensino bilíngue

Se os pais buscam uma instituição que prepare o filho para se comunicar em qualquer lugar do mundo, a opção é escolher uma escola bilíngue. Neste caso, avalie se a proposta é desenvolver habilidade multicultural.

Após considerar os itens acima e outros definidos pela família, de acordo com Ana Cristina, provavelmente os pais ficarão em dúvida entre duas ou três escolas. “Para resolver a questão, faça uma nova visita, agora conversando com outra pessoa. Se falou com a coordenadora, peça uma conversa com a diretora, por exemplo. E leve seu filho junto. A criança é sempre um bom termômetro para ajudar na tomada de decisão”, ensina a diretora.







Escola bilíngue Pueri Domus



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